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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Cunha foi abandonado porque ficou inútil

Para Alex Solnik, colunista do 247, "o tempo de Eduardo Cunha passou. Foi poderoso enquanto o impeachment estava sob seu controle. Quando o deflagrou perdeu o controle sobre ele. E o poder. Venceu, mas foi uma vitória de Pirro"

Presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em coletiva de imprensa, em Brasília 05/05/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Alex Solnik)
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O tempo de Eduardo Cunha passou.

Foi poderoso enquanto o impeachment estava sob seu controle.

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Quando o deflagrou perdeu o controle sobre ele.

E o poder.

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Venceu, mas foi uma vitória de Pirro.

O impeachment foi sua glória e sua desgraça.

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Agora ficou inútil.

Agora é um estorvo.

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É acuado pelos procuradores da Lava Jato. Cobram 100 milhões dele e de sua mulher. Ameaçam com suspensão dos direitos políticos.

Seus colegas ameaçam com sua cassação.

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O que era um contra todos virou todos contra um.

O PMDB prefere escondê-lo debaixo do tapete porque ele ao mesmo tempo que ficou inútil é, também uma ameaça.

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Ele detém todos os segredos do impeachment.

É um perigo para muitos e também para ele.

O impeachment não foi apenas um processo político e jurídico, mas também financeiro?

Quanto custou?

Muitas suspeitas recaíram sobre votos. Eleitores teriam sido recompensados monetariamente como foram aqueles que aprovaram a reeleição de Fernando Henrique?

Quantos? Quem pagou? Quanto?

Na atual fase as negociações parecem ter sequência. Foi ventilado que o senador Hélio José teria exigido dez cargos para votar a favor de Temer. Está nos jornais.

Será ele uma exceção?

Somente uma CPI do Impeachment poderia responder a tantas interrogações.

Cunha é o homem que sabe demais.

E quem sabe demais pode ser alvo dos que dependem do seu silêncio.

Ele tem potencial para – se revelar o que sabe - levar com ele, na queda, uma tropa de deputados, senadores e ministros.

E até – quem sabe? – o governo provisório.

Dúvidas permanecem no horizonte. Talvez para sempre.

Cunha foi abandonado. O impeachment não depende mais dele.

A bola agora está com Renan.

E Renan nunca foi Cunha.

Nem quer ser confundido com Cunha.

Quem vai trair quem?

Quem vai apunhalar?

Quem vai ser apunhalado?

Falta um Shakespeare para escrever o final desse enredo imprevisível.

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