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Pedro Augusto Pinho

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E há quem defenda o Temer

O inimigo é muito forte para exigirmos exclusividade na luta. Basta, a meu ver, a convicção nacionalista, o interesse na manutenção do Estado brasileiro. Cada momento de Temer e demais agentes no Congresso, no Supremo Tribunal Federal, na Lava Jato, em Agências Reguladoras, em direção das estatais são partes do Brasil que são alienadas

O presidente brasileiro Michel Temer participa de reunião no Palácio do Planalto em Brasília 12/09/2017 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Pedro Augusto Pinho)
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A história do Brasil tem várias leituras, como a dos Estados Unidos da América (EUA), da Inglaterra, de quase todos, se não de todos os países. Isto porque as narrativas são divulgadas e repetidas por um interesse político. Quase sempre e unicamente dos detentores do poder.

Isto não tira o brilho e o empenho de historiadores, e o Brasil os tem de grande capacidade e de profundos e denodados trabalhos. Se não os cito aqui, penso mais em suas próprias defesas e na injustiça da omissão.

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Nestas últimas décadas, que começam com as designadas “crises do petróleo”, um antigo poder retomou o controle do mundo ocidental e, como no passado, passou a dominar o planeta. Em “O sistema internacional da liquidez infinita e acumulação selvagem”, do professor Bruno Lima Rocha, divulgado pelo “GGN, o jornal de todos os brasis”, li, e creio ser pela primeira vez, a colocação da China como um dos países centrais do capitalismo de hoje. Fecha-se, assim, em âmbito planetário o domínio das finanças, do sistema financeiro internacional, que denomino “banca”.

Algumas palavras para fixarmos esta banca. É a reunião de três ou quatro dúzias de famílias, que detém a maior riqueza do mundo, e que se apropriaram do controle das comunicações de massa, dos principais centros de pesquisa e ensino, e dirigem mais da metade dos fluxos monetários internacionais. Sua fonte de poder é a dívida (por que não são auditadas as dívidas?) e seus dois objetivos são a concentração de renda e a apropriação de todos os ganhos, legais ou ilegais, de todos os setores econômicos. No estágio atual, segunda década do século XXI, inicia a destruição dos estados nacionais, a entrega ao sistema financeiro da direção mundial.

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Sem a clara consciência de que não há mais espaço para as ideológicas discussões do século XX sobre comunismo e capitalismo, socialismo versus fascismos, não será possível defendermo-nos como Nação, como uma nacionalidade brasileira. Seremos todos apátridas, escravos do financismo.

Em outros artigos já desenvolvi minhas reflexões sobre o empoderamento da banca. Vou tratar agora, unicamente, do momento brasileiro, após o golpe de 2016.

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Com a banca veio o pensamento “neoliberal”. Tenho a maior implicância com este “neo”. É o velho liberalismo do século XVIII, com os instrumentos tecnológicos do século XX, impondo a morte dos mais fracos. Fico pasmo de ver estes “neoliberais” se manifestando contra o aborto, entrando nas igrejas, qualquer que seja a denominação religiosa, pois sua filosofia é da “lei da selva”, vencem os fortes, morrem os fracos, qualquer que seja a base de suas forças.

Na recente passagem pelo Brasil, o pensador italiano Antonio Negri relatou um caso, por ele vivenciado, da falácia neoliberal. Transcrevo da entrevista divulgada pelo “Conversa Afiada”, de Paulo Henrique Amorim:

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“Vivo em uma região, em Veneza, em que na primeira metade dos anos 1970 aconteceu esse primeiro ataque neoliberal que destruiu fábricas grandes, onde a luta operária era muito forte, como no ABC paulista ou mais. As fábricas foram praticamente destruídas. E se deu um grande impulso ao empreendedorismo individual e com base nisso cresceram enormes sistemas industriais, como Benetton. Onde? A partir de casa. Cada um era empresário em casa. Essa ideia empresarial resistiu até o momento que chegou a crise. Chegou ao ponto que a ilusão dessa nova democracia industrial individualista (se mostrou) ilusória.”

Vemos, nesta narrativa, as seguintes falácias: primeiro que é a competitividade que gera riqueza (na verdade ela gera mortes, físicas ou jurídicas), que há sempre um mais esperto que se aproveita dos trouxas (quem vai bater panela é o próximo desempregado ou falido) e que a banca gera as crises para seu empoderamento.

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Gosto de chamar os emissários da banca de agentes. Eles são, em muitos casos, os “toupeiras” do jargão da espionagem. Atuam contra seus países, por algum tipo de corrupção – do bolso ou da mente – e estão em qualquer lugar, nos governos, nas comunicações de massa e, mais fortemente neste instante da banca, no judiciário.

Permitam-me um momento de reflexão sobre as ditaduras da farda e da toga. O passado recente do Brasil deixou muitas sequelas pela ação dos militares, que acolheram os emissários da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA, de promoverem a tortura e morte de brasileiros, abrigados pela “luta ideológica”. Incrível pensar que designações da religião pentecostal ou o neoliberalismo, por exemplo, não sejam ideologias e atuem politicamente. Mas a ditadura militar é visível nas ruas e, assim, como ocorreu, mais fácil de unir pessoas contra ela. A ditadura da toga, que hoje presenciamos, é muito mais sutil e difícil de ser denunciada. Pergunto, apenas para exemplificar, por que não se desconstruiu a farsa do mensalão, em 2005/2006, quando todas suas bases eram criações midiáticas? Nunca houve o “Visanet”, do “meu Banco do Brasil”, da fala de Gilmar Mendes. E tantas outras “mágicas” foram feitas para que a corrupção dos sempre corruptos “políticos da boquinha” fosse dirigida apenas para os representantes do Partido dos Trabalhadores.

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Os militares também estão sofrendo a politização neoliberal, como os demais brasileiros. E há entre eles, como também no judiciário, que se oponha ao domínio da banca.

Vejo esta confusão – propositalmente colocada nas comunicações de massa, não só na oligárquica brasileira, mas nas mais tradicionais e democráticas europeias – como parte da ação atual da banca no desmonte dos Estados Nacionais. Isto já foi feito – e não por acaso – onde há petróleo. As vítimas foram o Iraque, a Líbia, a Ucrânia, o Afeganistão e, se não fosse a ação da Rússia de Putin, também estaria a Síria, neste rol, ao qual se somam, nas Américas, a petroleira Venezuela e o México.

O inimigo é muito forte para exigirmos exclusividade na luta. Basta, a meu ver, a convicção nacionalista, o interesse na manutenção do Estado brasileiro. Cada momento de Temer e demais agentes no Congresso, no Supremo Tribunal Federal, na Lava Jato, em Agências Reguladoras, em direção das estatais são partes do Brasil que são alienadas.

Fora Temer e todos os agentes, já.

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