Está difícil

Jesus disse que quem com ele não ajunta, espalha.

Não tem lugar para a omissão ou para a contemporização.

Por isso, fico bastante preocupado com a atuação da oposição ao governo federal.

Tudo o que o governo considerou de mais importante passou no Congresso.

Fora vários penduricalhos, igualmente, graves, passados na surdina das MPs; o governo conseguiu a aprovação da reforma da previdência e do pacote anti-crime.

A oposição entende que obteve importantes vitórias, em ambos.

A fala “Importantes vitórias”, de fato, significa: o pacote passou, mas, tiramos algumas coisas.

Mesmo que o que foi tirado seja importante, o governo conseguiu implantar mudanças onde não era para mudar nada, ou, pelo menos, não era para mudar desse jeito.

Parece que está estabelecido um compasso: o governo entra com seu pacote de maldades, a oposição abate os bois de piranha e a maldade passa.

Como o pacote anti-crime, que, como li de analistas, deveria ser chamado de pacote pós-crime; e que, na prática, vai só aumentar a população carcerária, assim como desestimular qualquer esforço de recuperação dos internos, pois acaba com a progressão de regime.

Tem, também, a reforma da previdência que, agora, começa a repercutir nos Estados e Municípios, pondo à vista toda a monstruosidade contida no que passou; que, aumentou os privilégios de alguns, e arruinou o futuro de todos os outros.

Enfim, numa economia em que o salário mínimo, a cada ano, serve só para aumentar a injusta desigualdade social, sem grita, sem protesto, sem passeata, sem informação honesta ao trabalhador, sem paralização provocada pelos sindicatos, está cada vez mais difícil entender a oposição.

O governo não surpreende, é o desfile da malignidade anunciada. 

Já, a oposição confunde a gente… dá impressão que os partidos de oposição estão se movimentando não para deter esse terror, mas, para ver quem fica com os despojos, na esperança de que seja verdade o dito que afirma que não há mal que dure para sempre.

Os que estão protegidos pelos mandatos, de uma forma ou de outra, podem esperar, nós, que estamos a caminho da miséria, não!

Estão reconstruindo a Senzala, temos de tomar a Casa Grande!