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Marco Mondaini

Historiador e Professor da Universidade Federal de Pernambuco. Coordena e apresenta o programa Trilhas da Democracia, exibido aos domingos na TV 247.

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Fascismos nunca mais!

(Foto: Alessandro Di Meo/ANSA)
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A democracia e o mundo do trabalho italianos terão uma dura prova de fogo nas próximas 96 horas.

Na sexta, 15 de outubro, em função da entrada em vigor do decreto baixado pelo governo italiano, liderado pelo primeiro-ministro Mario Draghi, que obriga todos os trabalhadores a apresentarem o passaporte sanitário (o chamado Green Pass) comprobatório da vacinação contra a covid-19 nos locais de trabalho.

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No sábado, 16 de outubro, devido à realização de dois grandes atos, um em Milano e outro na capital Roma, com significados políticos absolutamente distintos.

Na milanesa Piazza Fontana, às 17h30, a convocação é para um protesto contra o decreto governamental, que, muito provavelmente, contará com a presença dos mesmos grupos de extrema-direita que, no dia 9 de outubro, tentaram sem êxito adentrar a sede do governo italiano (o Palazzo Chigi), mas que conseguiram invadir a sede da maior central sindical italiana – a Confederazione Generale Italiana del Lavoro - CGIL.

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Na romana Piazza San Giovanni, às 14h, a manifestação tem caráter antifascista e, sob o slogan Mai Più Fascismi (Fascismos Nunca Mais), reunirá uma massa de trabalhadores convocados pelas três grandes centrais sindicais italianas (além da CGIL, a Confederazione Italiana Sindacati Lavoratori – CISL, e a Unione Italiana del Lavoro – UIL), para protestarem contra a invasão da sede da CGIL e exigirem a dissolução legal de organizações fascistas, como Forza Nuova – o principal agrupamento político responsável pelos atos do dia 9 de outubro e que, junto a outras organizações neofascistas, têm se aproveitado das mobilizações negacionistas dos grupos antivacina na Itália.

Por fim, nos dias 17 e 18 de outubro, ocorrerá o segundo turno das eleições em várias cidades italianas, com destaque para a acirrada disputa a ser realizada entre centro-esquerda e centro-direita na capital italiana, que, certamente, sofrerá a influência dos atos de violência praticados pelos neofascistas no dia 8 e da manifestação antifascista convocada por CGIL/CISL/UIL no dia 16.

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Isso porque, a disputarem o segundo turno em Roma, estarão o professor universitário e ex-ministro da economia Roberto Gualtieri, do Partido Democrático, e o advogado e radialista Enrico Michetti, do Irmãos de Itália, partido de extrema-direita liderado pela deputada Giorgia Meloni, que conta com o apoio dos conservadores Liga Norte de Matteo Salvini e Força Itália de Silvio Berlusconi.

Com isso, talvez não seja exagerado afirmar que boa parte do futuro político da península itálica e da luta contra a ofensiva neofascista no continente europeu encontra-se na dependência da ida da classe trabalhadora a Piazza San Giovanni no sábado e na afluência da cidadania em geral às urnas no domingo e na segunda.

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Que italianos e italianas em geral e romanos e romanas em particular saibam dizer, pois, em alto e bom som, nas praças e nas urnas: “Fascismos Nunca Mais!”.

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