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Mirela Filgueiras

Jornalista, com especialização em Teorias da Comunicação e da Imagem. Tem experiência nas áreas de webjornalismo, assessoria, rádio e televisão. Estuda as relações entre cibercultura e jornalismo

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Estas eleições são a continuação do Golpe

Estas eleições fraudulentas não passam de uma ilusão vendida para a esquerda como forma de vencer o Golpe. A primeira fraude foi a cassação da candidatura do último grande estadista brasileiro, Lula, que venceria no primeiro turno.

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Estas eleições fraudulentas não passam de uma ilusão vendida para a esquerda como forma de vencer o Golpe. A primeira fraude foi a cassação da candidatura do último grande estadista brasileiro, Lula, que venceria no primeiro turno. 

Dia 28 corremos o risco de legitimarmos o início do outro regime autoritário, obscurantista e novamente comandado por militares. Não por vontade genuína, mas porque a opinião de milhões de brasileiros foi manipulada por marqueteiros de ultra direita nas redes sociais através de fake news.  

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Como prova dessa nova tática de fraude eleitoral, temos a vitoriosa campanha do atual presidente estadunidense, Donald Trump.

“A empresa britânica Cambridge Analytica usou testes de personalidade e curtidas no Facebook para coletar dados de usuários do Facebook em 2014. Essas informações revelaram o perfil psicológico completo de 87 milhões de pessoas que estão na rede social, que passaram a receber propaganda eleitoral altamente personalizada.

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Com esses dados, a Cambridge agiu para influenciar nos resultados da campanha presidencial dos EUA em 2016, que elegeu Donald Trump, e do Brexit, o plebiscito do ano passado que levou o Reino Unido a deixar a União Europeia. O Brasil também está no meio, com 443.117 usuários atingidos.

(...)

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Todas essas informações viraram um algoritmo usado para influenciar pessoas com propagandas altamente personalizadas --incluindo eleitorais. O dono da firma é o bilionário do mercado financeiro Robert Mercer, e seu diretor na época era Steve Bannon, que depois virou um dos principais assessores de Trump. Trump pagou US$ 6 milhões pelo serviço da consultoria. ”. (UOL, 2018).

O marqueteiro das fake news: Steve Bannon

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Joseph Goebbels, ministro da Propaganda Nazista durante o governo de Adolf Hitler, disse: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.

Provavelmente com essa “lição” na cabeça, Steve Bannon inicia seu marketing ideológico, através das fake news, em 2012, ao torna-se “diretor do site Breitbart News, fonte de informações antissemitas, xenófobas e misóginas que se consolidou entre as publicações mais conservadoras dos EUA.”. (PEREDA, 2017).

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Fake News e a extrema direita 

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“O Breitbart News se apresentou sob a direção de Bannon como a plataforma de consagração da alt-right, a direita alternativa que encontrou na Internet um novo catalisador de sua causa supremacista. O site divulgou desde algumas das maiores fraudes que circularam durante as eleições até mentiras como a suposta celebração de muçulmanos em Nova Jersey depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001, uma informação que Donald Trump compartilhou em seu perfil do Twitter.” (PEREDA, 2017).

Bannon na campanha de Bolsonaro

 

 
 
 

 

 

 

Pelo Twitter, no dia 04 de agosto, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bolsonaro, publicou uma foto do encontro que teve com Steve Bannon em Nova York. Segundo o filho do presidenciável, “Bannon disse que acompanhava Bolsonaro havia tempo.” que colaboraria com a campanha e que esta seria “mais árdua” do que foi a de Donald Trump. (BRESCIANI, 2018).

A fraude é denunciada

O diretor do Instituto de pesquisas Datafolha, Mauro Paulino, afirmou, neste dia 18, pelo Twitter, que “a subida de Bolsonaro foi impulsionada por uma fraude; ele explica que a onda na reta final do primeiro turno foi patrocinada por práticas ilegais de uso massivo do WhatsApp com caixa dois digital patrocinado ilegalmente por empresas.” (BRASIL247, 2018).

A denúncia de Paulino é corroborada pela reportagem de Patrícia Campos Mello, publicada nesta quinta-feira na Folha de São Paulo. De acordo com a matéria “empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno. A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada.”. (DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO, 2018).

A fala de Fux vale se for para beneficiar o PT?  

A ministra Rosa Weber, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deve se posicionar firmemente (dessa vez não pode ir com a maioria) em relação às fraudes eleitorais cometidas pela campanha de Jair Bolsonaro (PSL).

Lembrando que quando estava como presidente TSE o ministro Luiz Fux afirmou que o Código Penal Brasileiro prevê o cancelamento de eleições caso os resultados sejam influenciados por fake news.

Ora, além deste crime de manipulação eleitoral através de fake news, Bolsonaro também cometeu pelo menos mais dois.

Recebeu doação de campanha por empresas privadas sem declaração, sendo que parte dessas empresas está comprando “um serviço chamado “disparo em massa”, usando a base de usuários do próprio candidato ou bases vendidas por agências de estratégia digital. Isso também é ilegal, pois a legislação eleitoral proíbe compra de base de terceiros, só permitindo o uso das listas de apoiadores do próprio candidato (números cedidos de forma voluntária).”. (DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO, 2018).

Agora a ministra Rosa Weber tem a prova cabal e a literatura jurídica a permite.

A justiça deve bloquear o WhatsApp

Por muito menos o WhatsApp já foi bloqueado pela justiça brasileira pelo menos três vezes. A mais recente data de maio de 2016 quando o aplicativo “ficou bloqueado no Brasil inteiro por cerca de 24 horas.” Em cumprimento da decisão “do juiz Marcel Maia Montalvão, da Justiça de Sergipe. (..) o pedido foi feito porque o Facebook, dono do app de mensagens, não cumpriu uma decisão judicial anterior de compartilhar informações que subsidiariam uma investigação criminal. A operadora que descumprisse a ordem pagaria multa diária de R$ 500 mil.”. (G1, 2016).

Bolsonaro ganhou destaque nacional pela sede de audiência das tvs

“(...) a partir de 2010 (...) Bolsonaro se tornou um personagem constante dos programas de auditório de emissoras de baixa audiência (Band, SBT e RedeTV!). Ou seja, (...) o deputado abriu uma nova frente de exposição midiática: o entretenimento.

Entre 2010 e 2018 Bolsonaro ocupou um espaço incomum para políticos na TV aberta brasileira. Coletando somente para programas de entretenimento na TV aberta em que o parlamentar foi o principal convidado, somam-se 33 participações.”. (PIAIA & NUNES, 2018). Bolsonaro participou do programa Superpop, apresentado por Luciana Gimenez, 11 vezes nesse período.

Em entrevista, publicada em abril deste ano, concedida ao ex-colega de trabalho, Rafael Cortez, pra o canal Love Treta no YouTube, a atriz Mônica Iozzi declarou:

“Hoje eu fico pensando, a gente do CQC teve um papel principal assim, coisa que eu me arrependo, porque a gente sem querer… Ele era um cara tão ignorante, tão patético, sem nenhum tipo de competência e com valores morais tão deturpados que para nós ele era um personagem tão bizarro que era engraçado e a gente não tinha ideia que boa parte da população se identificaria com um ser humano tão vil assim. Mas enfim, eu acho que acho que infelizmente a gente contribuiu”. (CARVALHO, 2018).

Certamente que a espetacularização desse grotesco personagem político possibilitou que ficasse conhecido em âmbito nacional.

“Antes dessa incursão televisiva ele era apenas um deputado regional verborrágico e representante da classe dos militares. (...) ele vira uma figura nacional, com pautas que extrapolam seu reduto eleitoral próximo. Um exemplo disso é a evolução de sua votação, que, desde o primeiro mandato como deputado federal até 2010, girava entre 90 e 120 mil votos e que, em 2014, chega a 464 mil votos, quatro vezes mais do que conseguira anteriormente. O mesmo se aplica às pesquisas de intenção de voto para Presidência da República, que no final de 2016 indicavam o deputado com média de 6% dos votos e chegam em até 20% no fim de 2017².”. (PIAIA & NUNES, 2018).

O novo normal  

“O problema maior, talvez, além da frequência exacerbada, seja o tom dos programas. Ao tratar casos gritantes de racismo, sexismo e homofobia na chave da polêmica e da opinião pessoal, Gimenez e companhia abriram espaço para que o discurso do deputado fosse normalizado, tornando-se mais palatável. O que devia estar na cabeça de muitos desses apresentadores é que posições tão retrógradas não teriam eco na sociedade brasileira hoje e que, por isso, seriam entendidas como absurdas, loucas, infames. ”. (PIAIA & NUNES, 2018).

Referências:

BRESCIANI, Eduardo. Filho de Bolsonaro diz que marqueteiro de Trump vai ajudar seu pai. Disponível em: https://epoca.globo.com/filho-de-bolsonaro-diz-que-marqueteiro-de-trump-vai-ajudar-seu-pai-22963441>.Acesso em: 17 out. 2018.

BRASIL247. DIRETOR DO DATAFOLHA: SALTO DE BOLSONARO NAS PESQUISAS INDICA FRAUDE. Disponível em: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/372518/Diretor-do-Datafolha-salto-de-Bolsonaro-nas-pesquisas-indica-fraude.htm>.Acesso em: 18 out. 2018.

BRASIL247. FUX AMEAÇA ANULAR ELEIÇÕES CASO HAJA INFLUÊNCIA DE FAKE NEWS. Disponível em:< https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/359215/Fux-amea%C3%A7a-anular-elei%C3%A7%C3%B5es-caso-haja-influ%C3%AAncia-de-fake-news.htm/>.Acesso em: 18 out. 2018.

CARVALHO, Vinícius. Monica Iozzi diz que se arrepende com matérias do Bolsonaro na época do CQC: ‘Para nós ele era um personagem tão bizarro que era engraçado’. Disponível em: https: https://www.otvfoco.com.br/monica-iozzi-diz-que-se-arrepende-com-materias-do-bolsonaro-na-epoca-do-cqc-para-nos-ele-era-um-personagem-tao-bizarro-que-era-engracado/>.Acesso em: 17 out. 2018.

DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO. Empresas, como a Havan, bancam disparo de mensagens antipetistas no WhatsApp; prática é ilegal. Disponível em:< https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/empresas-estao-comprando-pacotes-de-disparos-em-massa-de-mensagens-contra-o-pt-no-whatsapp-e-preparam-uma-grande-operacao-na-semana-anterior-ao-segundo-turno-a-pratica-e-ilegal-pois-se-trata-de-do/>. Acesso em: 17 out. 2018.

G1. WhatsApp bloqueado: Relembre todos os casos de suspensão do app. Disponível em:< http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/07/whatsapp-bloqueado-relembre-todos-os-casos-de-suspensao-do-app.html/>. Acesso em: 18 out. 2018.

PEREDA, Cristina, F. A ascensão de Steve Bannon, o homem que sussurra no ouvido de Trump. Disponível em: https: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/29/internacional/1485718536_436504.html>.Acesso em: 17 out. 2018.

PIAIA, Victor & Raul NUNES. Política, entretenimento e polêmica: Bolsonaro nos programas de auditório. Disponível em: http://iespnaseleicoes.com.br/politica-entretenimento-e-polemica-bolsonaro-nos-programas-de-auditorio/>.Acesso em: 17 out. 2018.

UOL. O que sabemos do escândalo do Facebook e por que você deve se preocupar. Disponível em: https://tecnologia.uol.com.br/listas/o-que-sabemos-do-escandalo-do-facebook-e-por-que-voce-deve-se-preocupar.htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 17 out. 2018.

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