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Gustavo Conde

Gustavo Conde é linguista.

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De Macri para Bolsonaro: eu sou você amanhã

Eis que bateu o efeito Orloff na América Latina. O colunista Gustavo Conde afirma que o péssimo governo Macri abriu passagem para o retorno do kirschnerismo. Para Conde, o dólar disparou e a bolsa caiu no Brasil, porque frustra-se o sonho da nossa elite acomodada: um day after domesticado para o consórcio fascista Moro/Bolsonaro. Só que não.

Bolsonaro será Macri amanhã
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A Argentina mandou um recado e tanto para o Brasil. Macri foi humilhado e será escorraçado da Casa Rosada, invertendo o clima de fascismo neoliberal na América do Sul.

Como Bolsonaro, ele não produziu um dado positivo na economia. Foi desastre atrás de desastre, com empobrecimento acelerado da população e cócoras múltiplas para o FMI.

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Bolsonaro só não ficou de quatro ainda para o FMI porque os governos Lula e Dilma deixaram reservas cambiais inéditas, além de terem saldado a dívida com o banco e ainda lhe emprestar uns trocados.

Mais um pouco desse coprogoverno, ele consegue.

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Uma constatação política, no entanto, é digna de nota - para desespero da nossa elite antipovo.

Para essa elite - que morre de vergonha de Bolsonaro sem poder manifestar essa vergonha -, o desenho estava dado: aguenta-se Bolsonaro mais uns anos e a gente vai segurando a onda, explorando a pobreza que vai sendo criada (porque pobreza dá dinheiro, caso não se saiba).

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Mais que isso: para eles, era tão líquido e certo que Bolsonaro/Moro representariam ambos o maior fundo do poço da história social do Brasil, quanto era previsível que o "depois" de Bolsonaro/Moro estaria garantido nas mãos de um político com perfil "tucano" (com o perfil de Macri: um conservador sem a vulgaridade fascista).

Esse cálculo preguiçoso vinha sendo feito espontaneamente pelo mercado. "O pós-Moro/Bolsonaro é nosso" ou: por que vocês acham que o dólar disparou e a bolsa caiu justamente no day after anunciado de Macri, que atende pelo nome de Alberto Fernández?

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"Qualquer lixo depois de Bolsonaro será considerado um luxo, até para esquerda", pensariam os ultraliberais brasileiros desalmados e marqueteiros amadores.

Pois é. A Argentina mostrou que não.

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Aparentemente, a lei dos opostos predomina mais neste momento que a lei da conciliação subserviente de praxe (aquela, que levou FHC ao Planalto).

O 'day after' de Bolsonaro vem sendo mais esperado por nossos empresários que pela própria esquerda, porque demarcaria (para eles, conservadores prepotentes), um novo ciclo de perpetuação no poder.

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O sonho desses próceres da boçalidade seria um mundo pós-Bolsonaro sem o PT e sem Lula, para tudo ficar controladinho como nos tempos de FHC.

Mas a Argentina mostrou que aquela frase de Guimarães Rosa continua valendo para todos nós: viver é perigoso.

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