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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Democracia no Brasil. Ou vai ou racha

As vozes das ruas vão aumentar mais e mais. E como diria João do Rio, onde há por todos os lados choros, soluços, lábios de coral, saudades, recordações, desesperos, rogos: Se eu pudesse desfazer Tudo aquilo que está feito, Só assim teu coração Não veria contrafeito

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O Brasil foi o último país ocidental a abolir a escravidão (1888) e possivelmente, será o último país a abolir o fascismo (2021). A extrema-direita não consegue voz em um mundo democrático. Não capacidade de dialogar, conter epidemias, cuidar do planeta e hoje as conexões entre os mercados externos, estão necessariamente atreladas a uma postura pró-vida, pró-saúde do planeta e compromisso com as instituições. Qual marca quer ser identificada com atos de violência ou atos de discriminação hoje? Vimos pelo menos três grandes marcas saírem do patrocínio da Copa América, por estarem fazendo os jogos em um país descontrolado pela pandemia. E os casos confirmam: 140 pessoas foram testadas com COVID. Não é a toa que somos o caldeirão mundial de cepas e variantes da doença.

A postura adotada pelo fascismo no Brasil é um oximoro. Uma lúcida loucura de nosso governante maior. Bolsonaro sempre acusa a sociedade de puxar a corda, mas basta ver seus atos contra tudo e contra todos, que podemos ver que o discurso cai bem para si próprio. Ter uma postura de déspota, tirar verba de quem precisa para aumentar sua base de apoio e ficar sempre ileso demonstra claramente o buraco em que estamos. Entre os 100% da população, tira aí uns 20% que tem um pé no nazi fascismo. Separa uns 15% que não é de extrema direita, mas é conservador e acha que os comunistas comem criancinhas no café da manhã e tira 30% que são esquerdistas variados. Vão Sobrar 35% do povo apolítico e conservador. E são esses que estão em disputa de Bolsonaro.

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Bolsonaro dizia que não comprou vacina antes porque a Coronavac e a Pfizer não tinham aprovação da Anvisa, mas já foi mostrado que a Covaxin foi comprada sem aprovação da Anvisa e com o maior preço entre todas as vacinas. E a empresa envolvida na compra da Covaxin, deu calote milionário no SUS durante o governo Temer. Mas essa manchete afeta a maioria da população? Talvez não. Estamos preocupados em ser cringe? Talvez não. Mas o discurso fascista de mata e esfola, esse cola. Se atende aos desejos da extrema direita é comemorado, se não, independente do país, é comunista e foi do PT. O discurso de Osmar Terra explica bem esse pensamento: "Nós temos duas visões, eu tenho a minha e você tem a sua".

Fascismo é curado com leitura, já dizia Miguel de Unamuno. Aqueles que estão colados no discurso do presidente identificam que o fascismo deveria estar vestido com roupas da SS e enforcando e fuzilando a torto e direito. Mas ele se adapta as circunstâncias e se molda a ideais de diferentes ideologias, subverte a realidade e tudo é permitida, até mentir, para chegar a seu objetivo. Enquanto movimento político, possui uma retórica populista que fala de assuntos como a corrupção, crises econômicas e declínio dos valores morais da sociedade. Não só isso, mas o culto ao líder, desprezo pelo coletivo, identificar inimigos do povo e medidas anti-povo. 

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Mas as mobilizações de protesto estão cada vez maiores, onde já mobilizaram STF, Senado, artistas, jornalistas e vários setores da sociedade. Por isso, como diria João do Rio em uma crônica: eu amo a rua. E esse sentimento de amor absoluto e assim exagerado, é partilhado por todos nós. Somos irmãos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados. Lutar pela democracia nesse momento é lutar pela vida. A resposta de Bolsonaro é tentar criminalizar as manifestações, visto pela ONU como um problema muito sério. Isso não bastasse a avaliação do Tribunal de Haia pelo crime de genocídio feita pelo presidente.

As vozes das ruas vão aumentar mais e mais. E como diria João do Rio, onde há por todos os lados choros, soluços, lábios de coral, saudades, recordações, desesperos, rogos: Se eu pudesse desfazer Tudo aquilo que está feito, Só assim teu coração Não veria contrafeito.

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