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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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É refém, sim, da democracia, general!

O vice general Hamilton Mourão dá umas recaídas autoritárias, de vez em quando; essa de dizer que o presidente Bolsonaro não é refém de ninguém é uma delas; Mourão não é político, por isso, não sabe muito bem o que está falando

A opção Mourão: Kant contra Bolsonaro (Foto: Valter Campanato - ABR)
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O vice general Hamilton Mourão dá umas recaídas autoritárias, de vez em quando; essa de dizer que o presidente Bolsonaro não é refém de ninguém é uma delas; Mourão não é político, por isso, não sabe muito bem o que está falando.

Na democracia, há o poder aparente e o oculto, o tangível e o intangível; o material e o imaterial; por isso, a realidade, como diz Hegel, é dual, interativa, dialética, positivo-negativo, singular-plural, claro-escuro, yin-yang etc; para ele, cabeça mecanicista, parece que a verdade é uma só: a hierarquia; o de cima dá a ordem e o de baixo obedece.
Mas, antes disso, preliminarmente, há, na democracia, a urna, o voto, que iguala a cidadania.

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Bolsonaro sabe disso muito melhor que Mourão, porque ficou, na Câmara, 28 anos; também, tem consciência de que, se não fosse Moro, que, graças à Lavajato, virou fenômeno político popular, poderia ter perdido a eleição para Haddad, no segundo turno.
Moro foi decisivo, para a vitória bolsonarista; e se não fosse Moro, Mourão não estaria onde está; o poder real de Moro é intangível, mas as pesquisas mostram ser tangíveis; dualidade intrínseca ao fenômeno político em que ele se transformou.

ABSOLUTISMO BRECADO

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Caso não existisse esse pormenor fundamental, Bolsonaro já poderia tê-lo despachado; mas, a vontade do presidente não é absoluta, como ressalta Mourão; mandando Moro passear, Bolsonaro, que não está lá com essa bola toda, porque a economia vai mal e as expectativas, internas e externas, assentam-se em areia movediça, abre,para si mesmo, enorme instabilidade política eleitoral.

Moro, que prestou grande serviço aos interesses econômicos e políticos externos, ao sucatear a economia brasileira, principalmente, na área da engenharia industrial, destroçada pela Lavajato, poderia, se defenestrado por Bolsonaro, caso julgasse dispor de poder absoluto, como pensa Mourão, virar alternativa política para 2022.

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Teria apoio, especialmente, do centro-direita, que busca seu candidato popular, diante dos disponíveis, que não tem, ainda, essa prerrogativa política, como Huck, Dória, Wiksel, Ciro e outros menos votados.
Agora, se ocorresse fechamento do regime, por conta das contradições sociais e econômicas que o cercam, o poder absoluto bolsonarista emergiria, com sua intrínseca vocação autoritária.

Mas, aí, a democracia seria afogada pelas botas do obscurantismo.
Mourão se imagina maior que a democracia ao expor seu inconsciente autoritário, afirmando dispor Bolsonaro do poder absoluto.

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O general vice-presidente, Hamilton Mourão, resolveu demonstrar alinhamento com Bolsonaro na queda de braço com Moro e afirmou que “se por acaso ele tiver que demiti-lo, ele vai demitir e acabou. O presidente não é refém de ninguém”
 

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