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Leonardo Attuch

Leonardo Attuch é jornalista e editor-responsável pelo 247.

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Do Uruguai ao Colorado

A legalização da maconha deveria estar na agenda dos candidatos à presidência, mas nenhum irá tocar nesse tabu. Pena que não exista um Mujica no Brasil

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Responda com sinceridade: um jovem que fume maconha, como tantos que existem por aí, em praticamente todas as famílias brasileiras, deve ser preso? Deve responder a algum processo judicial? Isso é realmente caso de polícia?

É exatamente essa a discussão que deve ser travada no Brasil e que mereceria estar na agenda de todos os candidatos à presidência da República, em 2014. Se o exemplo uruguaio era antes uma excentricidade, que vinha de um pequeno país ao sul, desde o primeiro dia do ano a maconha já pode ser consumida livremente no estado do Colorado "para fins recreativos" – e não apenas medicinais. De lá, a iniciativa partirá para outros estados americanos – Washington é o segundo da lista – e, em breve, conquistará todo o país que se vê como a terra da liberdade e dos direitos civis. A tendência é inevitável, uma vez que, ano após ano, cresce o apoio da sociedade americana à legalização total da maconha.

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No Brasil, há mais de uma década o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vem lutando pela legalização das drogas leves. Seu argumento é cristalino: criminalizá-las favorece apenas o tráfico e a economia paralela movimentada por um negócio clandestino. Pena que seu argumento não tenha convencido seu candidato Aécio Neves, que já disse publicamente discordar de FHC. Em 2014, a presidente Dilma também não tocará nesse tabu e é improvável que a bandeira seja levantada por Eduardo Campos, especialmente após a aliança com a evangélica Marina Silva.

Hoje, a legalização é defendida por intelectuais de peso, como Mario Vargas Llosa, que também saiu em defesa da iniciativa uruguaia, liderada pelo ex-guerrilheiro José Pepe Mujica. Segundo ele, Mujica fez do Uruguai, eleito país do ano pela revista The Economist, um farol da liberdade no mundo.

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Além da questão dos direitos civis, há também o argumento econômico. No Colorado, as autoridades estimam que o consumo recreativo da maconha irá movimentar US$ 578 milhões por ano, dos quais US$ 67 milhões irão para o estado, na forma de impostos.

No Brasil, esse negócio já existe e continuará existindo, com ou sem a legalização. No entanto, alimenta as engrenagens do crime, da clandestinidade, da corrupção policial e da violência. Será que não é hora de seguir o exemplo uruguaio? Ou do Colorado?

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