CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Denise Assis avatar

Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

694 artigos

blog

Eduardo Pazuello, o quase ex-ministro, pode ser transformado em “rei da selva”

Jornalista Denise Assis afirma que Jair Bolsonaro luta para tornar o general Eduardo Pazuello ministro “Extraordinário da Amazônia”. Segundo a jornalista, a medida tiraria poderes do vice Hamilton Mourão e fortaleceria o clã Pazuello na Amazônia

Eduardo Pazuello (Foto: Reprodução)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia 

Há mais que uma pororoca por vir, no cenário da Amazônia. O (mais ou menos) ministro Eduardo Pazuello, que anunciou nesta tarde sua permanência no cargo até a próxima quarta-feira, tenta ganhar tempo, pois talvez tenha um cabide à vista onde se pendurar. Na iminência de ficar no sereno, sujeito a ser preso por todos os erros e crimes contra a saúde da população, de que é acusado, caso perca o fórum privilegiado, Bolsonaro luta para  torná-lo ministro “Extraordinário da Amazônia”. E este cargo existe? Perguntarão todos. Não. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

As reuniões se sucedem, tanto no alto comando, quanto no Planalto. No alto comando, para discutir como as fileiras vão se livrar do incômodo personagem. Na ativa, ele contamina a imagem da Força, que terá de buscar um posto para o “retornado”.

No Planalto, as rodadas de conversa esbarram em ranger de dentes dos generais/ministros. Mesmo reformados, eles consideram que ele pode comprometer ainda mais a imagem das FAs e do governo, além de não verem no “colega”, as qualidades alardeadas e comprovadamente inexistentes, de quando chegou à pasta da Saúde como interino. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

E a ala civil, então, não o quer nem pintado de ouro, pois estão ainda catando os cacos do estrago feito. Ao assumir a pasta da Saúde, em 16 de maio de 2020, o país contabilizava   233 mil casos e 15.633 mortes associadas à covid-19. Ao ser anunciada a sua demissão, o número de mortos batia a casa dos 280 mil, ou seja, estão na sua conta 260 mil vítimas da pandemia e de suas hesitações, omissões e trapalhadas. Diante das especulações e possibilidades, só temos a dizer para a fauna amazônica: “tremei!"

Bolsonaro, por sua vez, tem todo o interesse em elevá-lo à condição de “rei da selva”. Primeiro, porque esvaziaria o vice/desafeto, Hamilton Mourão. Segundo, porque fortaleceria o clã dos Pazuello, no estado. Tudo pode sair daí, inclusive, nada, mas que Brasília está trepidante, sem dúvida.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO