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Eventos climáticos, sociedade e governos

Sem querer entrar no mérito da discussão sobre aquecimento global, mudanças climáticas, posso esclarecer que as estruturas de combate às intempéries não são 100% eficientes

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Aparentemente, há um certo tempo já, eventos climáticos críticos têm retornado com frequência e intensidade acima da esperada. Como exemplo pode-se citar calamidades como a presente seca no semi-árido brasileiro, as chuvas que atingiram o estado do Rio de Janeiro nos últimos dois anos, vendavais no Sul do país, cheias no Nordeste em pleno período de secas, etc. para citar somente o Brasil.

Diante deste cenário, a população aliada aos meios de comunicação, não sem razão, tem se manifestado com indignação contra possível inépcia ou omissão do poder público. Interessante, que a esse poder é, sem exceção, sempre imputada a culpa pelas calamidades. Sem querer entrar no mérito da discussão sobre aquecimento global, mudanças climáticas, etc. assunto de debate intenso e inconcluso, posso esclarecer que as estruturas de combate às intempéries não são 100% eficientes. Ou seja, passíveis de falha, em toda e qualquer região do mundo.

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De uma forma simples, pode-se dizer que os engenheiros dimensionam tais estruturas baseados em séries climáticas históricas. Ou seja, fundamentados em eventos passados. Considerando, por exemplo, o dimensionamento de redes de drenagem urbanas, valores médios e esperados de chuvas para um dado período de retorno (tempo para um evento ser igualado ou superado) são calculados a partir das séries históricas. Caso um único episódio de chuva supere os dados de projeto, as estruturas falharão. Assim ocorre com os demais, incluindo açudes que esvaziam após secas muito prolongadas.

Qual o papel da sociedade e do poder público em relação a isso? Quanto ao acréscimo na frequência e intensidade dos eventos climáticos, infelizmente, nada. Apesar de debatidas, as causas desses eventos estão fora do nosso conhecimento, na minha opinião. Quanto à sociedade, medidas simples de higiene como não dispor lixo nas ruas podem auxiliar muito na manutenção de galerias pluviais livres de obstrução. Quanto ao consumo de água, pode-se sugerir um comportamento racional que priorize a economia das reservas.

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Cabe ao poder público especialmente cuidar das reservas de água, instalar e manter estruturas de saneamento adequadas para enfrentar eventos climáticos extremos e especialmente, disciplinar o uso e ocupação do solo. A ocupação irregular de áreas de risco sem o devido combate tem sido mais responsável pelos desastres que os eventos climáticos. Em 2009, no Fórum Mundial da Água em Constantinopla, foram divulgados diversos documentos que reconhecem a situação de mudanças climáticas e que fazem recomendações ao poder público de como mitigá-las, considerando os setores de Saneamento e de Recursos Hídricos. Ao que parece, estes documentos foram ignorados pelos governos no Brasil.

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