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José Reinaldo Carvalho

Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

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De onde vem o perigo de “Armagedon” apontado por Biden?

Zelensky pediu um ataque preventivo da Otan à Rússia. Biden busca um pretexto e diz que Putin prepara um Armagedon

Joe Biden e Vladimir Putin (Foto: Reuters)
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José Reinaldo Carvalho, 247 - O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, fez nesta quinta-feira (6) um apelo por uma escalada do conflito que envolve seu país, abrindo a perspectiva de uma conflagração mundial nuclear, na qual a própria Ucrânia sucumbiria. É isto o que ocorrerá se a conclamação à Otan para realizar um "ataque preventivo" à Rússia for atendida.

O governante ucraniano baseou o seu pedido em uma falsa disjuntiva. Segundo ele, a Otan deveria lançar ataques "preventivos", ou "esperar pelos ataques nucleares da Rússia", que não podia reagir senão nos termos enérgicos em que se pronunciou o chanceler Lavrov. 

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"Evidentemente, não podemos ignorar as discussões que vêm crescendo ultimamente sobre o possível uso de armas nucleares, e especialmente a este respeito não podemos permanecer em silêncio quanto às ações insensatas do regime de Kiev, que visam criar riscos de uso de vários tipos de armas de destruição em massa", disse o chanceler.. 

Decerto, Zelensky não falou de moto próprio, nem se referiu à “ameaça nuclear russa” por descuido, mas em coordenação com aliados da aliança atlântica, percorrendo etapas de provocação de uma guerra nuclear. Como afirmou a porta-voz da chancelaria russa, Maria Zaharova, Zelensky é um personagem fantoche e instável, capaz de qualquer monstruosidade. Desde que surgiu a crise na Ucrânia, as potências ocidentais se esmeram em ataques pessoais ao presidente da Rússia, às instituições do país, à nação russa e seu povo. A russofobia tem sido um ingrediente importante da agitação e propaganda da mídia e da indústria cultural dos países imperialistas ocidentais. 

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A prova mais cabal de que os países imperialistas ocidentais não estão interessados na preservaçao da democracia, da paz e do equilíbrio internacional, é o apoio incondicional que têm dado a Zelensky, promovendo-o inclusive à condição de herói mundial, alvo de homenagens em Congressos legislativos e de proverbial ajuda econômica e militar. Zelensky é seu preposto em políticas de guerra. As populações desses países devem ser alertadas para as graves consequências que podem sofrer como resultado dessa conduta. Zelensky não é uma ameaça existencial apenas à Rússia, mas a toda a Europa. 

A comunidade internacional deveria prestar o máximo de atenção e reagir ao pedido de guerra preventiva da Otan contra a Rússia, o que pode realmente provocar a terceira guerra mundial. 

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A proposta de Zelensky de ataque preventivo é uma reação à incorporação das repúblicas de Donetsk e Lugansk e das províncias de Kherson e Zaporíjia à Rússia, após os referendos que esses territórios realizaram de 23 a 27 de setembro. 

Os eleitores decidiram dizer sim à adesão à Rússia não por uma imposição de Putin, nem pelo afã de aumentar o território da Federação Russa, mas coo último recurso para obter garantias de segurança contra os ataques do governo ucraniano. Foi uma decisão tomada por votação da maioria esmagadora dessas regiões, ratificada pelo Parlamento, pelo Tribunal Constitucional e pelo Governo da Rússia. Contra os argumentos que consideram os referendos nessas regiões como ilegais, é preciso lembrar que, em 1991, forças liquidacionistas e centrífugas apoiadas pelo sistema imperialista ocidental decidiram dissolver a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) sem consultar a vontade dos cidadãos. Hoje não é possível restaurar a União Soviética, mas reparar algumas injustiças daquele processo de dissolução, sim. 

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É também no contexto da incorporação das quatro regiões à Federação Russa que o presidente dos Estados Unidos advertiu para o perigo do “Armagedon”, atribuindo culpa à Rússia. O governo dos EUA reagiu de maneira virulenta à vitória russa ao receber os territórios após os referendos. O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, reiterou o "forte apoio" dos Estados Unidos à Ucrânia e que vai impor altos custos aos países que apoiem tais anexações. 

Paralelamente a isso, há vozes estridentes nos Estados Unidos que pregam uma "mudança de regime" na Rússia como único meio de fazer com que os Estados Unidos e a Europa alcancem seus objetivos estratégicos de curto, médio e longo prazos. 

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As relações entre a Rússia e as potências da Otan estão próximas do limite. Está no ar a ameaça de rupturas e confrontações. As forças progressistas e os países comprometidos com a paz ainda podem agir para impedir o desastre. 

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