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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Doria foi o grande vencedor

Para Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, "o governador João Doria foi o grande vencedor das eleições de 2020". "Ele se credencia como o nome mais forte do campo conservador para enfrentar Bolsonaro em 2022, o grande derrotado, mas isso não basta", completa

João Doria (Foto: GOVSP)
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Não há dúvida que o governador João Doria foi o grande vencedor das eleições de 2020.

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Elegeu seu pupilo na maior cidade do país, com 12 milhões de habitantes e nove milhões de eleitores.

Seu partido vai governar 32 milhões de pessoas em todo o Brasil.

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Ele se credencia como o nome mais forte do campo conservador para enfrentar Bolsonaro em 2022, o grande derrotado, mas isso não basta.

Para se viabilizar ele precisa articular uma aliança com outros dois partidos de centro-direita que foram bem nas urnas: o DEM e o MDB.

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O DEM conquistou capitais importantes: Rio de Janeiro, Salvador, Florianópolis, Curitiba. Vai governar 20 milhões de brasileiros.

O MDB foi o recordista do ano, com 777 prefeituras.

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Os três partidos, juntos, ganharam 13 das 25 capitais brasileiras.

Se Doria convencer o DEM e o MDB a se aliarem a ele, terá palanques nas maiores capitais brasileiras.

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É cedo para afirmar quem seria o vice de Doria – que, é claro, ainda mais agora, não vai abrir mão da cabeça de chapa – mas pode ser, por exemplo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Além do ótimo resultado eleitoral, o grande trunfo de Doria na disputa de 2022 é a vacina contra a covid que ele comprou da China, contra a vontade do governo Bolsonaro, para ser disponibilizada a todos os brasileiros, não só aos paulistas.

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Tudo indica que no ano das eleições a pandemia ainda não estará debelada.

A segunda força dessa eleição foram os partidos do centrão, o sonho de consumo de Bolsonaro.

Somados, PP, PSD, PL, PTB, Republicanos, Cidadania, PSC, Solidariedade, Avante, Patriota e PROS conquistaram 2.600 prefeituras, com 78 milhões de habitantes.

Para ser bem sucedido na reeleição, Bolsonaro terá de, para começo de conversar, manter esse grupo que disputa tantos interesses comuns coeso em torno dele nos próximos dois anos, o que é tarefa de gincana, dada a volatilidade que o grupo tem demonstrado ao longo da história.

De qualquer modo, o cenário que 2020 projeta para 2022 é a polarização entre a centro-direita e o centrão.

Entre Doria e Bolsonaro.

A esquerda sai dessa eleição como terceira força, vitoriosa em apenas cinco capitais – Belém (PSOL), Recife (PSB), Fortaleza (PDT), Maceió (PSB) e Aracaju (PDT) – e terá de superar as sequelas dos embates mais calorosos, como o de Recife, para se organizar rumo a 2022.

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