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Jose Carlos de Assis

Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB

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Conspirações que insistem em bater às portas de todos nós

Se eu fosse um adepto da teoria da conspiração consideraria que, ao confundir empresas com empresários, o califado de Curitiba quis deliberadamente quebrar empresas nacionais de engenharia para abrir espaço a estrangeiras que há décadas tentam entrar no mercado brasileiro

São Paulo - Polícia Federal chega a construtora Odebrecht na 23ª fase da Operação Lava Jato( Rovena Rosa/Agência Brasil) (Foto: Jose Carlos de Assis)
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Se eu fosse um adepto da teoria da conspiração, escreveria que a deposição da Presidenta da Coreia foi um golpe dos neoliberais dos Estados Unidos para favorecer a destruição de três importantes concorrentes de empresas norte-americanas, a L&G, a Samsung e a Hyundai. Essas gigantes do mercado internacional de manufaturados foram acusadas de corrupção por motivos pífios, da mesma forma que, no Brasil, as grandes empresas de Engenharia Nacional foram esmagadas como corruptas pela equipe do juiz Moro.

Fosse eu adepto da teoria da conspiração diria que a acusação de corrupção contra a francesa Alstom, na Indonésia e em outros países, inclusive no Brasil, resultou do interesse da norte-americana General Eletric em comprá-la na bacia das almas, passando por cima de concorrente alemã. Esse fato resultou na maior crise política às vésperas das eleições francesas, na medida em que representa um grande baque para a economia do país, da mesma forma que, no seu caso, tem sido um baque para a economia coreana.

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Se eu fosse um adepto da teoria da conspiração concluiria que a corrupção imputada à Petrobrás – a Petrobrás vítima não poderia ser confundida com Petrobrás corrupta – foi uma forma que as petrolíferas mundiais, sob liderança norte-americana, encontraram para assaltar a empresa e, sobretudo, o pré-sal. É que a política do pré-sal jamais seria alterada em favor das empresas estrangeiras não houvesse um grande clamor nacional, inspirado pelo califado de Curitiba, segundo o qual a vítima dos bandidos se tornou o corruptor.

Se eu fosse um adepto da teoria da conspiração consideraria que, ao confundir empresas com empresários, o califado de Curitiba quis deliberadamente quebrar empresas nacionais de engenharia para abrir espaço a estrangeiras que há décadas tentam entrar no mercado brasileiro. O passo seguinte será eliminar a cláusula de conteúdo nacional nas encomendas de equipamentos para obras e serviços públicos, liquidando oportunidades para o desenvolvimento tecnológico interno e a geração de empregos no país.

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Não sendo eu um adepto da teoria da conspiração resta-me observar esses fenômenos suspeitos com a devida cautela, mesmo porque não são os únicos. O fato terrível é que, se houver mesmo uma conjunção de conspirações na linha daquilo em que não acredito, estamos condenados como vítimas eternas dos conspiradores. Com sorte, poderá acontecer o que houve na Turquia, como Erdogan: os russos avisaram e os turcos liquidaram a tentativa do golpe "democrático" contra o Governo, o qual vinha apoiado principalmente por centenas de promotores e juízes legalistas, muito parecidos com os nossos.

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