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José Aníbal

Senador suplente (PSDB-SP), ex-deputado federal e ex-presidente nacional do PSDB

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“De que valeu o tudo desse nada?”

Cada dia mais, acredito que a aventura de Dilma está chegando ao fim. Não no sentido institucional, de ruptura ou descontinuidade. Mas no sentido pleno do tempo escoado, quando mais nada de novo pode ser gestado ou construído

Cada dia mais, acredito que a aventura de Dilma está chegando ao fim. Não no sentido institucional, de ruptura ou descontinuidade. Mas no sentido pleno do tempo escoado, quando mais nada de novo pode ser gestado ou construído (Foto: José Aníbal)
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“De que valeu o tudo desse nada?”. Essa foi a frase usada por Carlos Drummond de Andrade no último crayon da série feita por Portinari sobre D. Quixote. A imagem ocorreu ao poeta após observar o quadro com Sancho Pança, caído com a mão na testa, depois de tantas loucuras acompanhando seu mentor, Dom Quixote de La Mancha, o cavaleiro da triste figura.

Tenho lembrado da frase. Talvez porque, cada dia mais, acredito que a aventura de Dilma está chegando ao fim. Não no sentido institucional, de ruptura ou descontinuidade. Mas no sentido pleno do tempo escoado, quando mais nada de novo pode ser gestado ou construído. Como se nenhuma esperança pudesse ali ser emulada.

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O que nos oferece hoje uma presidente recém-eleita? Uma realidade assombrosa (escondida antes da eleição) de ruína das contas públicas, das empresas estatais, dos programas de indução dos investimentos, dos projetos de Estado para a Educação, do setor energético, da política externa e tantos outros.

O economista Marcos Lisboa, no Estadão de domingo, calculou algo entre 200 e 300 bilhões de reais de erosão provocada pela alucinação nos gastos públicos – descontrole surgido da incompetência, da corrupção e do desejo da reeleição a qualquer custo. O desprezo a qualquer limite.

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Para sobreviver, Dilma aceita um ajuste fiscal que impõe a expropriação da renda das famílias brasileiras. Conta de luz vai nas alturas, aumenta-se os impostos, os juros são majorados impiedosamente no país dos endividados. A carestia é geral – e nos alimentos em particular. Afora tentar evitar uma intolerável agudização da crise econômica à custa de um assalto a economia popular, o que Dilma e Levy estão fazendo não nos oferece nada para a frente a não ser recessão e crescimento negativo. Nenhum sacrifício por parte do governo. Em meio à seca, Dilma e Levy confiscam sementes.

Semana passada, ao defender o ajuste, Levy disse que o país “vai descobrir daqui alguns meses, e a gente já tem algumas indicações, que a economia deu uma desacelerada forte no começo do ano porque havia uma série de questões.” Ministro, o país já descobriu que Dilma praticamente quebrou o país e que vocês estão querendo jogar toda a conta no lombo do povo. Pare com esta infantilidade de que vamos descobrir. Já descobrimos. Por falar nisso, o Sr. já ouviu falar do FORA DILMA? Pois é.

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Com Dilma, desconectada da realidade, e Levy sem força para cortar na carne da máquina gorda e corrupta montada por Lula – o que é crucial para o ajuste das contas públicas – a pressão recai sobre o Congresso. Ele será coagido a aprovar medidas que preservam intacto o monstro devorador de recursos públicos montado pelo PT, como mostra o inacreditável déficit recorde nas contas do Tesouro em fevereiro, de R$ 7,4 bilhões. O governo não quer saber de controlar a gastança, ignora o clamor das ruas e passa mão grande na renda das famílias. Estão rindo de nós?

No Parlamento, o que os dois buscam é mostrar que ainda têm alguma base de apoio.Vamos esperar que o Congresso Nacional não dê a eles o que eles não podem mais dar ao Brasil: credibilidade.

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Credibilidade é uma condição da qual Dilma está cada dia mais distante. Presidente desnorteada, ajuste covarde que não vai ao essencial, trapalhadas sem fim. Mentiras e engodos como marca do governo. Esta é a toada que vai levando Dilma para o “de que valeu o tudo desse nada?”.

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