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Marilza De Melo Foucher

Economista e jornalista. Colabora com o Brasil 247 e outros jornais no Brasil, é colaboradora e blogueira do Mediapart em Paris

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Com Copa ou sem Copa no Brasil o futebol integra a cultura brasileira

Vamos torcer para que o Brasil ganhe a Copa e que seja campeão na luta contra as desigualdades. Os que querem apostam na violência e no caos serão derrotados

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Segundo o que se ler e ver nos canais de televisão no Brasil dar para perceber como a mídia e a oposição se articula para aumentar o clima de tensão, existe mesmo uma incitação à violência. Que ninguém se iluda que esses canais e as mídias associados ao grupo Abril e outros reacionários, nunca darão espaços aos movimentos sociais, aos grupos organizados que já fizeram alguns protestos e desejam protestar durante os eventos.

A oposição e seus aliados nunca irão dar projeção aos que estão defendendo a urgência de uma nova constituição para reformar em profundidade o sistema político brasileiro. Nenhum desses meios de comunicação vai mostrar que os brasileiros querem um serviço publico de qualidade nas áreas da saúde, da educação e dos transportes. Os brasileiros de cabeça mais arejada (e eles são numerosos) não vão se submeter às manipulações produzidas pela oposição e por alguns setores da sociedade. O que estar em jogo não é a copa do mundo e sim as eleições de outubro próximo.

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O fato de dizer que o brasileiro não está nem aí para a Copa não tem fundamento na terra do futebol. O que a mídia não diz é que os brasileiros hoje são mais exigentes e começam a exercer sua cidadania e que não são otários dos jogos eleitoreiros.

Sob os governos de Lula e Dilma o povo conquistou mais democracia, a esquerda guarda a tradição de lutas sociais. A rua sempre foi do povo. Todos são livres para lutar por um Brasil melhor, com copa ou sem copa o Brasil vai continuar a caminhada por um mundo melhor.

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Ninguém quer que o Brasil pegue fogo e vire um caos nacional! Se fossemos fazer um retrocesso na memória, a primeira imagem foi àquela explosão de alegria no Rio de Janeiro e outras capitais quando o Brasil foi selecionado. Por que esta noticia gerou tanto entusiasmo junto ao povo brasileiro? Por que os opositores não protestaram neste momento?

Se os políticos da oposição tivessem uma noção de responsabilidade republicana eles teriam desde inicio da escolha buscado respostas a certas questões:

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Que benefícios a Copa traria ao Brasil? Qual a relação entre investimentos já previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e quais seriam as prioridades a serem privilegiadas em função da copa e olimpíadas. Este programa foi lançado em 2007 com o objetivo de reduzir as deficiências do Brasil em quatro áreas principais: saneamento, logística, energia e habitação. A carência do país em infraestrutura logística que levou o governo brasileiro, por exemplo, a priorizar o setor de transportes.

Antes de fazer criticas irracionais neste momento, os opositores se fossem mais conscientes politicamente teriam exercido um controle social maior junto aos governos municipais e estaduais. Esses espaços do poder são ideais para se praticar a cidadania.

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Não teria sido melhor exigir dos prefeitos e dos governadores uma melhor articulação e acompanhamento das obras previstas no PAC e elencar as outras necessidades em função da escolha das capitais onde será desenvolvida a copa?

Exigir da FIFA e dos grandes clubes certas garantias? Segundo informações que se encontram no site oficial da Copa, os gastos com os estádios foram pagos com financiamento do Governo Federal, recursos locais de Estados e Municípios, e recursos privados. No caso do Governo Federal, portanto, não competem com saúde e educação, uma vez que estas políticas são financiadas com recursos do orçamento oriundos de impostos pagos pelos contribuintes, diferentemente dos empréstimos.

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Em resumo, além de não competirem com os gastos federais em saúde e educação, os investimentos em estádios, quando financiados com recursos públicos locais, não desobrigam Estados e Municípios de manterem e ampliarem suas despesas com educação e saúde.

Todavia, esta informação não invalida o questionamento que fazem muitos brasileiros. Por exemplo/ Por que algumas cidades que não existem grandes clubes de visibilidade nacional foram escolhidas? Por que os brasileiros que vivem em Manaus não protestaram desde o inicio pra dizer que Manaus não precisava de uma arena, que o estado tinha outras prioridades no lugar de construir um mega projeto?

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Daí os amazonenses poderiam ter questionado: A origem dos recursos, quem solicitou que Manaus entrasse no circuito da realização dos jogos, como se deu os empréstimos? Quem assume este financiamento? E depois da Copa quem vai administrar este espaço? Qual será sua utilidade publica? Esses questionamentos seriam iguais para as cidades de Cuiabá, Natal, Fortaleza, Recife.

Fora destes questionamentos os benefícios da Copa para a economia brasileira são visíveis e imediatos. Ela permitiu uma aceleração de investimentos em infraestrutura, como em mobilidade urbana e aeroportos; ampliação do turismo doméstico e de estrangeiros no país; e amplo retorno financeiro desses empreendimentos.

Ao todo, o plano de investimentos nas cidades-sede da Copa totaliza 25,6 bilhões de reais. Quase 70% desse montante (17,6 bilhões de reais) representam investimentos em infraestrutura e políticas públicas, especialmente em mobilidade urbana (8 bilhões de reais), aeroportos (6,2 bilhões de reais), segurança (1,9 bilhão de reais) e portos (600 milhões de reais)

São investimentos, em sua maior parte, que ocorreriam independentemente da Copa, mas que foram por ela antecipados ou acelerados.

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o potencial de movimentação de recursos ligado ao futebol brasileiro chega a R$ 60,0 bilhões por ano com 2,1 milhões de empregos diretos e indiretos.

Uma critica que se poderia fazer estar relacionado ao atraso de obras, este é o mau da administração publica no Brasil, qualquer programa de investimentos sofre com a deficiência no planejamento das obras, o que resulta em excessivas revisões de cronogramas, nos acréscimos de novos investimentos e em dificuldades na obtenção de licenças e liberação de recursos. A responsabilidade é conjunta, a gestão da coisa publica a exigência da qualidade e o acompanhamento dos projetos sempre foi problemático no Brasil.

Na certa esta Copa contribuirá diretamente para acelerar investimentos associados ao bem-estar da população, bem como impulsionar a melhoria das políticas públicas.

São investimentos, em sua maior parte, que deveriam ocorrer independentemente da Copa, mas que foram por ela antecipados ou acelerados.

Vamos torcer para que o Brasil ganhe esta copa e que seja também campeão na luta contra as desigualdades sociais. Os que querem denegrir a imagem do Brasil e apostam na violência e no caos serão certamente derrotados.

Boa sorte Brasil!

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