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Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

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CPI da Covid: a batalha entre Davi e Golias

Desafiando o status quo, na figura de um executivo central bolsonarista, o parlamento se uniu em torno de uma causa: preservar vidas

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
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Valéria Guerra Reiter

A luta entre dois personagens históricos/religiosos:  Davi e Golias amplamente conhecidos pela maioria, foi novamente utilizado como ilustração e comparação. A coragem foi a tônica e a virtude maior - durante os seis meses - que funcionou a Comissão permanente de inquérito da Pandemia da Covid-19. Tivemos o desenrolar de um documentário on-line, a cada sessão plenária.

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Desafiando o status quo, na figura de um executivo central bolsonarista, o parlamento se uniu em torno de uma causa: preservar vidas.

A vida continua, sim, porém o Brasil perdeu 606.000 almas: apenas, setenta a mil a menos, que o número de escravos (originários da África) que tombaram sem vida, nos antigos navios, conhecidos como tumbeiros, eles vieram para servir ao mercantilismo/colonialismo cego por ouro, prata e terras. A vida segue, porém um memorial resistirá, como prova real de um negacionismo que governa (para) e com a morte.

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Sob este lamaçal, há muito mais. Só a superfície ficou à mostra. E para que tais averiguações aconteçam amiúde, é preciso vontade política e altruísmo. O povo brasileiro ainda é aquele que troca espelhos por solo, e ainda é aquele que acredita que governantes (à guisa dos europeus invasores) são deuses. Desmitificar isso é urgente. Somos uma nação multicultural, nascemos do caldo cultural diverso. A fome grassa no meio de nós, assim como a corrupção. O brasileiro chora no banheiro, no chão, na rua, na barca, no ônibus. Vi, por diversas vezes, homens, mulheres e crianças se alimentando de restos em lanchonetes. Professores, donas-de-casa, prostitutas, cozinheiras, médicos, carteiros, garis parecem apátridas, já que o chefe maior do país já jurou fidelidade à bandeira dos Estados Unidos.

Estados Unidos que financiou direta e indiretamente guerras e misérias pelo mundo. Estados Unidos que teve como presidente um homem que desejou separar povos, através de muros e apuros. O país que já foi chamado de Ilha de Santa Cruz e Terra de Santa Cruz, hoje carrega em suas costas muito mais de 606.000 cruzes, já que tudo pode ser subnotificado. Dados recentes vindos de institutos fidedignos, mostram:  taxa (ou coeficiente) de mortalidade o Brasil está à frente dos 10 países mais populosos do mundo (China, Índia, EUA, Indonésia, Paquistão, Brasil, Nigéria, Bangladesh, Rússia e México), do G-7 (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) e do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A pestilência sempre foi pari passu aos seres orgânicos, mas a maior pestilência de todos os tempos ainda é a desigualdade. Que venham outras CPI (S), e que o povo/lagarta/colonial se transforme no povo/borboleta/livre.

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