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Davis Sena Filho

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Esquerda tem de reestatizar a Eletrobrás e punir severamente quem vendeu e comprou as estatais brasileiras

Se a esquerda vencer as eleições presidenciais de 2022, urgentemente ela tem de retomar, não somente a Eletrobrás, mas todas as grandes empresas públicas que foram privatizadas

(Foto: Alan Santos/PR | Reuters)
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Por Davis Sena Filho

"{,,,} A orientação do presidente, desde o início", é para "desonerar reduzir, simplificar, tirar o Estado do povo brasileiro". (Paulo Guedes, da Economia, em coletiva em fevereiro, no Palácio do Planalto, com a presença de Jair Bolsonaro, o político fanaticamente defensor e amante do que é privado e sectário, mas que, malandramente, se deu bem na vida a ocupar somente cargos públicos. Ele e os seus filhos, diga-se de passagem).

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"Um crime está em vias de ser cometido contra a Nação e o povo brasileiro: a privatização da Eletrobrás. A energia produzida pelas grandes hidrelétricas cujo investimento os brasileiros já pagaram vai ser privatizada. Vamos pagar outra vez essa energia em nossas contas de luz. Agora que, por falta de planejamento, estamos outra vez diante do colapso no setor elétrico, com ameaça de racionamento e apagão. Os senadores não devem aprovar a proposta de privatização da Eletrobrás feita pelo governo. Isto elevará a conta de luz a valores astronômicos". (Dilma Rousseff, presidente do Brasil deposta por um golpe bananeiro de estado, em 2016, pela direita brasileira derrotada em quatro eleições consecutivas).

A Eletrobrás, para quem não sabe, por ignorar, ou para quem sabe, mas é cúmplice dos crimes de lesa-pátria e lesa-humanidade desse desgoverno ultraliberal, elitista e protofascista, que está a destruir o Brasil deliberadamente e criminosamente, é um conglomerado de megaempresas públicas que já estão pagas totalmente pelos contribuintes e povo brasileiro, no decorrer de décadas e gerações, que trabalharam duro para que o Brasil fosse um País energeticamente independente.

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Por sua vez, e é bom nomeá-las, a Eletrobrás é composta pelas Chesf, Eletrosul, Eletronorte, Eletronuclear, Itaipu Binacional com o Paraguai, Furnas, Amazonas GT e Cepel, dentre outras empresas públicas, de inúmeros portes, que estão agora a serem entregues por um governo de extrema direita totalmente alienado, distante e contrário aos interesses nacionais, de forma que a transferência desse verdadeiro tesouro estratégico para a soberania do Brasil será entregue para o controle da iniciativa privada, que assustadoramente não tem condições científicas, técnicas e administrativas para controlar tão importante estatal nacional.

Além disso, o conjunto dessas empresas que compõem a Eletrobrás produz e distribui energia elétrica, além de realizar investimentos em infraestrutura, o que não fez, por exemplo, a Vale do Rio Doce administrada por empresários e acionistas privados, que irresponsavelmente e criminosamente, soterraram e aterraram duas cidades mineiras inteiras, rios e riachos, bem como vilarejos e inúmeras chácaras da região de Brumadinho e Mariana, a envenenar, por meio de barragens que estouraram, o meio ambiente, locais e localidades.

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Até hoje as populações das duas cidades e regiões não foram amplamente amparadas e se deparam em suas rotinas diárias com os crimes de empresários gananciosos e delinquentes, que são os exemplos mundiais de incompetência, descaso e desrespeito com a vida humana e a natureza. Por isso que entregar uma megaempresa como a Eletrobrás é um inominável crime de lesa-pátria, porque a estatal tem competência e conhecimento para atender à demanda energética do país.

O capital privado não pode assumir tamanha responsabilidade com um bem público que já está pago pela contribuinte deste País, tendo que somente entrar na estatal e usufruir de um megacomplexo com o propósito de apenas ter acesso ao lucro, a controlar os preços e a fazer remessas bilionárias para o exterior, pois, como sempre, não investirão no Brasil, porque este País é tratado apenas como colônia a ser explorada até a última gota de sangue e suor, como aconteceu, sem sombra de dúvida, com a Vale do Rio Doce, a Telebrás, a CSN e tantas outras estatais estratégicas, que hoje estão nas mãos do capital privado, que jamais investiu em infraestrutura por não querer gastar dinheiro e não ter interesse em se comprometer com o desenvolvimento econômico do povo brasileiro.

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Outro exemplo. Se o capital privado e seus donos tivessem competência para gerir e administrar, tantos bancos não teriam falido nas últimas décadas e os bancos centrais do Brasil e de outros países também não teriam que socorrer banqueiros criminosos, que deveriam passar décadas na cadeia, além de perderem seus patrimônios e valores escondidos em paraísos fiscais no mundo inteiro.

Agora, o País está nas mãos de um incompetente, predador e irresponsável do grande capital privado, como o ministro da Economia Paulo Guedes, que, alucinadamente, só pensa em privatizar, em uma obsessão que deixa transparente e muito claro que essa gente veio para, definitivamente, transformar a outrora sexta economia do mundo em um País de joelhos e humilhantemente colonizado, de maneira pior do que nos tempos do Brasil Colônia, pois somos um País de 521 anos, industrializado, e que está a experimentar, por intermédio de um governo cuja base é militarista, que estabeleceu como prioridade o atraso e o retrocesso em todos os campos de atividade humana e econômica, como se verifica por meio do IBGE e Ipea, além de outros órgãos e instituições, a exemplo do Dieese e dos próprios Banco Central e Ministério da Economia.

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É o fim da picada, porque o Brasil tem um desgoverno protofascista e militarista, que tem o apoio de fundamentalistas evangélicos, grandes fazendeiros, policiais e categorias de trabalhadores equivocadas, a exemplo dos caminhoneiros e médicos, que até pouco tempo estavam a vaiar os médicos cubanos nos aeroportos, a demonstrarem indescritíveis preconceitos, inclusive o racial, de classe e origem, em um movimento elitista e sectário, que visava desmontar o democrático "Programa Mais Médicos", sendo que agora o povo brasileiro do interior do País e das favelas e periferias não tem mais acesso aos profissionais de saúde, porque este País tem como ideologia draconiana o ditado "Quem pode mais chora menos", o que é inaceitável e tem de ser duramente combatido, porque barbarismo que se contrapõe a todos os marcos civilizatórios.V

Voltemos à Eletrobrás. O momento para privatizar, e falo apenas de dinheiro, é o pior possível para vender (a preço de banana) uma empresa pública estratégica e que tem poder, inclusive, de manter os preços de energia acessíveis ao povo brasileiros, assim como ao comércio e indústria. E por quê? Porque os ativos das empresas, públicas e privadas, ficam simplesmente  reduzidos nos períodos de crises econômicas e financeiras, como acontece agora com o Brasil pós-golpe de 2016, quando um patife de nome Michel Temer resolveu trair e usurpar o poder central, com a deposição criminosa da presidente constitucional e legítima Dilma Rousseff.

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Consequentemente, o momento para esse desgoverno de aloprados e inconsequentes entregar o que é público para os bilionários da iniciativa privada, que não investem em nada, mas se favorecem da infraestrutura pública financiada pelo contribuinte é péssimo, porque as propostas são muito abaixo dos valores reais das estatais, sendo que o capital internacional e seus agentes irão, como sempre, transformarem-se em verdadeiros leitões bem gordos para poderem mamar na mamata deitados, com a cumplicidade criminosa das autoridades do desgoverno de Jair Bolsonaro.

Se a esquerda vencer as eleições presidenciais de 2022, urgentemente ela tem de retomar, não somente a Eletrobrás, mas todas as grandes empresas públicas que foram privatizadas, a exemplo da Vale do Rio Doce e das subsidiárias da Petrobras, que foram passadas nos cobres e ficou tudo por isso mesmo, assim como o Pré-sal, pois grande parte dele já está nas mãos das petroleiras estrangeiras.

Paulo Guedes e todos seus áulicos tem de ser severamente punidos com longo encarceramento, com cadeia e devolverem tudo o que pegaram para privatizar e a apontar seus parceiros de privatizações de lesa-pátria, mas também de lesa-humanidade contra o povo brasileiro e seus trabalhadores. A Eletrobrás é uma questão acima de tudo estratégica, porque é fundamentalmente necessária para a autonomia, a soberania e a segurança energética do Brasil.

Trata-se, na verdade, da maior e mais importante empresa da América Latina, cuja metade das linhas de transmissão pertence a tão importante estatal brasileira construída pelos brasileiros com o capital nacional, bem como relatei anteriormente neste artigo, que a Eletrobrás está totalmente paga, o que a torna um filé mignon aos bárbaros da iniciativa privada liderados pelos capitães do mato do capital, os entreguistas e colonizados Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, que são o fim do fim da picada em todos os sentidos, porque como carrascos dos mercados de capitais o propósito é fazer o Brasil retroceder à República Velha, ou seja, retornar à condição de gigantesco fazendão exportador de produtos primários e monoculturas.

Quando o Bolsonaro afirmou para quem quisesse ver e ouvir que iria tirar o Estado do povo brasileiro, ele estava, na verdade, a asseverar que o Estado nacional se livraria de suas estatais e também dos programas de proteção ambiental e de inclusão social, inclusive entregar as estatais mais estratégicas, bem como pararia de investir no desenvolvimento do País, como acontece a olhos nus a degradação dos setores de Educação, Ambiental, Cultura, Ciência e Pesquisa, que estão à míngua, sem condições de pagar até suas contas de água e luz, sendo assim impossível sustentar seus programas e projetos tão necessários ao desenvolvimento humano, científico e econômico do País. 

Contudo, seria muito bom também lembrar que os generais parassem de ficar a bater continência à bandeira e a marchar em nome da Pátria, em uma pantomima ridícula de soldadinhos de chumbo perdidos na Guerra Fria, ultrapassada e inócua, enquanto isso o patrimônio público é dilapidado por um presidente da República e sua equipe composta de irresponsáveis e inconsequentes de pensamentos atrasados, que estão a impor ao Brasil uma política econômica ultraliberal, que não deu certo em lugar algum do mundo, a forçar até mesmo os partidos de direita dos países civilizados a pisarem nos freios e reavaliarem o neoliberalismo, que levou no ano de 2008 inúmeros países desenvolvidos à bancarrota, sendo que até hoje, 2021, os reflexos do desmonte da economia ainda é duramente sentido por essas nações.

Já que os generais das três forças armadas, os procuradores do MPF, os juízes e o empresariado irresponsável e economicamente suicida deste País de terceiro mundo somente se preocupam em realizar ações deletérias contra os interesses do Brasil e se tornarem cúmplices e parceiros de políticas públicas criminosamente de lesa-pátria, volto novamente a falar, seria mais do que adequado e necessário, se a esquerda reconquistar o poder central nas eleições de 2022, reestatizar tudo o que foi irresponsavelmente entregue à iniciativa privada, responsável maior pela brutal e desumana concentração de renda e riqueza que ocorre no Brasil, principalmente a partir da deposição injusta e covarde de Dilma Rousseff.

Portanto, cara pálida que está no mundo da lua, a esquerda tem de se unir em uma frente ampla e levar o povo novamente às ruas, como aconteceu, agora, com cerca de 500 cidades a protestar contra o desgoverno protofascista e militarista de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. A retomada da democracia e do estado de direito, o retorno das parcerias internacionais não alinhadas e independente, assim como a mobilização em prol da qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente são elementos que não devem ser unificados e jamais negociados. O Brasil não aguentaria mais um desgoverno de predicados fascistas e ultraliberais mais quatro anos no poder.

A esquerda tem de reestatizar a Eletrobrás e punir severamente quem vendeu e comprou as estatais brasileiras estratégicas para sua soberania. O fascista Jair Bolsonaro tem de ser derrotado para a felicidade, a liberdade e a independência do Brasil. É isso aí.

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