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Luiz Alberto Gómez de Souza

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais, pós-graduado em Ciência Política, doutor em Sociologia. Autor de mais de cem artigos em revistas brasileiras e internacionais e colaborador e organizador de vários livros

70 artigos

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Dois momentos de unidade na construção de uma futura frente popular, nacional e democrática

A lamentável divisão das forças progressistas nas últimas eleições propiciou a vitória da extrema direita. Mas eis que, logo, o novo governo Bolsonaro se esvai sem rumo, podendo cair quando menos se espera

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A lamentável divisão das forças progressistas nas últimas eleições propiciou a vitória da extrema direita. Mas eis que, logo, o novo governo Bolsonaro se esvai sem rumo, podendo cair quando menos se espera.

Nesse caso, teríamos o general Mourão instalado no poder, com apoio militar, da parte da mídia e de setores empresariais. Na hipótese deste também não resistir, subiria então Rodrigo Maia que, enfrentando um governo fraco, vem sinuosamente se preparando para isso.

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Decorridos menos de dois anos, Maia deveria chamar a uma eleição direta para presidente. Nesse prazo exíguo, uma frente ampla almejada talvez não tenha tido tempo de coagular. Mas, às vezes, as urgências atropelam os prazos e os partidos que agora se mobilizam diante do projeto da Previdência, poderiam ser empurrados a preparar uma alternativa, desde que superadas desconfianças mútuas.

Nesse caso, seriam obrigados a elaborar, às presas, um programa de governo para a transição e a saída de uma política neoliberal entreguista que deixará fortes sequelas. Esse seria um possível, nada fácil e inesperado desafio pela frente.

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Vão abaixo, nestes dias, sinais concretos de unidade que poderiam, quem sabe, ajudar a construir uma aliança no futuro, em prazos ainda indeterminados.

A)Documento comum de dirigentes do PT, PSOL, PC do B, PSB.

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Brasília, 26 de março de 2019

Reunidos nesta manhã em Brasília, realizamos um debate sobre o atual momento nacional, especialmente considerando o rápido e profundo desgaste do Governo Bolsonaro. Destacamos alguns pontos para reflexão de toda a sociedade:

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1. Estamos atentos e mobilizados para evitar agudos retrocessos sociais, trazidos por esse projeto de Reforma da Previdência, centrado no regime de capitalização e no corte de direitos dos mais pobres.

2. Do mesmo modo, convidamos para a defesa da soberania nacional. Consideramos que por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos.

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3. Em face da absurda decisão do Governo Bolsonaro de "comemorar" o Golpe Militar de 1964, no próximo dia 31 de março, manifestamos nossa solidariedade aos torturados e às famílias dos desaparecidos. Sublinhamos a centralidade da questão democrática, que se manifesta na defesa do Estado de Direito, das garantias fundamentais e no repúdio a atos de violência contra populações pobres e exploradas, a exemplo das periferias, dos negros e dos índios. Não aceitamos a criminalização dos movimentos sociais, uma vez que eles são essenciais para uma vivência autenticamente democrática.

Nesse contexto, é urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado.

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Por fim, essa reunião expressa o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil.

Fernando Haddad
Ex-candidato a presidente da República (PT)

Guilherme Boulos
Ex-candidato a presidente da República  (PSOL)

Flávio Dino
Governador do Maranhão (PC do B)

Sonia Guajajajra 

Ex-candidata a vice-presidente da República (PSOL)

Ricardo Coutinho
Ex-governador da Paraíba (PSB)

 

B).Frente comum diante da reforma da previdência

Os partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro se reuniram nesta terça-feira, 26, e divulgaram posicionamento conjunto sobre a proposta de Reforma da Previdência de Bolsonaro, a PEC 06/2019. Os partidos que assinam o documento  são PT, PDT, PCdoB, PSB, PSOL e Rede; na nota, os partidos de Oposição garantem que caminharão unidos contra a reforma. "Pela unidade na luta pela rejeição da PEC nº 6/2019, desde o primeiro estágio de sua tramitação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania", afirmam.

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