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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Elefantes em loja de louças

"O ministro da Fazenda diz que a meta não é aumentar impostos, mas no momento poderão ser aumentados. Na primeira entrevista à imprensa o ministro da Justiça ameaça reprimir quem protestar contra o novo governo. O ministro da Cultura é vaiado, ao tomar posse, pelos funcionários do ministério que são fotografados exibindo, às suas costas, cartazes com dizeres 'fora, golpista'. A primeira declaração do ministro da Saúde, em meio a tantos problemas científicos na área é a 'fé move montanhas'", diz o colunista Alex Solnik, sobre as trapalhadas da equipe de Michel Temer; "Nunca antes, nem no período militar, um governo começou de forma tão caótica e tão contestado. Nem uma só notícia boa"

Brasília- DF- Brasil- 13/05/2016 Presidente em exercício Michel Temer realiza a primeira reunião Ministerial. Foto: Marcos Corrêa/ Michel Temer (Foto: Alex Solnik)
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Isso está parecendo uma invasão de bárbaros. Ou de uma manada de elefantes.

   O presidente da República reza em público com os ministros evangélicos, desrespeitando as minorias judaica e muçulmana e a maioria católica.

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   E adverte que não se pode mais falar em crise porque eles chegaram ao poder.

   Wikileaks divulga informação de que em 2006 ele foi informante da embaixada americana e trechos de relatórios em que ele afirma que “sem o PMDB ninguém pode fazer nada no Brasil” e que se diz no país que “FHC roubou dos pobres para dar aos ricos e Lula roubou dos ricos para dar aos pobres”.

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   O ministro do Planejamento anuncia corte de 4 mil cargos, ou seja, coloca mais 4 mil desempregados nas ruas, depois de passar o ano inteiro maldizendo o PT pelos 10 milhões de desempregados.

   E ameaça com auditoria nos programas sociais.

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   O ministro da Fazenda diz que a meta não é aumentar impostos, mas no momento poderão ser aumentados.

   Na primeira entrevista à imprensa o ministro da Justiça ameaça reprimir quem protestar contra o novo governo.

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   Deputados petistas querem demissão de investigados na Lava Jato nomeados ministros – Henrique Eduardo Alves e Jeddel Vieira Lima - por desvio de finalidade e obstrução da Justiça.

   O ministro da Cultura é vaiado, ao tomar posse, pelos funcionários do ministério que são fotografados exibindo, às suas costas, cartazes com dizeres “fora, golpista”.

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  A primeira declaração do ministro da Saúde, em meio a tantos problemas científicos na área é “a fé move montanhas”.

   Cristóvão Buarque, apoiador do impeachment sem crime fica com pé atrás: que ministério é esse sem mulheres, sem negros e sem minorias?

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   O golpista Paulinho da Força detona a ameaça de retorno da CPMF. Talvez ressentido porque ficou de fora do rachuncho.

   Retratos da presidente Dilma, que ainda não deixou de ser a primeira mandatária são retirados das paredes dos ministérios.

   Aécio Neves não desgruda de Michel Temer.

   Jornais europeus, perplexos, denunciam bando de ladrões que ocupou o Palácio do Planalto desalojando mulher honrada.

   Ministro da Casa Civil diz que o governo terá mulheres, mas somente em cargos subalternos dos ministérios.

  A Venezuela chama o embaixador de volta ao país.

  O presidente dos Estados Unidos se recusa a telefonar ao novo presidente do Brasil.

  As ruas das principais cidades ficam repletas de manifestantes inconformados.

   A comunidade científica se revolta com a divisão em dois do ministério da Ciência e da Tecnologia.

   Artistas estão em pé de guerra em razão da desmontagem do ministério da Cultura.

  Nunca antes, nem no período militar, um governo começou de forma tão caótica e tão contestado.

  Nem uma só notícia boa.

  Discípulos de Maquiavel, adotam a tática de fazer todas as maldades de uma só vez.

   Mas sem dar esperança de que no futuro virá alguma bondade.

   O circo de horrores protagonizado pelos deputados no dia 17 continua.

   Nenhuma discrição, nenhum respeito, nem um sinal de elegância.

   Elefantes em loja de louças.

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