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Ângelo Cavalcante

Economista, cientista político, doutorando na USP e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

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É golpe, SIM!

Celso de Mello e Gilmar Mendes, ministros do Supremo Tribunal Federal, são as pontas-de-lança do "juridiquês" nesta trágica divisão social do golpe

Celso de Mello e Gilmar Mendes, ministros do Supremo Tribunal Federal, são as pontas-de-lança do "juridiquês" nesta trágica divisão social do golpe (Foto: Ângelo Cavalcante)
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A moda agora é dizer que "não, não houve golpe!"; o que aconteceu foi absolutamente "legal", mas, onde já se viu? É claro que "não foi golpe!" e pérolas assim!

Celso de Mello e Gilmar Mendes, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) são as pontas-de-lança do "juridiquês" nesta trágica divisão social do golpe. O próximo passo é dar ares de legitimidade, criar vernáculo apropriado, garantir verbo específico para o momento e... Pronto. Em seguida, o "planeta globo" trata, evidentemente, de disseminar a ideia e que, como bem sabemos, pega fácil.

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Ora, ora... Quem ao menos terminou o ensino fundamental está careca de saber que o Brasil possui a mais extensa ficha golpista entre todos os países da América Latina, aliás, a história política brasileira é fundamentalmente, a história de golpes.

Para ligeira ideia, nascemos de um golpe! O Brasil originário não nasceu de uma revolução social e popular; surgiu de um golpe e dado entre as próprias elites que, não casualmente, eram partes no governo monárquico.

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O primoroso "Os bestializados" de José Murilo de Carvalho, por sinal, conta do estranhamento da população quando da "transição" da monarquia para a república, ou seja, o populacho tão somente, não fazia a menor noção do que acontecia. Tudo aquilo era sem sentido ou razão de ser.

E fomos entre golpes, intentonas, conspiratas, renuncias, ilegalidades, parlamentarismos de ocasião, ditaduras civis e militares até ao muito atual e midiático golpe em curso contra o governo de Dilma Rousseff.

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A baba dos ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes inundam o pavilhão do Supremo Tribunal Federal quando tragicamente afirmam: "Não, isso não é golpe!". Por óbvio, é golpe, inclusive apetecido pela omissão, lentidão e indiferença deste mesmo Supremo.

Não por acaso, o mesmo STF que permitiu que uma grávida de nome Olga Benario, mulher de um brasileiro, residente em solo brasileiro fosse enviada às câmaras de gás de Adolf Hitler; o mesmíssimo STF que permitiu que Luís Carlos Prestes ficasse aprisionado em condições piores do que a dos animais, aliás, o doutor Sobral Pinto em sua defesa teve que resgatar os direitos dos animais para demonstrar que as condições do cárcere de Prestes eram piores, bem piores do que as dos animais.

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Esse é o mesmo STF que deu legitimidade, argumento e vocabulário jurídico ao golpe militar de 1964 e que afundou o país em duas décadas de crimes estatais de toda sorte, ordem e grandeza.

Não é golpe? Então me digam... Qual o outro caminho permitiria a assunção de um tipo como Michel Temer à Presidência da República?

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É golpe, sim! Aguardem resistências!

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