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Gilvandro Filho

Jornalista e compositor/letrista, tendo passado por veículos como Jornal do Commercio, O Globo e Jornal do Brasil, pela revista Veja e pela TV Globo, onde foi comentarista político. Ganhou três Prêmios Esso. Possui dois livros publicados: Bodas de Frevo e “Onde Está meu filho?”

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Dallagnoll, Fux, Fachin e Moro - os cavaleiros do apocalipse jurídico

"Quatro cavaleiros de um apocalipse jurídico que levou o Brasil à vergonha interna, à descredibilidade externa, à chacota planetária", escreve Gilvandro Filho, do Jornalistas pela Democracia; "O aprofundamento das denúncias com a chegada de áudios jogou todos na sarjeta política e moral"

(Foto: STF | Reuters)
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Por Gilvandro Filho, do Jornalistas pela Democracia

Deltan Dallagnoll, Luiz Fux, Edson Fachin e, claro, Sérgio Moro representam, hoje, o que de mais suspeito em termos de personagens que habitam o submundo jurídico que se tornou protagonista do evento que golpeou a democracia brasileira. Dois ministros do Supremo Tribunal Federal, um procurador da República e um juiz de Primeira Instância que viria a se tornar ministro da Justiça. Quatro cavaleiros de um apocalipse jurídico que levou o Brasil à vergonha interna, à descredibilidade externa, à chacota planetária.

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Movidos por denúncias irrespondíveis que vieram à luz através do trabalho jornalístico do The Intercept Brasil, os quatro chafurdam em um lamaçal que comprometeu de morte o processo eleitoral de 2018. Eles tiraram do páreo o candidato preferido da população e ajudando a colocar no poder outro, que viria a fazer do seu governo o mais curto caminho para o caos.

Mas, o crime perfeito não era tão perfeito assim. A reprodução de diálogos suspeitos em aplicativo de celular tirou os quatro da zona de conforto. O aprofundamento das denúncias com a chegada de áudios jogou todos na sarjeta política e moral. Foram todos desmascarados, desmoralizados. Vai ser difícil para eles provarem o contrário.

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A crise política em que se afundou essa banda do Judiciário foi arreganhada nesta terça-feira (09) com o áudio-bomba divulgado pelo The Intercept Brasil, uma prova contundente que em qualquer tribunal do mundo em que a justiça for levada a sério condenaria o infrator. No áudio postado em grupo de amigos singelamente chamado de “Os Filhos de Januário-3”, Dallagnoll abre o jogo e antecipa decisão de Luiz Fux de proibir a entrevista de Lula, preso na PF de Curitiba, à Folha de SPaulo e ao El País. Um episódio emblemático que mexeu fatal e decisivamente com o tabuleiro eleitoral.

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"Não vamos alardear isso aí, não vamos falar pra ninguém. Vamos manter, ficar quieto, para evitar a divulgação o quanto for possível. Porque o quanto antes divulgar isso, antes vai ter recurso do outro lado, antes isso aí vai para o plenário", diz, no áudio, o procurador, todo pimpão. Alega que o assunto é sigiloso - "O pessoal pediu para gente não comentar isso aí publicamente e deixar que a notícia surja por outros canais, para evitar precipitar recurso de quem é.. tem uma posição contrária à nossa". E comemora a "notícia boa para terminar bem a semana”. Mais comprometedor para os dois, impossível.

Fachin, na última semana, até apareceu na mídia ensaiando críticas à Lava Jato e ao juiz Moro. Mas, parafraseando os próprios procuradores da Operação, não há “provas” de que o ministro esteja mesmo com novas “convicções”. A vinheta “Ah-a Uh-u, o Fachin é nosso” continua como a sua maior e mais comprometedora trilha sonora.

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A nova leva de denúncias do The intercept “coincide” com duas derrapadas de dois acusados de proa do caso. Sérgio Moro já anunciou férias para “cuidar de assuntos particulares”, o que indica que a situação não é a mais tranquila. Pelo contrário, ninguém conseguiu engolir a fuga do protagonista de todo o escândalo levantado pelo site de Glenn Greenwald. Tem gente duvidando até que ele volte ao cargo.

E Dallangoll não poderia ter sido mais bandeiroso. Horas antes de ser divulgado o áudio-bomba, avisou que não daria as caras na sessão da Câmara dos Deputados onde ele seria questionado pelas denúncia do TIB. Diante de uma acusação contra a qual nem a própria força-tarefa da Lava Jato teve palavras - a nota oficial publicada foi mais confusa que a pateticamente célebre explanação que fez dele o  “rei do powerpoint” -, Deltan Dallagnoll correu do pau.

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Como diz um velho ditado nordestino, “formiga sabe que roça come”.

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