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Jose Carlos de Assis

Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB

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Empresários que financiam os hackers de Bolsonaro

Os hackers assumiram a parte negra da campanha de Jair Bolsonaro. Não são fantasmas. É gente de carne e osso. São financiados pelo menos por duas entidades empresariais, a Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro e a Associação Brasileira de Supermercados. Sempre no caixa dois

Empresários que financiam os hackers de Bolsonaro (Foto: Valter Campanato - ABR)
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Os hackers assumiram a parte negra da campanha de Jair Bolsonaro. Não são fantasmas. É gente de carne e osso. São financiados pelo menos por duas entidades empresariais, a Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro e a Associação Brasileira de Supermercados. Sempre no caixa dois. Até o momento essas entidades contribuíram com 17,5 milhões de reais para a campanha suja, através da agência XYK, de Gutenberg de Pádua, amigo de Flávio Bolsonaro.

A certeza da impunidade tornou essa atividade criminosa um instrumento fundamental na campanha contra Haddad. Hackers não tem nenhum escrúpulo de usar os mais infames meios de calúnia e difamação para atacar suas presas. É graças a eles que tem sido reunido na campanha oficial de Bolsonaro o material de alta agressividade que tenta confundir o PT com o candidato Haddad. Como não sou do PT, tenho imparcialidade para tratar objetivamente dessas questões.

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Precedentes dessa campanha difamatória existem em profusão. Uma testemunha das eleições para presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro relata as propostas criminosas que um grupo de hackers ofereceu para assumir a campanha de um dos lados. A sugestão era atacar a filha e a família do candidato adversário, de forma implacável, sem provas e sem qualquer compromisso com a verdade. A proposta foi rejeitada. Mas o método ficou muito bem conhecido.

Entretanto, os hackers continuam aí, oferecendo serviço sujo e ganhando dinheiro sujo. No caso das duas associações mencionadas, seria muito simples para a Polícia Federal, ou a Procuradoria Geral da República, mandar investigar essas entidades. Entretanto, como não são do PT, provavelmente não haverá investigação, ou a investigação se encerrará com um pedido de desculpas. A Lava Jato, como todos sabemos, é seletiva. Escolhe os suspeitos, comanda as testemunhas e estabelece os culpados.

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Na época do impeachment, denunciei a formação de um caixa de 500 milhões de reais pela Fiesp, Firjan e federações de indústria do Paraná e Santa Catarina para comprar parlamentares contra Dilma. Não houve nenhuma reação das chamadas autoridades. É incrível, mas mesmo parlamentares da oposição da época não se moveram para apurar a denúncia. Tudo passou em brancas nuvens. Aparentemente é o destino também desta. O que significa, se acontecer, a completa desmoralização da Justiça.

Talvez fosse exigir demais que a denúncia desses hackers resulte em questionamento judicial ou impugnação da candidatura de Bolsonaro. Entretanto, para o bem da dignidade da Justiça, seria preciso algum tipo de investigação para pelo menos intimidar os empresários envolvidos. Do contrário, o caixa dois da Lava Jato teria uma importância jurídica maior que a lavagem de dinheiro em favor dos hackers de Bulsonaro. Se for assim, muita gente começará a pensar que não um soldado e um cabo, mas apenas um soldado basta para fechar o Supremo.

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