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José Reinaldo Carvalho

Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

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Eleições diretas já!

É óbvio que o país não suportará uma eleição indireta no âmbito de um Congresso nacional politicamente desacreditado e identificado com o reacionarismo político, controlado por uma maioria golpista

Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Mesa: senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO); presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Foto: Ana Volpe/Agência Senado (Foto: José Reinaldo Carvalho)
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Aconteceu antes, bem antes do que podia supor a vã filosofia e os interesses dos agentes políticos, policiais, jurídicos e midiáticos que perpetraram o golpe de Estado. Mas aconteceu.

O regime entrou definitivamente em crise. Não adiantam as negaças do presidente usurpador, as desculpas esfarrapadas dos integrantes do seu gabinete. Inútil que o presidente do Senado saia dos seus cuidados para dizer que a crise com Geddel é episódio menor e superado. Ou que o presidente-tampão da Câmara tente estigmatizar como “louco” o ex-ministro da Cultura.

A crise é geral, sistêmica e incontrolável. O quadro é de paralisia econômica, falência financeira, degradação acentuada das condições de vida do povo, corrupção desbragada. Não há convescote, acordo, conchavo ou apelo a uma falsa união nacional que possam salvar o regime em cujo vértice se encontra o governo de Michel Temer, sob o argumento de que está em curso um golpe dentro do golpe e o que virá será pior.

Sim, há um golpe dentro do golpe. A continuidade do governo Temer só agravará a crise política. O golpe dentro do golpe também. A evolução acelerada da crise política e de governo é reveladora de que o sistema político brasileiro faliu por completo, a Constituição foi inteiramente violada, os três poderes assumiram seu caráter reacionário.

Fica patente que não há solução para a crise a partir da articulação das forças golpistas e com elas. Nada salvará a democracia, a "política" ou a "classe política" nos marcos do atual regime. Muito menos as soluções falsamente constitucionais. É óbvio que o país não suportará uma eleição indireta no âmbito de um Congresso nacional politicamente desacreditado e identificado com o reacionarismo político, controlado por uma maioria golpista.

O resgate da democracia, da soberania nacional e dos direitos do povo será necessariamente fruto de uma ruptura política e institucional, que passa pela derrubada do governo Temer e a realização de eleições diretas.

As forças de esquerda estão chamadas a cumprir seu papel histórico, na direção da resistência e da luta democrática, criando as condições para a ampla união dos brasileiros democratas, patriotas e progressistas e mobilizando as energias criadoras do povo.

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