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Então tá...

Ciro Gomes, Marina Silva e FHC, em debate pró Frente Ampla organizado pela Globo - 07/06/2020 (Foto: Reprodução)
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A pauta dos últimos dias é crítica em relação à Lula, pelo fato do Presidente não ter aderido a um dos muitos documentos desenhados para atender ao certame do fora Bolsonaro. Este, em específico, vem patrocinado por lemman e pelo banco itaú.

Lá estão Ciro, temer, Marina...

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Ciro e Marina onde estiveram em 2018? Em Marte? E temer? Bem, temer é temerário para não falarmos além do quanto temos falado desde a tal ponte para o futuro (que bola nas costas mais desagradável. A estupidez pariu o monstro).

Mas não é da presença deles, nem de suas adesões a um documento que iremos tratar – afinal, o papel aceita tudo. Este Advogado que vos incomoda nestas mal traçadas, por exemplo, chamou moro de Excelência, um dia – e essa é nossa ponte para o passado...

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Noves fora, o quanto nos seduz aqui e agora é a pauta que discute o entorno da não adesão de Lula ao tal documento tirado contra messias – bem aclarado que se trata daquele pontuado no início do texto... 

Pois muito bem: Lula foi perseguido politicamente por um pretenso juiz (duble de ator político) sem cuidado algum com a decência, temor à vergonha ou compromisso com a justiça e a verdade. 

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Esta perseguição atendeu a pauta da direita mais desqualificada das Américas, alinhada ao interesse estadunidense (este sempre o mais safado possível), ao custo (para Lula) da prisão política que lhe cortou a carne, ainda que não lhe tenha adormecido o espírito. 

Parte dos articulistas do documento que Lula não assinou tramou ou contribuiu (de várias maneiras, inclusive lavando as mãos) com a perseguição patrocinada pelo juiz político que agiu para agradar interesse estadunidense, entregando uma jurisdição sem qualquer adjetivo honesto que possamos lhe conferir e, não satisfeito, participou até outro dia do governo do candidato vencedor, para o qual a sua atuação despótica, ilícita e interessada no desfecho que entregara (em desfavor a Lula) foi tão decisiva que o próprio messias lhe prometeu uma cadeira no Supremo – oh tempora, oh mores – não antes de lhe fazer ministro da justiça... 

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Como criticar Lula por não aderir a qualquer documento tirado sob essa chancela vergonhosa que é corresponsável pela situação do país? Como criticar Lula por não vergar? Como criticar Lula por não se deixar sucumbir? Como criticar Lula por ser Lula?

É que se faz necessário aos interesses dos patrocinadores do golpe de 2016 (empresa midiática familiar + os já mencionados + uma tantada de gente que assistiu a tudo e escolheu a narrativa desenhada no tudo menos o PT), estabelecer uma narrativa que seja deletéria da história, ao tempo em que exponha Lula. 

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Assim, a farsa colada na narrativa disseminada ao longo dos últimos quinze anos pela imprensa comercial familiar brasileira (mãe das fake news tupiniquins), vendendo o conceito da unilateralidade e da exclusividade na contrafação da corrupção brasileira, criou o desenho da maldade a ser combatida, alinhando este messianismo em desfavor do Partido dos Trabalhadores, deságua na necessidade de afastar o filho feio que pariu (messias) e, nesta peleia, não pode deixar de atacar Lula – por alguns motivos, mas o mais importante é que Lula deverá ser beneficiado pela benção da justiça (ainda que tardia) que o Supremo insiste em adiar...

Passa a hora do Supremo anunciar o óbvio: moro nunca teve isenção para julgar Lula. Isso até a imprensa marciana vem noticiando e todos os botequins confabulando, no enfrentamento do cenário pós golpe...

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Dessarte, antes de completar seu segundo ano, o governo messiânico começa a feder além do esperado e a imprensa familiar que lhe construiu em alternativa ao PT, parece dar conta do fedor e não que ser vista enquanto patrocinadora da tragédia que construiu com suas narrativas de interesse.  

Há exemplos de sobra. Vejamos um: a imprensa familiar fala alguma coisa mais da mala de rodinhas com $500.000.000 (quinhentos mil reais), puxada por um político de família tradicional do Paraná?

Bom lembrar, neste contexto, que a medida liminar que livrou o parnanguara do ferrete cautelar em que se houve (leva a mala, pequeno, leva a mala com quinhentos dinheiros) foi deferida pelo ministro fachin, lavajatista de primeira grandeza (pediu para ser relator no posto de Teori quando este morreu), useiro e vezeiro em jogar a favor das narrativas da direita... 

Esse fato jamais foi explorado a contento pelos donos da notícia no Brasil. Não que nós outros esperássemos afagos e arroubos de caráter dos jornalões. Tampouco vitupérios heroicos que estabelecessem um senso mínimo de decência (a decência não vende, teria dito uma eminência parda da comunicação privada pátria), mas seria honesto da parte das famílias (marinho + civita + frias + mesquita) um equilíbrio mínimo, em ordem a pavimentar a divulgação do que ocorria por terras brasilis, com verdade e isenção (por pensar assim há amigos queridos que me chamam Locco...).

Qual o que. Com seu hábito mais antigo, os jornalões venderam o que tinham de mais precioso para vender: uma narrativa fácil de ser comprada por Marias e Clarisses...

Essa cola desprovida de energia moral foi aplicada, inicialmente, pelo centrão (lembram-se de roberto jéferson?), chegou ao Supremo nas asas da ação penal 470 e o demais seguiu a farsa, desaguando na tragédia.

E o Lula vem sendo criticado por não aderir a um documento articulado e patrocinado pela elite do atraso, com o auxílio luxuosíssimo de muita gente que pavimentou o caminho do messias ao palácio do Planalto? É séria a crítica ou atende (como sempre) o certame dos interesses narrativos da imprensa familiar brasileira?

Que triste país estamos vivendo. Mário de Andrade diria que a saúva destruiu o Brasil... 

Nós, de nossa parte, seguimos sentindo falta de Moraes Moreira, Aldir Blanc, Elis Regina, Sócrates, Marinho (o grande ponta do América de São José do Rio Preto e do Bangu), de Tim Maia e de muita gente grandiosa que fez e continua fazendo nossa vida menos triste – pesar de estarmos nos trópicos que, conforme Lévis-Strauss, padecem da tristeza de destino... 

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