Eduardo Bolsonaro quer ser o presidente

Eduardo Bolsonaro, o filho falastrão que quer o cargo do pai desde já, não perde a oportunidade de falar besteiras para as câmeras. Ele atua como chanceler, como porta voz, como representante do pai presidente.

Será que os outros irmãos não estão com ciúmes? E o Mourão que também gosta de falar demais e anda sumido, será que planeja disciplinar Eduardo quando Bolsonaro pai estiver no hospital e ele na presidência? E Moro, vai aturar as intromissões do deputado? Será que aceitaria ser vice-presidente de Eduardo e passar mais quatro anos como coadjuvante?

Criador e criatura

O "menino" fala muito, e como diz o ditado: "quem fala demais dá bom dia a cavalo". Eduardo não entende dos assuntos que fala ou aprendeu errado, de forma distorcida?

Talvez o "professor" Olavo de Carvalho ao criar suas teorias conspiratórias, misturando ficção e realidade, não tenha alertado Eduardo de que eram apenas bobagens para conquistar seguidores. Vai ver o discípulo acreditou e hoje cria a sua própria literatura maravilhosa, onde o novo normal faz sentido.

Pérolas

Eduardo vivia em um país extremamente socialista. Ele foi aos EUA participar da festa de aniversário de Steve Bannon (o marqueteiro das fake news) e disse para uma emissora de tv: "o Brasil está mudando de uma gestão extremamente socialista para uma economia muito mais liberal.".

Será que Eduardo chamou Michel Temer de comunista? Por que o PT não coletivizou/estatizou os meios de produção e nem fez uma reforma agrária. O PT melhorou a distribuição de renda e inseriu o pobre na economia e isso foi o suficiente para outro golpe de estado. Imagina se Lula tivesse reestatizado as mais de 100 empresas privatizadas por Collor e FHC, teria sofrido um "acidente" fatal no primeiro mandato.

Mais 100 privatizações

O então candidato Bolsonaro, em setembro deste ano, disse: "Agora de 140 e pouco estatais, acredito que mais de 100 dá para privatizar tranquilamente".

Mais privatizações resultarão em menos receitas originárias. O Brasil passará a depender ainda mais das receitas derivadas, a carga tributária ficará confiscatória em uma economia estagnada e com investimentos públicos congelados por 20 anos.

Lembrando que já trabalhamos 5 meses apenas para pagar impostos. De acordo com pesquisa, de 2017, do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) destinamos 41,80% de todo o nosso rendimento para as receitas derivadas dos governos federal, estadual e municipal.

Segundo a melhor doutrina, quando a carga tributária global ultrapassa 50% dos rendimentos do particular o efeito é confiscatório sobre a renda do trabalhador.

Governo sem legitimidade

Esse governo não foi escolhido pela maioria dos eleitores, 61% do eleitorado brasileiro não votou em Bolsonaro, este teve 39% dos votos. A disputa não foi justa, Lula era o primeiro colocado com chances reais de ganhar no primeiro turno. Houve fraude eleitoral que ainda está sendo descoberta por inteiro.

"O segundo capítulo do caixa dois eleitoral usado pela campanha de Jair Bolsonaro revela ainda mais um pouco do submundo dos ataques anti-PT e dos disparos em massa no WhatsApp que se instalaram no Brasil durante as eleições de 2018. Uma rede de empresas recorreu ao uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir o disparo de lotes de mensagens em benefício de Jair Bolsonaro (...)". (BRASIL247, 2018).

Brigas

Desse novo governo só podemos ter certeza de uma coisa: haverá muitas brigas.

Referências:

BRASIL247. FRAUDE COM CPF PERMITIU DISPAROS NO WHATSAPP CONTRA HADDAD. Disponível em: <https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/376589/Fraude-com-CPF-permitiu-disparos-no-WhatsApp-contra-Haddad.htm>. Acesso em: 02 dez. 2018.