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Ângelo Cavalcante

Economista, cientista político, doutorando na USP e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

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Economia, liberdade e democracia

Sem falsos otimismos ou sem enredar em auto-enganos, mas o país vai inteligentemente costurando saídas para a crise que, de uma forma ou de outra, criou, é parte e vítima

Sem falsos otimismos ou sem enredar em auto-enganos, mas o país vai inteligentemente costurando saídas para a crise que, de uma forma ou de outra, criou, é parte e vítima (Foto: Ângelo Cavalcante)
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A economia reage! Empresas diminuem a capacidade ociosa de seus respectivos parques industriais; a taxa de desemprego, mesmo elevada, se estabiliza; investimentos vão sendo gradativamente retomados; o comércio sai das cinzas às fagulhas e lentamente se aquece com a retomada do consumo; a sangria desatada da inflação é estancada e o salário vai retomando a passos de cágado, seu poder de compra; o Banco Central ensaia reduzir juros o que implica positivamente no crédito e; o mega-cartel bancário, este poder paralelo de leis e rumos próprios, que tem como esporte preferido o constrangimento e a intimidação das autoridades monetárias do país vê sua estrategia de intensificação da especulação sendo alterada.

O governo combina austeridade interna com captação de investimentos para o país. A China consolida sua posição de principal parceiro econômico do Brasil e os Estados Unidos ciosos por não perderem influência na América Latina, propõe estreitar relações com o Brasil, principal economia do subcontinente. Eis a razão e o sentido da atual visita de Dilma Roussef ao império do norte.

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Sem falsos otimismos ou sem enredar em auto-enganos, mas o país vai inteligentemente costurando saídas para a crise que, de uma forma ou de outra, criou, é parte e vítima.

O mundo da política, um mosaico difícil de ser compreendido, é partido cotidianamente, ora pelas investidas da neoconservadora direita brasileira e que, dizendo a que veio, não abre mão do seu "vale-tudo" contra o quarto governo do PT, ora pela esquerda que sempre autoritária, segue em um patético modelito liberal, evidentemente fracassado e superado em todo o mundo e sem retomar bandeiras importantes para o seu protagonismo social e político e, sobretudo, para a transformação estrutural da sociedade brasileira.

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Fato é que o que muitos dos "chocados cidadãos de bem" e que tresloucadamente vociferam na imprensa, escrita ou falada, de que o Brasil está um caos, uma bandalheira e, definitivamente, carente de rumos ainda não entenderam que o que está acontecendo é exatamente o exercício da democracia. Se não sabem, democracia é exatamente a manifestação livre de pensamento, de posições e oposições.

O que essa "boa gente" ainda não percebeu é que estes acirramentos são, linhas gerais, positivos. De fato, a democracia precisa ser testada, exercitada e posta em causa. Por enquanto, apesar da taxa de juros, da mídia e do judiciário, nossa democracia persiste.

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Agora, é claro que excessos acontecem freneticamente. Venhamos e convenhamos, mas aquela dos movimentos neonazistas tupiniquins clamarem e conclamarem golpes militares, intervenções ianques no país e bobagens similares é de uma estupidez sem-tamanho. É preciso ter claro que liberdade na democracia existe para potencializar a democracia. Não pode haver liberdade para enfraquecer a democracia, para torna-la frágil, piorada, amiudada. Essa, de fato, não serve e jamais servirá para a democracia e o seu necessário aprofundamento, de modo que esses excessos devem ser combatidos com os rigores e as penalidades da lei.

Não tem cabimento! Não pode ser liberdade para depredar, destruir e enfraquecer o público, para aquilo que serve ao público e que, de outra forma, eleva a própria vida do público para níveis ou condições melhores e superiores. É nesse sentido que o próprio sentido da democracia precisa ser melhor compreendido, reafirmado e posto no cotidiano da vida social, política e econômica.

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