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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Em vez de empregos, Temer vai criar miseráveis

A reforma trabalhista tal como começou a valer há uma semana não vai criar um mísero emprego a mais, porque não oferece nenhum incentivo ao emprego e sim ao subemprego, ao bico, sem garantia social alguma, sem seguro desemprego, sem aposentadoria. Vai é criar miseráveis de todas as idades, os ainda em atividade produtiva e os aposentados", afirma o colunista Alex Solnik; "Nenhuma economia cresceu sobre os ombros de trabalhadores miseráveis – a não ser nas ditaduras – e quem afirma não são perigosos comunistas e sim as mais prestigiadas vozes do capitalismo", destaca

A reforma trabalhista tal como começou a valer há uma semana não vai criar um mísero emprego a mais, porque não oferece nenhum incentivo ao emprego e sim ao subemprego, ao bico, sem garantia social alguma, sem seguro desemprego, sem aposentadoria. Vai é criar miseráveis de todas as idades, os ainda em atividade produtiva e os aposentados", afirma o colunista Alex Solnik; "Nenhuma economia cresceu sobre os ombros de trabalhadores miseráveis – a não ser nas ditaduras – e quem afirma não são perigosos comunistas e sim as mais prestigiadas vozes do capitalismo", destaca (Foto: Alex Solnik)
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Todos estão de acordo quanto ao motivo que levou grande parte das empresas brasileiras a adotarem, há alguns anos, a pejotização em vez da contratação pela CLT, sempre que possível: o enorme custo para a empresa em tributos ao governo. Cada empregado chega a custar dois salários, somados os impostos ao olerite.

Somente se as empresas fossem incentivadas com a diminuição dessas taxas elas poderiam voltar a pensar em contratar, mas a reforma não mexeu nisso.

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Em vez de beneficiar os empregos, renunciando a parte da arrecadação, Temer optou por beneficiar as empresas tirando dos trabalhadores e providenciou para que não reclamassem: acabou com o imposto sindical que vai fechar muitos sindicatos e diminuir o poder de fogo das grandes centrais, como a CUT, que já estão sendo afetadas pela legislação draconiana.

A reforma trabalhista tal como começou a valer há uma semana não vai criar um mísero emprego a mais, porque não oferece nenhum incentivo ao emprego e sim ao subemprego, ao bico, sem garantia social alguma, sem seguro desemprego, sem aposentadoria.

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Vai é criar miseráveis de todas as idades, os ainda em atividade produtiva e os aposentados.

O mercado de consumo de vários setores da economia será inexoravelmente enxugado, pois quem não tem garantia de quanto vai receber no mês seguinte não vai se aventurar a fazer compras a crédito ou então as fará e dará calote.

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Vai gastar somente no essencial, ou seja, comida.

A lógica na qual se baseou essa reforma estúpida foi a mesma que justificou a manutenção do regime escravocrata durante 388 anos no Brasil: garantir lucros sem pagar salários aos que produzem a riqueza.

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Só que, com isso, o trabalhador (escravo) não tinha dinheiro para consumir, e o mercado de consumo não crescia, o mesmo ocorrendo com a indústria.

Não há como um país se desenvolver num regime como esse.

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Como hoje é quase impossível não pagar nada de salário, mas sempre se dá um jeito de arrochar, primeiro se afrouxou a fiscalização do trabalho escravo – a portaria ainda não foi revogada – depois se implantou uma legislação que garante o mínimo possível: 5 reais por hora.

Um verdadeiro escândalo, tão grandioso quanto os da Lava Jato, mas que não ocupa o mesmo espaço nas manchetes e nas mentes dos brasileiros.

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Todos os países se tornaram prósperos com trabalhadores bem pagos e sindicatos fortes, desde que Henry Ford, no começo do século XX ensinou que precisava pagar aos seus empregados o suficiente para que pudessem comprar os carros que produziam, reforçado depois com o New Deal de Franklin Delano Roosevelt.

Nenhuma economia cresceu sobre os ombros de trabalhadores miseráveis – a não ser nas ditaduras – e quem afirma não são perigosos comunistas e sim as mais prestigiadas vozes do capitalismo.

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