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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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CPI e impeachment podem adiar eleição e golpear Lula

"Se o bolsonarismo fantasia calculadamente a realidade, mesmo que esta esteja evidente nas mais de 350 mil mortes pela Covid-19, por que não executaria confronto institucional para justificar adiamento da eleição em nome de falsa estabilidade democrática vestida de golpe?", questiona o jornalista César Fonseca

Lula e Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Ricardo Stuckert)
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Novo golpe no PT?

A CPI da Pandemia pode ou não representar golpe institucional da direita para adiar as eleições de 2022, barrando, mais uma vez, potencial vitória eleitoral de Lula? As pesquisas eleitorais preliminares dão o candidato do PT de barbada diante do caos sanitário que a administração bolsonarista produziu, calculadamente, com sua política negacionista de desconsiderar a realidade para acreditar na fantasia; fantasiar a realidade é uma das artimanhas políticas dos fascistas; elegem a mentira como verdade retórica repetitiva de uma comunicação manipuladora etc; se o bolsonarismo fantasia calculadamente a realidade, mesmo que esta esteja evidente nas mais de 350 mil mortes pela Covid-19, por que não calcularia e executaria confronto institucional para justificar adiamento da eleição em nome de falsa estabilidade democrática vestida de golpe? Constrói-se ficção política tal qual a falsa estabilidade econômica neoliberal só existente nos livros textos de economia; como o capitalismo é verdade em forma de instabilidade, a teoria na prática vira mera retórica na pandemia e na recessão neoliberal.

Cobrança antecipada

Politicamente, Bolsonaro está sendo já antecipadamente cobrado pela sociedade pelos erros; a CPI é a fatura do estrago político e econômico bolsonarista inquestionável; para Bolsonaro, o negócio, agora, é fazer do limão uma limonada como disse ao senador Kajuru: ameaça crise institucional que melaria a CPI e alteraria calendário eleitoral; adiaria, novamente, a disputa com Lula em 2022; em 2018, a artimanha de barrar Lula, incriminando-o por meio da Operação Lavajato, foi sucesso; agora, como a lavajato se desmoralizou completamente, qual seria a nova artimanha? Seria ou não ensaio geral de mais uma primavera golpista de guerra híbrida? O senador Kajuru está se prestando a esse jogo em dobradinha com Bolsonaro; confessou que deu recado do presidente ao senador Randolfe Rodrigues de que ia quebrar a cara dele; seria ou não um golpe de marketing para polarizar, artificialmente, guerra institucional entre Executivo e Legislativo, em que o STF seria chamado a pacificar? Favorece ou prejudica a CPI da Pandemia, se o resultado dela for impasse institucional, cujas consequências jogariam com o interesse de Bolsonaro de impedir, novamente, Lula?

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Jogo da provocação

Reação agressiva de Bolsonaro à CPI da Covid é aparência ou essência? Os ataques aos senadores, aos governadores , principalmente, ao STF, que determinou instalação da CPI da Covid, são ira do guerreiro ferido, talvez, de morte, ou encenação? Os esforços da base bolsonarista para melar o jogo estão a todo o vapor; porém, é ou não de se perguntar: por que Bolsonaro mandou o senador Kajuru dizer ao senador Randolfe Rodrigues que atuará, violentamente? Vai se recorrer a quem: às forças armadas ou às milícias? Fica ou não no ar o germe de mais uma guerra bolsonarista com ares de fake news? Trata-se ou não de apostar no diversionismo desviando a atenção das mortes em ascensão, para criar pretexto golpistas? O fato concreto é que cresce o fantasma da candidatura de Lula; pesquisas que atestam ascensão política irresistível dele afundam a popularidade do presidente na pandemia, enquanto Lula vira foguete.

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