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Cláudio da Costa Oliveira

Economista aposentado da Petrobras

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Diretores da Petrobrás deveriam ser demitidos por incompetência

A atual administração da Petrobrás já demonstrou claramente sua incapacidade para gerir qualquer tipo de empresa tornando a situação insustentável quando se trata de uma empresa do porte da maior estatal brasileira

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A atual administração da Petrobrás já demonstrou claramente sua incapacidade para gerir qualquer tipo de empresa tornando a situação insustentável quando se trata de uma empresa do porte da maior estatal brasileira. 

São financistas especializados na atuação em mercados de capital. Não conhecem a administração de uma empresa no seu dia a dia. Foram nomeados apenas para destruir a empresa entregando-a aos pedaços para o mercado “abutre”, com o apoio de alguns funcionários de carreira.

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A prova disto são decisões estapafúrdias, prejudiciais à saúde financeira da companhia, que poderão leva-los a responder por crime de “gestão temerária” na melhor das hipóteses. 

Na administração de recursos humanos, em qualquer empresa decente, é recomendada competência e liderança. Na Petrobrás atual estes valores foram substituídos por assédio e terrorismo. 

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Os petroleiros leitores entendem muito bem o que estou falando. Mas só para um rápido registro vou lembrar a frase do gerente executivo de RH, Cláudio Costa, 

“Talvez muitos de vocês aqui não permaneçam na companhia nos próximos ciclos de suas vidas. Todo quadro de trabalho da companhia será reduzido. Dá para absorver todo mundo? Não dá. Algumas pessoas não ficarão na companhia” 

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O impacto destas ameaças em funcionários concursados que esperavam no mínimo respeito por parte da empresa, é avassalador e irresponsável. Esqueceram de todas as expectativas prometidas, direta e indiretamente, quando de suas admissões. 

Outro fato digno de registro foi o comunicado feito durante a última greve de fevereiro/2020, 

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“Anteciparemos o pagamento do Prêmio por Performance aos empregados que estão atuando para continuidade das atividades da companhia”.

Uma forma de coação para impedir os petroleiros de exercerem um direito que lhes é concedido pela Constituição Federal.

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Hoje, depois que dilapidaram a estrutura da companhia tornando-a frágil e vulnerável e com a redução do preço do petróleo pelo embate entre Rússia e Arábia e do consumo por efeito da pandemia do coronavírus,  a atual administração decide adotar “uma série de medidas para redução de desembolso e preservação do caixa neste cenário de incertezas, a fim de reforçar sua solidez financeira e resiliência dos seus negócios dentre as quais destacamos” : 

FATOS E DADOS -26 de março 2020 

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“Petrobras adota ações para reforçar resiliência” 

Ações: Linhas de credito compromissadas US$ 8 bilhões 

Linhas de crédito novas US$ 3,5 bilhões. 

Postergação de dividendos US$ 1,7 bilhões 

Gastos com recursos humanos US$ 2 bilhões 

 Redução de investimentos US$ 7 bilhões 

Gastos operacionais US$ 2 bilhões 

“Como resultado da implementação das medidas descritas, a companhia estima que equilibrará seu fluxo de caixa no ano de 2020” 

Notem que as medidas citadas neste Fatos e Dados somaram US$ 24,2 bilhões. 

Em 1º de abril foi publicado novo Fatos e Dados “Petrobrás sobre novas ações de resiliência” onde é informada a adoção de novas reduções nos gastos de pessoal, para obter uma redução de gastos da ordem de R$ 700 milhões,  entre eles a “Redução temporária da jornada de trabalho, de 8 horas para 6 horas, de cerca de 21 mil empregados”, com equivalente (25%) redução de salários. 

Vejo recente artigo publicado pela Associação dos Engenheiros da Petrobras - Aepet “Cortes de salários só serão permitidos com aval dos sindicatos, determina Lewandowski” 

https://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/4480-cortes-de-salarios-so-serao-permitidos-com-aval-dos-sindicatos-determina-lewandowski 

Não pretendo analisar a validade jurídica da medida mas apenas sua validade prática. 

R$ 700 milhões representam hoje cerca de US$ 140 milhões. Bastaria uma redução extra de 2% nos investimentos (US$ 7 bilhões) ou de 1% nas linhas de credito (US$ 11,5 bilhões) para chegar no mesmo resultado. 

Fica claro que, mais uma vez, a atual administração busca adotar sua política de RH, baseada na coação, assédio e terrorismo. 

GESTÃO TEMERÁRIA 

Entendo que a própria gestão de RH atual é temerária, mas no momento vou pontuar apenas dois aspectos. 

O primeiro é a política de preços adotada desde 2016 (Pedro Parente) chamada de Preço de Paridade de Importação, que determina que o cálculo dos preços para a gasolina o diesel e o GLP, nas refinarias da Petrobras, tenha como base os custos de importação somado a um lucro arbitrado e não os custos de produção da companhia.  

Esta política de preços foi adotada por iniciativa da própria direção da Petrobras e permite que seus concorrentes (refinarias estrangeiras) avancem sobre seu mercado interno. Um verdadeiro absurdo, jamais adotado por qualquer empresa no mundo capitalista. 

O segundo foi a criminosa ação da atual administração em 2019 , através de uma auto denúncia ao CADE por prática de monopólio e oferecendo em reparo 8 de suas refinarias para venda , entregando 50% de seu mercado. 

Esperamos que federações, sindicatos e associações entrem na justiça responsabilizando os gestores atuais e passados.   

Cláudio da Costa Oliveira 

Economista aposentado da Petrobras 

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