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Cássio Vilela Prado

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Fascismo: só por cima do meu cadáver

Paulatinamente e de forma vigorosa esse discurso e o modus vivendi religioso truculento adentram-se na política brasileira, dizimando a laicidade do Estado e a liberdade democrática, bem como a arte, a cultura, a educação, banhados e travestidos de representantes da ordem e da família brasileira, sob sinuosos pseudomoralismos oportunistas

Paulatinamente e de forma vigorosa esse discurso e o modus vivendi religioso truculento adentram-se na política brasileira, dizimando a laicidade do Estado e a liberdade democrática, bem como a arte, a cultura, a educação, banhados e travestidos de representantes da ordem e da família brasileira, sob sinuosos pseudomoralismos oportunistas (Foto: Cássio Vilela Prado)
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O crescimento vertiginoso de seitas-religiosas das mais diversas grifes com os mais colossais merchandisings pastorais colaboram de forma incomensurável para o concorrente aumento do neofascismo no mundo. Aquilo que o filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900) denunciou em sua vasta obra parece que não surtiu efeito algum sobre grande parcela da civilização. Ao contrário, cada vez mais se observa um perigoso estreitamento entre os homens da Terra e o metafísico reino do céu: "tudo está escrito na Bíblia", interpretado aos modos das mais diversas mentes perversas (na maioria das vezes) de seus pastores/padres/sacerdotes/curas/pegureiros/ministros/califas... em suas missões mercantis ofertando passaportes para o além eterno e feliz, comprados delirantemente (reciprocamente, também na maioria das vezes) por um rebanho vazio e perdido em cima e acima do solo terrestre.

Nem mesmo as famosas '95 teses' do professor de teologia e monge agostiniano alemão, Martinho Lutero (1483-1546), personagem central da Reforma Protestante, que se erigiu contra vários dogmas do catolicismo romano da época, sobretudo a doutrina de que o perdão e a glória de Deus poderiam ser adquiridos pelo comércio das indulgências (dízimos, ofertas, presentes...) foi capaz de frear o modus operandi da nova ordem burguesa que se ascendia com o pós-feudalismo, obviamente, resultando em sua excomunhão da Igreja Romana.

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Sem contar o materialismo dialético de Karl Marx (1818-1883) à Psicanálise do austríaco Sigmund Freud (1856-1939) que não conseguiriam deter a aurora turva e insistente de Sócrates (399 a.c.) tampouco a mítica ave de minerva hegeliana que não voou, para sempre prisioneira no casebre noturno do espírito absoluto.

Disso tudo se constata que o homem nunca acreditou em si mesmo nem no mundo onde ele habita. No espectro de seu espelho imaginário e na refração da luz da consciência, esse ser não cessa de eleger e adorar ídolos: de ouro, de barro, de carne, de armas... Contraditoriamente, além dos céus, ele investe também nos porta-vozes carnais à sua semelhança: "os homens de Deus aqui na Terra".

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Quem dessa gleba não pertencer certamente será excomungado de seus templos, igrejas e mentalismos, a la Lutero, prenunciando assim uma possível e iminente eclosão de combates raivosos com aroma de sangue queimado, enxofre e incenso.

Em nome de Deus, mata-se! Aliás, essa era a máxima da Inquisição Medieval até o recente Estado Islâmico (ISIS): destruição do inimigo (o Outro eleito) em nome de Alá (Allah) e da gloriosa vida eterna alucinada, contudo, sem garantia alguma, embora seja permitido alucinar/delirar.

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Paulatinamente e de forma vigorosa esse discurso e o modus vivendi religioso truculento adentram-se na política brasileira, dizimando a laicidade do Estado e a liberdade democrática, bem como a arte, a cultura, a educação, banhados e travestidos de representantes da ordem e da família brasileira, sob sinuosos pseudomoralismos oportunistas, a nova (mas sempre retrógrada) direita métier porra louca ressentida com a vida, consigo mesma e com a alteridade (diferença).

Essa fusão simbiótica nefasta na qual se constrói a ultradireita brasileira, com fuleiros personagens desclassificados, dos tipos Kim Patroca Kataguiri (agora também crítico de arte) e o seu sinistro MBL (Movimento Brasil Livre); o ator pornô e reconhecido sociólogo-educador Alexandre Frota; o pastor credit card machine Marco Feliciano e o risível machista norte-americanizado Jair Bolsonaro, ambos financiados por mercadores capitalistas e apoiados por uma classe média inconsequentemente niilista ressentida, autodestrutiva e 'pulsionalmente' mortal e sem moral.
Evidentemente este humilde e desconhecido escritor que agora redige esse pequeno texto não tem pretensão alguma de tentar mudar as mentes imutáveis, altos calibres históricos reconhecidos já citados acima não conseguiram clarear suficientemente esse imbróglio anticivilizatório nos mais diferentes tempos e culturas.
Entretanto eu não posso assistir tacitamente ao desmonte e à destruição total da Pátria e da Terra que a mim e ao meu filho também pertencem.
Assim sendo, por ora, vamos nomear os monstros-carrascos da nossa Civilização.
Eles querem retornar à horda, ao malfazejo. Eu não!
Não obstante, terão que passar por cima de vários cadáveres, inclusive do meu....
Pode parecer fácil, mas não será!
Ainda existem muitos brasileiros democratas esclarecidos e solidários!!!

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