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Paulo Moreira Leite

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Contra Bolsonaro, milhões devem ir às ruas em 24 de julho

"A organização de um protesto gigantesco em 24 de julho será a melhor resposta às provocações golpistas de Bolsonaro" escreve Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia

(Foto: Midia Ninja)
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Por Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia

As provocações golpistas de Jair Bolsonaro e do núcleo  militar que lhe dá sustentação colocam um desafio para brasileiros e brasileiras -- preservar o regime democrático e garantir a constituição de um novo governo, em eleições livres,  realizadas conforme as regras definidas pela legislação em vigor. 

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A experiência histórica ajuda a entender a tarefa que se coloca no aqui e agora. Em 1968, durante o regime militar, os adversários da ditadura foram às ruas do Rio de Janeiro -- ainda o centro político do país -- num protesto gigantesco, que entrou para a história como a Marcha dos 100 000. 

A mobilização uniu entidades estudantis e sindicatos de trabalhadores, artistas de prestígio e lideranças de vários setores médios, contando com a simpatia aberta de uma parcela da imprensa que havia apoiado o golpe de 64. 

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Foi o pior momento do regime militar em sua primeira fase -- aquela que antecedeu o decreto do AI-5, que institucionalizou a censura e liberou a tortura. 

Meio século depois, o protesto de 24 de julho de 2021 deve ser visto num momento de definição histórica. 

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Trata-se de uma resposta a um governo que prepara seu próprio AI-5, através de uma manobra suja para tentar deslegitimar a eleição de outubro de 2022, que lhe reserva uma derrota líquida e certa.  

Como a história universal nos ensina, impasses dessa natureza só podem ser confrontados pela mobilização popular, em defesa de projetos e valores que expressam as necessidades da maioria. 

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Há 53 anos, na Marcha dos 100 mil, o mundo vivia tempos de Guerra Fria, quando  o alinhamento automático com Washington assegurava à ditadura militar uma sustentação  irrestrita por parte das potencias imperialistas. O golpe de Estado já fora consumado, quatro anos antes. Os generais davam os primeiros passos para institucionalizar um Estado de exceção.   

Meio século depois, a realidade contem semelhanças mas também registra diferenças. O calendário político prevê eleições dentro de 16 meses -- para presidente, governadores, senadores e deputados. 

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Abalada e ferida, a Constituição de 1988 continua em vigor. O Supremo começa a ser ocupado por ministros dóceis ao Planalto, mas nenhuma  vaga foi aberta pela cassação de juízes independentes. 

Se a Câmara de Deputados tem reservado águas tranquilas para Bolsonaro, coube ao Senado dar origem a uma CPI que colocou o Planalto nas cordas, revelando a trama oculta que ajudou a produzir 530 000 mortos na pandemia.  

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Colocando a situação com simplicidade e clareza. Transformando  o 24 de julho num dos grandes protestos políticos de nossa história, será possível derrotar a ditadura antes que seja instituída.

Alguma dúvida?

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