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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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Cuba, 63 como farol para as Américas e para o mundo!

"O farol revolucionário cubano sequer balançou, apesar de investidas violentas por parte do império americano"

Havana, Cuba (Foto: Mintur/Reprodução)
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Prezadíssima amiga Professora Fátima Amaral

De Porto Alegre, RS.

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Nossa amizade se deve ao campo que nos faz ser fraternos e solidários, o da luta com nosso povo.

Deste ambiente frutífero de afetos e camaradagens nos nutrimos como irmãos e irmãs na  luta pela construção de sociedade justa, que de não  precise mais de constantes ajustes econômicos e adaptações favoráveis à casta dominante, que nos engana, persegue e põe nos governos coisas como as que experimentamos desde o final de 2016 até agora, com mentiras, falsas facadas, deboches e espetáculos hospitalares para preguiçosos e inúteis, como é o caso do pai do Carluxo, chefe desordeiro da máfia palaciana.

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No nosso campo a amizade é honesta e apenas obrigada pela disposição de amar. Assim,  agradeço por sua linda mensagem de natal e de ano novo a mim enviada.

Por falar em campo econômico e social justo, como é cansativa, triste e lamentável a situação calamitosa que vivemos em nosso país, não é minha amiga?

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De um lado o nosso povo sofre carências profundas, do tipo que mata com incêndios, pandemia sob descuido estatal, enchentes sem presidente, desemprego, pobreza, miséria e mortes. De outro, um governo central bem para além de inútil, criminoso e irresponsável com o povo brasileiro.

O modelo capitalista, pai do subdesenvolvimento, dos roubos, das máfias, dos trustes, da acumulação dos lucros, que faz ricaços brigarem por jatinhos e debocharem das pessoas que afundam nas águas na Bahia, afirmando que tudo é questão de perspectiva: uns voam pelo alto sob o céu azul enquanto a maioria  morre afogada nas cheias,  abandonada e sem infraestrutura.

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Insuportável. Não dá mais!

Felizmente há para onde olharmos. Há um grande farol a iluminar as Américas e o mundo.

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Trata-se de Cuba, a ilha que ousou fazer  a revolução socialista, criando relações justas na sociedade antes destruída pelas mesmas razões que nos cansam aqui no Brasil.

Nesse 1º de janeiro de 2022 a revolução cubana alcançou a jovem idade de 63 anos de vitórias  contra o capitalismo, o imperialismo, a escravidão, a pobreza, a prostituição, o analfabetismo, as doenças, a miséria e a pobreza.

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O respeitado cubano Jornal Prensa Latina estampou como comemoração desse grandioso aniversário um editorial que titulou de os  “63 anos de revolução em Cuba ou o desafio da resistência criativa”.

A história do socialismo cubano é marcantemente revolucionária e de resistência.

Se, de uma parte, a revolução cubana foi usada pelo imperialismo,  seus bajuladores e traidores da pátria, autênticos viras bostas cumpridores de golpes militares,  com mentiras sobre desapropriação  dos bens populares, perseguição às religiões e outras injúrias caluniosas com fins intimidatórios no massacre aos direitos conquistados e no esfacelamento do Estado, como ocorreu em 1964 com a molecagem do golpe militar de 1º de abril,  em 2016 com a derrubada da Presidenta Dilma Rousseff e em 2018 com a ascensão do milicianismo e do fascismo ao Palácio do Planalto.

De outra, precisamos olhar com mais insistência e tranquilidade para o grande farol que nos ilumina desde o Caribe, com a jovem revolução cubana.

Lá a “construção de um novo projeto de sociedade, baseado nos princípios da justiça social, da solidariedade e da emancipação, nasceu em uma época como a de hoje em Cuba e perdura após 63 anos de desafios e resistências criativas”, diz Prensa Latina.

“O primeiro dos desafios consistiu em impor-se ao modelo capitalista vigente em meados do século XX, com a implementação de medidas radicais que colocaram o homem no centro das atenções e deixaram para trás os anos infelizes da ditadura de Fulgencio Batista, que fugiu da ilha caribenha antes da vitória inevitável do Exército Rebelde”, nos ensina o texto.

Essa primeira lição revolucionária nos chama a pensar que o método de pentear macacos na sombra não faz sentido na relação com o neoliberalismo nem com fórmulas progressistas de conciliação com quem só nos destrói e nos ataca todos os dias, fazendo de tudo para reduzir nossa resistência.

O modelo Fulgêncio Batista é o mesmo que vigora no Brasil. E ele não cai de podre por si mesmo a não ser  por “medidas radicais” no esforço de colocar no centro da sociedade e do poder o homem trabalhador, mandando para as prisões os parasitas, destes sim, desapropriando todos os bens roubados do povo.

O nosso farol, que resiste os vendavais violentos do inimigo ali bem perto, sem se apagar, reconhece que fazer revolução e construir o socialismo com todo o povo não é tarefa romântica, mas entrega consagrada e diária.  “Foi logo no primeiro dia de janeiro de 1959, com o Triunfo da Revolução, quando Fidel Castro, líder da insurreição armada que libertou o país, previu que se iniciava um duro e perigoso empreendimento, dada a coragem de erigir um processo que o tornaria sonhos dos mais desfavorecidos realidade, naquela época a maioria”, diz o editorial.

“A transformação do sistema de educação e saúde, a industrialização do país, a eliminação do desemprego rural e urbano e a concessão de direitos aos camponeses, são apenas algumas das promessas cumpridas nos primeiros anos da Revolução do histórico Programa Moncada, folha do percurso traçado por Fidel Castro em sua conhecida confissão de legítima defesa La Historia Me Absolverá, após as ações de 26 de julho de 1953”, continua.

A revolução precisou avançar em todos os campos, inclusive institucionais e institucionalizando-se. “O intenso pacote de mudanças abrangeu todas as esferas sociais e também a criação de um arcabouço institucional e uma nova forma de gestão governamental, além da projeção internacional, um catálogo de conquistas conquistadas pela primeira vez por uma nação pequena e subdesenvolvida, que se defrontou com rapidez”.

O farol revolucionário cubano sequer balançou, apesar de investidas violentas por parte do império americano. As agressões se diversificaram no esforço do poderoso inimigo para destruir aquela radicalidade a favor do povo. Em 1962 os que se acham donos do mundo impuseram o embargo econômico, comercial e financeiro objetivando estrangular os esforços na construção de desenvolvimento seguro daquela nação revolucionária.

Os Estados Unidos se destacam como nação mais cínica e perversa do mundo com o discurso democrático e de respeito aos povos. Sem se preocuparem com o presente e com o futuro de crianças, adolescentes e jovens tudo fizeram e fazem para brecar a criatividade, a inteligência e a resistência como poderosa energia liberada pela revolução socialista. Embargam Cuba de conviver com os povos e de trocar riquezas internacionalmente.

Superando todos os tipos de sabotagens, inclusive com explosões de aviões, matando todos os seus passageiros “…o país não deixou de se comprometer com o futuro, a construção de escolas e programas educacionais, a elaboração de planos de empoderamento feminino, a conquista de números promissores na saúde, a colaboração além de suas fronteiras fortaleceu seu sistema social, enquanto enfrenta constantes ameaças à sua soberania”, diz Prensa Latina.

O farol revolucionário cubano estampa em nossa cara a poderosa verdade do poder criminoso dos Estados Unidos. “Não em vão o escritor uruguaio Eduardo Galeano disse dela que a Revolução “castigou, bloqueou, caluniou, fez muito menos do que queria, mas muito mais do que podia. E continua a cometer a perigosa loucura de acreditar que os seres humanos eles não estão condenados à humilhação dos poderosos do mundo,” continua nosso texto.

A luta revolucionária nunca baixou a guarda quando “o país teve que enfrentar mais de uma batalha para trazer seus filhos de volta para casa, como a de devolução da criança que Elián González mantinha sem o consentimento de sua família nos Estados Unidos ou a devolução dos cinco antiterroristas que pagaram com penas injustas na nação do norte, o preço de defender suas terras das agressões”.

Num mundo dominado pelo capital internacional, impondo entraves permanentes no desenvolvimento econômico dos povos pobres, aí também Cuba tem que se reinventar sempre. “…para superar os freios do bloqueio estadunidense e os obstáculos internos muitas vezes reconhecidos, e que em 2021 somaram aos problemas acumulados os efeitos do segundo ano de uma pandemia que cortou sua principal linha econômica, o turismo, o comércio e as exportações. Entre outras medidas para a recuperação econômica, este ano o país iniciou a Tarefa de Ordenação em busca da unificação monetária; implementou novas medidas destinadas a substituir importações e aumentar a produção e priorizou a aplicação de ciência e tecnologia”, ressalta Prensa Latina.

Apesar do desespero do inimigo dos povos, os Estados Unidos, que também caiu sobre Cuba, esta soube enfrentar as hostilidades promovidas pelo governo Joe Biden, mentiroso quanto ao não cumprimento de suas promessas de campanha eleitoral no sentido de iniciar o degelo com a Ilha, piorou,  desiludindo o mundo,  ao manter intocáveis as 243 medidas tiranas impostas pelo louco nazista Donald Turmp,  com o objetivo de sufocar a economia cubana.

Como se não bastasse o cerco econômico estrangulante “… juntaram-se as tentativas de subverter a ordem social e constitucional da nação, com o apoio de operadores políticos estabelecidos nos Estados Unidos, bem como o uso de tecnologias e meios de comunicação para a Guerra Não Convencional contra o país.”

Apesar de toda a monstruosidade “nesse cenário complexo, Cuba conseguiu vacinar mais de 85% de sua população contra a Covid-19 com o desenvolvimento de seus próprios injetáveis e colocar-se na vanguarda da imunização na América Latina, além de continuar a dar solidariedade em mais de 40 países ao redor do mundo pelo contingente de médicos Henry Reeve, criado por Fidel Castro em 2005.”

“Um ano de aulas também concluído em matéria jurídica, com a discussão de um Código da Família que coloca a ilha entre as legislações mais avançadas e a aprovação de quatro regulamentos que reforçam o sistema judicial e os direitos dos cidadãos.

Na qualificação para 2021, o presidente da nação, Miguel Díaz-Canel, garantiu que este tem sido um período de aprendizagem e – mais uma vez – de resistência criativa do povo perante as adversidades”, conclui o editorial do Prensa Latina.

No Brasil, minha querida amiga Fátima Amaral, vivemos entre o sufocamento que o neoliberalismo nos impõe e as soluções eleitorais ilusórias, na sua grande maioria.

Por isso temos que olhar para Cuba e o seu exemplo luminoso revolucionário, de resistência popular e governamental, com as forças armadas, o parlamento, o judiciário e a mídia a serviço da defesa da Pátria e não dos mercados mesquinhos e abortivos da felicidade nacional de nosso povo.

Abraços proféticos e revolucionários,

Dom Orvandil.

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