Eleições municipais 2020 e a oportunidade de impor uma derrota ao fascismo à brasileira
O campo democrático-popular, da esquerda à centro-esquerda, quer se reorganizar após a derrota ideológica, política e eleitoral de 2018. No entanto, agitam a bandeira da frente democrática que, em muitos casos, não vai além da já conhecida e insuficiente frente de esquerda
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As eleições municipais de 2020 poderão resultar no processo de rearticulação das forças democráticas ou no aprofundamento da conjuntura fascistizante. O caminho escolhido dependerá, em grande parte, da clareza das lideranças políticas, de sua capacidade de ler a conjuntura política e econômica, de saber dialogar e entender o perfil diverso do eleitorado, de costurar alianças sem sectarismos e de apresentar candidaturas capazes de se sobrepor à campanha sistemática de criminalização e negação da política, eixo fundamental da sanha fascistizante em destruir a democracia por dentro.
O modelo de campanha nas redes sociais, baseado nas Fake News, tende a se repetir e exercer influência na definição do voto de parte do eleitorado nas cidades. Não por acaso, em pesquisa de opinião realizada pela consultoria Quaest no fim de 2019 apontou que aqueles que se informam pelas mídias sociais têm visão mais positiva do governo Bolsonaro e responsabilizam os governos liderados pelo PT pela crise.
Dito isso, o pleito terá um caráter plebiscitário. A tendência de nacionalizar o debate e ideologizar as pautas do dia a dia está posta. Estarão em jogo iniciativas estratégicas para uma redefinição do papel do Estado e a derrota das constantes ameaças às liberdades e ao Estado Democrático de Direito pelo fascismo à brasileira: o bolsonarismo. Não se trata de uma simples disputa entre situação e oposição.
Setores da centro-direita de um lado, da esquerda e da centro-esquerda de outro, adotam algumas avaliações semelhantes, como é o caso da ilusão que em tempo curto podem derrotar o bolsonarismo. No entanto, rejeitam um entendimento de caráter mais amplo a fim de garantir a democracia frente ao avanço da conjuntura fascistizante.
O campo democrático-popular, da esquerda à centro-esquerda, quer se reorganizar após a derrota ideológica, política e eleitoral de 2018. No entanto, agitam a bandeira da frente democrática que, em muitos casos, não vai além da já conhecida e insuficiente frente de esquerda.
Já as forças da direita e centro-direita, por sua vez, também derrotadas eleitoral e politicamente, encontram-se reféns do apoio tácito à agenda econômica ultraliberal e de desmonte do estado brasileiro.
Se insistirem nas atuais posturas, seremos todos, à direita e à esquerda, engolidos pelo fascismo à brasileira.
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