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Rogério Maestri

Engenheiro e professor na UFRGS

60 artigos

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“Fake-News”, um mero “golpe do bilhete premiado” contra a informação correta

A circulação de notícias locais, nacionais ou internacionais eram transmitidas não por meio impresso, a opinião do compadre, da comadre, do vizinho era mais importante que a informação direta dos jornais e revistas

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Cada vez fica mais claro, a imensa perda de tempo na discussão de algo que é uma discussão tão falsa quanto o nome de seu objeto de discussão. 

Vamos entender a verdadeira origem das “Fake-News” e com a compreensão de sua gênese fica demonstrado que aos poucos será uma discussão do passado que não fará nenhum sentido daqui a duas ou três décadas. 

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Em todo mundo, independente do grau de escolaridade das pessoas, além de ler jornais no passado, que eram um privilégio de uma pequena parcela da população, a imensa maioria das pessoas utilizava a leitura como algo meramente para o dia a dia como ler o nome da linha de ônibus que ele deveria tomar ou no máximo ler as fofocas ou o resultados de contendas esportivas e alguns com mais estômago ou sadomasoquismo lerem as páginas policiais dos tabloides jornalísticos especializados em tragédias do dia a dia. A maior parte das informações mais sérias como política, economia ou educação eram transmitidas de forma oral, ou seja, poucos procuravam revistas com textos ou jornais para se informar sobre algo que poderíamos dizer mais sério. 

Em resumo, a circulação de notícias locais, nacionais ou internacionais eram transmitidas não por meio impresso, a opinião do compadre, da comadre, do vizinho era mais importante que a informação direta dos jornais e revistas. Com o advento do rádio e posteriormente da TV, numa parte muito reduzida do tempo eram fornecidas informações ditas sérias no meio de preconceituosos programas de diversão, em que grande parte do chamado senso comum era moldado. 

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Os meios de comunicação de massa como jornais, revistas, rádios e TVs mentiam descaradamente tanto na informação direta como na informação sub-reptícia vinculada pelos programas de entretenimento, por exemplo, o racismo no mundo inteiro raramente tinha programas especiais para o incentivo dessa prática, mas a posição e comportamento social das parcelas da população submetidas ao racismo, mostravam qual era a posição esperada para essa parte da população, ou seja, um discurso racista que não era explícito. O chamado racismo estrutural foi montado mantido e até ampliado dessa forma. 

Com advento da Internet, as mesmas mentiras e calúnias contra pessoas físicas ou organizações políticas ou sociais, passaram a ser escritas dando um aspecto de maior seriedade as informações mentirosas e caluniosas que eram propagadas diretamente entre pessoas ou grupos e as gerações que vão tomando contato tardio com esse meio acreditam com mais facilidade que uma mera fofoca entre pessoas influenciando politicamente. Porém a medida em que as pessoas vão se acostumando a receber lorotas pelas redes sociais, que podem ser de diversos tipos, a imensa maioria começa a desconfiar da veracidade dessas informações e o impacto dessas vão diminuindo, até o ponto que essas informações provenientes de pessoas sem confiabilidade vão sendo simplesmente descartadas. Ou seja, com o tempo e com o hábito de ler ou assistir redes sociais vão diminuindo o seu impacto não só na política, mas na informação em geral, sendo assim as informações mentirosas começam a ser tratadas como um golpe do bilhete premiado que a maioria das pessoas não caem apesar de uma pequena minoria sempre vai ser explorada pelos vigaristas que se aproveitam desses golpes. 

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Em resumo, sempre haverá pessoas crédulas suficiente para cair em golpes de estelionatários, porém não será essa minoria que vai definir posição política da população, movendo-se essa mais por suas convicções que serão construídas ao longo do tempo. Assim sendo toda essa discussão sobre “Fake News” com tentativas de judicialização contra a mentira cibernética é uma imensa perda de tempo, pois esse tempo fará que essas percam de importância. Nada como a experiência para se aprender. 

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