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Paulo Henrique Arantes

Jornalista há quase quatro décadas, é autor de “Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil”

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CNBB do lado certo da História

A “Mensagem da CNBB ao Povo Brasileiro” é um alento àqueles que ainda esperam de religiosos posturas condizentes com as verdadeiras aflições humanas

CNBB condena manipulação religiosa na eleição (Foto: Luiz Lopes Jr/CNBB)
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Por Paulo Henrique Arantes

Noticiou-se, mas pouco se repercutiu o posicionamento da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil resultante de sua 59ª Assembleia Geral, encerrada em 2 de setembro. A “Mensagem da CNBB ao Povo Brasileiro” é um alento àqueles que ainda esperam de religiosos posturas condizentes com as verdadeiras aflições humanas, indissociáveis das injustiças sociais e, no Brasil, decorrentes em boa dose do espectro bolsonarista que paira sobre todos.

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Via CNBB, a Igreja Católica assume-se como voz cristã ativa em defesa da parcela mais vulnerável da população, algo muito diferente do que fazem algumas igrejas evangélicas, francamente argentárias. Estas vendem a remissão dos pecados aos fiéis enquanto os inoculam com o ódio bolsonarista.

Houve quem cobrasse da instituição católica declaração de apoio aberto a Lula. Claro que isso jamais acontecerá. Igrejas não devem manifestar-se partidariamente, mas em torno de valores e princípios. Ressalve-se, contudo, que no caso brasileiro e da eleição de outubro é quase a mesma coisa.

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Os bispos do Brasil condenaram, sim, Jair Bolsonaro. Não foi necessário nominá-lo, seria pouco institucional fazê-lo.  Bastou dizer: “Constatamos os alarmantes descuidos com a Terra, a violência latente, explícita e crescente, potencializada pela flexibilização da posse e do porte de armas que ameaçam o convívio humano harmonioso e pacífico na sociedade”.

Como nenhuma outra instituição de cunho religioso fez, a CNBB revelou-se afinada com o sentido do tempo, dotada do senso histórico fundamental para que o Brasil venha um dia a se tornar uma nação justa e igualitária, uma nação que terá abandonado para sempre e totalmente os preceitos econômicos neoliberais.

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O trecho a seguir é eloquente: “Vítimas de uma economia que mata, celebramos as conquistas desses 200 anos de independência conscientes de que condições de vida digna para todos ainda constituem um grande desafio. É necessário o compromisso autêntico com a verdade, com a promoção de políticas de Estado capazes de contribuir de forma efetiva para a diminuição das desigualdades, a superação da violência e a ampliação do acesso a teto, trabalho e terra. Comprometidos com essas conquistas e inspirados pela cultura do diálogo e do encontro, podemos ser uma nação realmente independente e soberana”.

A confederação de sacerdotes católicos também denunciou o uso de fake news e relacionou-o com “manipulação religiosa”, em clara estocada nos pastores bolsonaristas que povoam o Congresso Nacional. “A manipulação religiosa, protagonizada por políticos e religiosos, desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados no Brasil. É fundamental um c0mpromisso autêntico com o Evangelho e com a verdade”.

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A CNBB honra as figuras de Dom Hélder Câmara e Dom Cláudio Hummes.

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