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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Começa uma nova eleição

A impugnação de Lula, consumada ontem pela maioria do TSE muda totalmente o jogo; a eleição agora é outra; com a saída de Lula, todos os outros ganham, mas principalmente Marina; e quem mais perde é o PT; mas Haddad tem o que os outros não têm; todos sabem que ele é o cabo eleitoral mais poderoso do país

Começa uma nova eleição (Foto: Ricardo Stuckert)
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Até anteontem, segundo o Datafolha, mas também segundo outros institutos, quase todos, a eleição tinha dois candidatos isolados no bloco da frente, sendo o primeiro Lula, com 39%, muito longe do segundo, Bolsonaro, com 19% e ambos muito distantes de Marina (8%), Alckmin (6%) e Ciro (5%). A impugnação de Lula, consumada ontem pela maioria do TSE muda totalmente o jogo. A eleição agora é outra. Com a saída de Lula, todos os outros ganham. Mas principalmente Marina. E quem mais perde é o PT.

Bolsonaro vai para a liderança, cresce de 19% para 22%; Marina dobra para 16%; Ciro também dobra para 10% e até Alckmin sobe para 9%. O último do pelotão principal passa a ser Haddad, com 4%.

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Se fosse corrida de Fórmula-1 o carro da escuderia do PT que estava na pole position agora vai sair dos boxes.

As pesquisas indicam grande potencial de transferência de votos de Lula para Haddad, mas no primeiro momento ele terá de tirar votos de Marina, de Ciro, de Alckmin e até de Bolsonaro para se cacifar para o segundo turno.

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O grande problema será Marina. O eleitor de Lula se identifica com ela. Era pobre e é reconhecida mundialmente. Ex-ministra de Lula. Defende causas nobres e humanitárias. Não tem telhado de vidro. E tem mais: depois do debate da RedeTv! ela se firmou como a candidata anti-Bolsonaro. Se a polarização Bolsonaro-Marina prosperar, Haddad terá dificuldade para reaver os votos que eram de Lula. O eleitor de Marina não vai deixar.

Mas Haddad tem o que os outros não têm. Lula não pode aparecer no horário eleitoral como candidato, mas como cabo eleitoral, pode, em 25% do tempo. Todos sabem que ele é o cabo eleitoral mais poderoso do país. Quando ele começar a informar ao eleitor – de alguma forma, nem que seja por letreiro se não for possível de viva voz - que votar em Haddad é o mesmo que votar nele a coisa pode mudar de figura.

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Mas não se pode desprezar a hipótese de Marina atrapalhar bastante a ascensão de Haddad.

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