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Hélio Doyle

Hélio Doyle é jornalista, foi professor da Universidade de Brasília e secretário da Casa Civil do governo do Distrito Federal

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Deixem Wagner falar

Para o colunista Hélio Doyle, "o chefe da Casa Civil pode e deve falar de tudo – política, economia, temas sociais, de segurança, de política externa. Essa é uma de suas funções, ser o principal porta-voz e anteparo da presidente"; "Os puxa-sacos e palpiteiros vão correr à presidente para dizer que o ministro está aparecendo demais, que vai passar à população a ideia de que ele é quem governa. Se a presidente tiver maturidade e segurança, e, sobretudo, bom senso e inteligência, vai mandar os bajuladores a algum lugar desagradável e manter seu porta-voz fazendo o que tem de ser feito. Ela foi eleita, ela tem o comando. Não tem que ter medo de ministro", opina o jornalista; leia a íntegra

Brasília- DF 03-12-2015 Foto Lula Marques/Agência PT Ministro da casa civil, Jaques Wagner durante entrevista no Planalto. (Foto: Hélio Doyle)
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O ministro Jaques Wagner fez o que um chefe da Casa Civil tem de fazer: mostrar a cara em defesa do governo e da presidente, falar da gestão, fazer críticas e autocríticas. É claro que muitos discordarão ou não gostarão do que ele disse, mas esse deve ser um dos papeis do principal ministro do governo Dilma, goste-se ou não.

O governo está precisando disso. De alguém que dê entrevistas e fale em público sabendo que tem respaldo da presidente e que, se errar a mão, a conta ficará para ele próprio. Outros ministros podem e devem falar, mas sobre seus assuntos específicos. O chefe da Casa Civil pode falar de tudo – política, economia, temas sociais, de segurança, de política externa. Essa é uma de suas funções, ser o principal porta-voz e anteparo da presidente. Fazer a defesa do governo e atacar os que têm de ser atacados sob a ótica do Planalto. Mostrar, explicar, justificar.

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Não interessa se as falas do ministro vão desgastá-lo, ou criar atritos. Essa não deve ser nunca a intenção, pelo contrário. Quanto menos desgastes e atritos, e quanto mais harmonia, melhor. Mas se for necessário, o chefe da Casa Civil não tem de ter medo nem receio de estar desagradando a alguém. Tem de falar o que tem de ser falado.

Os puxa-sacos e palpiteiros vão correr à presidente para dizer que o ministro está aparecendo demais, que vai passar à população a ideia de que ele é quem governa. Se a presidente tiver maturidade e segurança, e, sobretudo, bom senso e inteligência, vai mandar os bajuladores a algum lugar desagradável e manter seu porta-voz fazendo o que tem de ser feito. Ela foi eleita, ela tem o comando. Não tem que ter medo de ministro.

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A presidente também deve falar, em entrevistas e pronunciamentos, mas com menos intensidade e com mais parcimônia. A presidente entra em momentos certos, pela gravidade ou pela oportunidade. Não pode estar dando entrevistas todos os dias, nem fazendo discursos a torto e a direito. Não por isso, mas até porque falar de improviso não é, decididamente, o forte de Dilma Rousseff. Sendo mais direto: é um de seus pontos fracos.

Então, mesmo que nem tudo que ele diga seja o certo, ou o que queremos escutar, a presidente deve fortalecer seu chefe da Casa Civil e deixar Jaques Wagner falar. Alguém tem de fazer isso.

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