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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Divisão da esquerda pode impedir vitória de Lula no primeiro turno

"Escapa ao entendimento racional e à lógica política o que ocorre com os partidos de esquerda nessas eleições. Tradicionais aliados do PT e de Lula, como PCdoB e PDT, que ganharam relevância nos governos Lula e Dilma e o PSOL, que nunca participou de governos do PT, mas combateu a deposição de Dilma, resolveram lançar candidato próprio a presidente este ano. Sabe-se lá por que! Logo neste ano em que Lula - favorito disparado - tem pela frente tantos obstáculos e precisava, mais do que nunca, do apoio dos aliados de todas as horas", alerta o colunista Alex Solnik  

"Escapa ao entendimento racional e à lógica política o que ocorre com os partidos de esquerda nessas eleições. Tradicionais aliados do PT e de Lula, como PCdoB e PDT, que ganharam relevância nos governos Lula e Dilma e o PSOL, que nunca participou de governos do PT, mas combateu a deposição de Dilma, resolveram lançar candidato próprio a presidente este ano. Sabe-se lá por que! Logo neste ano em que Lula - favorito disparado - tem pela frente tantos obstáculos e precisava, mais do que nunca, do apoio dos aliados de todas as horas", alerta o colunista Alex Solnik   (Foto: Alex Solnik)
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Escapa ao entendimento racional e à lógica política o que ocorre com os partidos de esquerda nessas eleições.

Tradicionais aliados do PT e de Lula, como PCdoB e PDT, que ganharam relevância nos governos Lula e Dilma e o PSOL, que nunca participou de governos do PT, mas combateu a deposição de Dilma, resolveram lançar candidato próprio a presidente este ano. Sabe-se lá por que!

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Logo neste ano em que Lula - favorito disparado - tem pela frente tantos obstáculos e precisava, mais do que nunca, do apoio dos aliados de todas as horas.

É isso que ninguém entende: se Lula é o franco favorito com possibilidade até de ganhar no primeiro turno por que os partidos de esquerda não apostam todas as fichas nele em vez de lançar vários candidatos e assim dificultar a confirmação desse prognóstico?

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Por que não se unem para de fato levá-lo à vitória no primeiro turno e evitar o desgaste e os riscos de um segundo?

A marcha das pesquisas indica que Lula caminha para alcançar a maioria no primeiro turno, retirar as outras candidaturas de esquerda pode ser decisivo para isso acontecer.

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Parece que esses próceres esquerdistas não se recordam mais do célebre lema da luta contra a ditadura: “O povo unido jamais será vencido”.

Ninguém se lembra de como a esquerda, que permaneceu unida durante a ditadura e por isso a derrubou, se esfacelou em vários partidos e somente 17 anos depois da redemocratização chegou ao poder.

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Se a direita tivesse, a essa altura, um candidato vencedor não pensaria mais em outros nomes, concentraria nele todo o esforço de propaganda.

A esquerda, no entanto, não sei se de caso pensado ou não insiste em imaginar – contra todas as evidências - que a divisão fortalece.

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Alguns pré-candidatos de partidos minoritários, mais ousados e arrogantes chegam a impor condições a Lula, esquecendo que ele é o candidato do partido majoritário e favorito disparado.

Quem pode impor condições é ele, não o contrário.

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Não pode o menor impor condições ao maior.

Três perguntas fundamentais têm que ser respondidas: 1) o PDT é capaz de vencer uma eleição presidencial sem o PT? 2) O PCdoB consegue ganhar uma eleição presidencial sem o PT? 3) O PSOL consegue?

A resposta certamente é “não”.

No entanto, mesmo sem PDT, sem PSOL e sem PCdoB, o PT pode ganhar a eleição.

Se esses partidos de esquerda minoritários não reúnem condições de vencer uma disputa presidencial sem apoio de um partido grande, e não poderão contar com o PT, que tem candidato, com qual partido irão se unir? Com o MDB? Com o PSDB? Com o DEM? Com qual?

Alguém acredita que qualquer um desses pequenos partidos e seus respectivos candidatos têm alguma pálida possibilidade de passar ao segundo turno?

Alguém acha que eles vão passar o primeiro turno enchendo Lula de elogios? Ou apontando seus erros? Hein? Hein?

A diferença entre os candidatos de esquerda é que Lula pode vencer sem Ciro, Manuela e Boulos; mas, nenhum dos três pode vencer sem Lula.

O argumento de que no segundo turno estarão com Lula não se sustenta. É óbvio que no segundo turno – se não levar já no primeiro – Lula irá enfrentar um candidato de direita. Os nanicos de esquerda não vão apoiar Bolsonaro ou Alckmin ou Maia contra Lula. Ainda que a cúpula assim decida, os eleitores não farão essa loucura.

São candidaturas que não se explicam, não se justificam e não têm perspectiva de vitória.

Candidaturas nascidas para perder.

Mas poderão ser decisivas para impedir a vitória de Lula no primeiro turno.

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