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Dilma vai bem nas pesquisas. Mas ainda há no ar a “insatisfação com alguma coisa”

Ao chamar quem protestou de reacionário, ela talvez tenha simplificado demais um ponto essencial

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Quando criticou a violência dos protestos de rua de setembro passado, e mais recentemente insinuou que eles são apenas grupos de vândalos estimulados pela direita, Dilma Roussef talvez tenha simplificado demais um ponto essencial.

O da motivação dos manifestantes.

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Chamá-los de reacionários não explica nem o estilo dos que simplesmente estavam nas ruas para protestar contra isto ou aquilo, nem a fúria destruidora dos Black Blocs e/ou similares.

Dilma disse outro dia que a maioria, senão a totalidade, das reivindicações estão sendo atendidas. Todos nós – e não é preciso ser dilmista de coração para perceber isso - sabemos que Dilma, no mínimo, exagerou na resposta.

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E o que nos parece mais grave, parece ter se esquecido do "porquê" dos gritos nas ruas.

Claro que havia apelos direcionados, o movimento pelo fim das tarifas de transporte público, ou por melhores salários para os professores.

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Mas se essas questões, tão diferente entre si, não forrem tratadas como uma massa compacta e única, Dilma corre o risco de não perceber que há no ar um clima geral de insatisfação com "alguma coisa".

As pesquisas eleitorais trataram de tranquilizar Dilma. Ela ganha de qualquer adversário em qualquer simulação.

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Mas a própria palavra "simulação" já sugere uma possibilidade real de resultado diferente. Afinal, não se trata, por enquanto, de eleição de verdade, que só ocorrerá em outubro do ano de 2014.

Até lá, se a insatisfação "com alguma coisa" persistir, poderão sair das urnas números não tão favoráveis à candidata oficial. Serão fatores mais subjetivos do que objetivos. E, por incrível que pareça, até o desempenho do time do Felipão, sem dúvida, estará por trás de cada votinho.

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Estigmatizar o problema com desprezo e rejeição é ignorar que o governo, hoje, por mais que fale e prometa, continua a destilar venenos crônicos.

A incapacidade de colocar em funcionamento o maquinário da infra-estrutura é apenas um deles. Já o embate entre o pibinho x pibão não nos parece suficiente para mudar o voto.

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Uma boa arma eleitoral seria a ineficácia do combate à corrupção.

Mas esse, feliz ou infelizmente, já transbordou e inundou a própria oposição, e alagou todo o sistema vigente.

Dilma até mencionou uma reforma eleitoral como uma das reivindicações ouvidas das ruas que estariam sendo respondidas.

Mas teve de admitir, lamentando talvez, que ela – a reforma - está nas mãos do Congresso Nacional.

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