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Ariovaldo Ramos

Coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito Presbítero da Comunidade Cristã Reformada em São Paulo, SP

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Enquanto houver racismo não haverá democracia nem nação

"Há vários tipos de racismo no Brasil. Mas o desfecho é um só: crise da sociedade, impossibilidade de construir uma nação, inviabilização da democracia", escreve o coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Ariovaldo Ramos

(Foto: Luiz Rocha / Midia NINJA)
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Eu vou morrer, eu vou morrer!
Não consigo respirar!
Ele não viu que eu estava com o uniforme da escola?

As frases foram ditas por pessoas diferentes, com idades distintas, em locais e ocasiões distantes entre si… O que há de comum? Todos foram assassinados… E por quê? Por serem negros! São frases de negros na hora da morte! Todos vítimas do racismo no Brasil. O racismo é agente da morte! O racismo é a morte do conceito de humanidade, é o pior de todos os vírus, é a impossibilidade da unidade humana, é o motor de todas as guerras.

E racismo mata, e o faz com e por crueldade! Há vários tipos de racismo, e no Brasil os mais evidentes são os levados a efeito contra os indígenas e os negros e negras, mas o desfecho é um só: crise da sociedade, impossibilidade de construir uma nação, inviabilização da democracia.

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O racista está morto como ser humano!

A vítima do racismo sofre os vários tipos de morte, que começa com a discriminação e vai até o assassinato, pelas mãos dos que não conseguem ser humanos.

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Para que uma sociedade se recupere disso, todos têm de ser antirracistas, por definição.

A sociedade, como um todo, tem de reconhecer o débito para com os segregados. E tem de tomar todas as medidas para saudar o débito, até que a igualdade entre seres humanos, mais que reconhecida, seja celebrada pela plena liberação ao acesso a todo o direito a que cada ser humano faz jus. Corrigindo os séculos de desigualdade por meio de ações afirmativas.

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No Brasil, o racismo, em relação aos afrodescendentes, começa com um crime contra a humanidade, a escravização dos africanos negros – cometido pelos que, tendo traído a Cristo, continuaram a se dizer cristãos. E desembocou no estabelecimento de uma sociedade de castas. Que não só perdura no tratamento de viés opressivo da branquidade brasileira para com a negritude brasileira, como permeia a estrutura socioeconômica e política do país.

Já em relação aos indígenas, é preciso compreender que não haverá nação brasileira enquanto não tratarmos a invasão sofrida pelos povos originários. A contínua devastação de suas terras e cultura, e o genocídio de que são vítimas.

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Isso tem de ser tratado com o arrependimento e a reparação necessárias, garantindo o direito à autodeterminação dos povos originários, segundo a Constituição Federal.

Também não haverá nação brasileira enquanto não tratarmos os quatro séculos de escravização, também, com o arrependimento e a reparação necessárias. Enquanto não reconhecermos que o Brasil é um país indígena-euro-africano, onde os de origem africana constituem, hoje, a maioria da nação. E que isso tem de aparecer em todos os segmentos da sociedade.

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Enquanto houver racismo não haverá democracia nem nação.

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