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Marcia Tiburi

Professora de Filosofia, escritora, artista visual

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Como é possível que Bolsonaro esteja participando de entrevistas e debates como se fosse um candidato igual aos outros?

"A barbárie que Bolsonaro representa é pior do que a corrupção que ele representa", escreve Marcia Tiburi

Bolsonaro no debate da Band (Foto: Renato Pizzutto/Band)
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Bolsonaro está a participar de entrevistas e debates como se fosse uma pessoa como outra qualquer e não o maior fascista do Brasil, um ditador que decreta sigilo de 100 anos sobre assuntos que seriam direito do povo conhecer, o responsável por milhares de mortos em uma política comprovadamente genocida. O ditador que esconde sua verdade atrás de piadas e grosserias, falácias e discursos grotescos, tem sido convidado por meios de comunicação para falar diante do público como se nada estivesse a acontecer. 

Ele responde a perguntas como os outros, tendo a chance de fazer a sua campanha política como sempre fez e segue sendo um candidato elegível como se fizesse parte da democracia. 

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Bolsonaro não é parte da democracia, mas a sua contradição e a chance do seu extermínio. 

Em 2018 ele não era tão viável como é hoje e, mesmo assim, venceu a eleição. 

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Que Bolsonaro esteja participando de debates e entrevistas é a prova da naturalização da barbárie. 

E a barbárie que ele representa é pior do que a corrupção que ele representa. Contudo, quando a mais terrível corrupção política se aprofunda, aquela que usa cargos para benefício econômico próprio, e se encontra com o fascismo, ele mesmo a mais nefasta corrução da alma, então temos a barbárie. 

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Bolsonaro foi condenado nessa semana pelo Tribunal Internacional dos Povos. 

Fascistas perguntaram: que importância tem esse tribunal? 

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O simples fato de que essa pergunta esteja sendo colocada sem vergonha nenhuma é sinal de que a comunidade humana precisará trabalhar muito para recuperar o sentido da vida como um todo e da vida política em particular. 

Somente uma cultura de reflexão e de proteção às instituições pode nos garantir a básica democracia como garantia de convivência pacífica. Mas não há convivência pacífica quando há fascismo. Como conviver com fascistas continua sendo a contradição a ser enfrentada e superada, não apenas na vida cotidiana, mas em nível estatal e governamental. 

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Enquanto Bolsonaro for naturalizado, o fascismo seguirá e todos que participarem disso, estarão a colaborar para a destruição do Brasil e do planeta Terra. 

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