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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Diplomacia do porrete isola o Brasil no G-20

O jornalista Alex Solnik afirma que "a imagem de Bolsonaro que me vem à cabeça, ao ler e assistir ao que se passa no Japão, no G-20, é a de um homem das cavernas, vestindo pele de animal selvagem e um porrete na mão"

(Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia - A imagem de Bolsonaro que me vem à cabeça, ao ler e assistir ao que se passa no Japão, no G-20, é a de um homem das cavernas, vestindo pele de animal selvagem e um porrete na mão.

Somente um grande déficit de inteligência e de sensibilidade explicam suas palavras e seus modos na cúpula com os 20 principais líderes do mundo.

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 Na situação pré-falimentar vivida pelo Brasil seria de esperar que o chefe de estado fosse à reunião disposto a mostrar oportunidades de investimento no Brasil, estabelecer laços mais profundos com as grandes potências, entabular negociações de alto nível.

Em vez disso, Bolsonaro deu um show de truculência e ignorância.

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O general Heleno, cada vez mais parecido com Bolsonaro no quesito “boquirrotice”, apelou para a ignorância ao responder às críticas da França e da Alemanha à política ambientalista brasileira: “Vão procurar sua turma”! Uma declaração agressiva e desnecessária, uma declaração agressiva e desnecessária, pois ele não tem nada a ver com o peixe. Afinal, seu papel é cuidar da segurança do presidente, no que falhou ao permitir o escândalo do Aerococa e não discutir aspectos do clima e do desmatamento da Amazônia.

O presidente avisou, tentando cantar de galo, que não admitiria ter a orelha puxada por Angela Merkel, ignorando que uns países dependem dos outros e que na correlação de forças o Brasil perde de longe, em qualquer quesito, econômico, bélico ou social da Alemanha ou da França.

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Bolsonaro quer ser de fato o Trump dos Trópicos, mas sem o seu cacife de principal potência mundial.

Não se trata, porém, de medir forças. O bom senso recomendava que Bolsonaro, em sua estreia internacional, atraísse simpatias em relação ao nosso país, trouxesse bons negócios na bagagem, mas só conseguiu atrair repúdio.

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Em vez de sair da reunião do G-20 fortalecido, fechando acordos com perspectiva de futuro, mostrando um país dinâmico, moderno, disposto a participar dos esforços do mundo civilizado contra a barbárie, Bolsonaro ridicularizou o Brasil, com sua absurda live em que apresenta uma “bijuteria de nióbio” que comprou no Japão e que usou como exemplo de que estava com a razão ao afirmar, durante a campanha presidencial a importância do minério.

E que também serviria para confeccionar brincos “para meninas”, como fez questão de sublinhar, expondo sem vergonha, mais uma vez, seu preconceito a sua homofobia. 

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