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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Dia de defesa da democracia teve decreto-provocação de Bolsonaro e o seu ministro da Defesa

"A medida em nada modifica a formação ordeira e pacífica de uma frente que reafirmou os princípios democráticos e o estado de direito sempre", diz Denise Assis

(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Tomaz Silva/Agência Brasil | Reprodução)
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Por Denise Assis, para o 247 

O texto acima é uma rotina a cada pleito. Nada de novo no front. Obedece a uma formalidade necessária para a atuação das Forças Armadas naquilo que ela faz em todas as eleições: garantem a tranquilidade e a ordem durante as votações e fazem chegar aos lugares praticamente inacessíveis, como os rincões do Amazonas, as urnas e o material necessário na eleição.

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A data escolhida, no entanto, traz embutida uma notória provocação. Num dia em que estava prevista a leitura da Carta às Brasileiras e Brasileiros – o que de fato aconteceu, com presença massiva de populares -, Bolsonaro e o seu (unha e carne) ministro da Defesa, acharam de emitir o documento, como se para demarcar território e posição.

A medida, em nada modifica a formação ordeira e pacífica de uma frente que reafirmou os princípios democráticos e o estado de direito sempre, mas acresce ao cardápio de exigências e questionamentos estapafúrdios do ministro, mais uma medida, como se a espreitar a democracia e o rumo que toma.

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Depois de todos os discursos e promessa de defesa do sistema democrático que ouviu ontem, Bolsonaro e o seu (unha e carne) ministro, deveriam ficar convencidos de que não há espaço ou ambiente plausível para arroubos autoritários e muito menos interferência em um processo em que não está prevista a participação dos militares.

Lhes resta assumir a postura do moleque que provocou o grandão do fim da rua, foi para casa e, da janela, faz gestos de socos e chama para uma briga que eles sabem, não irá se realizar. Há uma sociedade em vigília. 

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Bolsonaro e Paulo Sérgio – seu aliado nos delírios autoritários – não vão conseguir aliciar, a esta altura, a Fiesp, a Febraban, as centrais sindicais, a UNE, e mais uma centena de entidades que, no mesmo dia em que eles emitiram o pálido e rotineiro decreto, cerraram fileiras em defesa da democracia. A disputa é no voto.

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