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Davis Sena Filho

Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

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Favelagem ou toma que o Bolsonaro é seu

Como se não tivessem cooperado para a perda dos direitos do trabalhador, a covardia no que tange à previdência pública e aos aposentados, a entrega vergonhosa das estatais e do mercado interno, além da quebradeira da economia, e, por fim, a desmoralização do Brasil como Nação altiva, independente, soberana e atuante em todos os fóruns e blocos internacionais. General, a favelagem está no poder e toma que o Bolsonaro é seu

Favelagem ou toma que o Bolsonaro é seu
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Os generais são o Mobral da política, ocupam altos cargos no poder central, desconhecem e são insensíveis com a má qualidade de vida do povo brasileiro, deram as constas para a soberania e a independência do País, gastam o tempo em bate-bocas e fofocas intermináveis, enquanto o País afunda, mostram-se ferozes e infantilmente reagem às críticas, porque acostumados a não serem questionados. Entram para a política para ter cargos de influência e mando, mas não querem ser cobrados. Favelagem!

Os militares generais que viram a oportunidade para ocupar altos cargos no Ministério e no Palácio do Planalto com a ascensão do fascista Jair Bolsonaro ao poder estão a “chorar” lágrimas de ódio por se sentirem insultados pelo astrólogo que se autodenomina filósofo, o guru de extrema direita da família Bolsonaro, Olavo de Carvalho.

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Só que todos esses militares que apoiaram nas eleições o Bolsonaro terão de arcar, juntamente com as Forças Armadas, o fracasso retumbante deste desgoverno incompetente, tanto na economia quanto no desenvolvimento social de um povo que passa fome, assim como milhões de pessoas estão a morar nas ruas.

Os generais, que são as lideranças de castas alienadas que sempre viveram distantes das questões populares, deveriam ter permanecido nos quartéis em direção ao profissionalismo das Forças Armadas ao invés de se meterem em política, a fim de intervir no processo democrático brasileiro e atender aos interesses dos Estados Unidos, pois alinhados automaticamente àqueles que admiram de forma subalterna e subserviente, o que se torna de fato uma vergonha.

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Agora estão enrolados em recorrentes baixarias e contendas, a demonstrarem nenhuma aptidão para tratar de embates políticos, que traduzem a luta pelo poder praticada e evidenciada por uma extrema direita raivosa, inimiga da solidariedade e do diálogo, fatores esses detestados por Jair Bolsonaro, que na verdade é o maior responsável pelo astrólogo Olavo de Carvalho e seus seguidores no desgoverno e fora dele pelos ataques aos generais apoiadores de um golpe contra a legítima presidente Dilma Rousseff, bem como um dos principais responsáveis por Lula está preso sem ter cometido um único crime, como comprova até hoje a inegável falta de provas.

O “guru”, liberado pelo próprio Bolsonaro e com o apoio de seus filhos para agredir os generais, chamou o general Santos Cruz de “politicamente analfabeto”, o que não deixa de ser verdade, apesar das esquizofrenias somada à falta de educação de tal “filósofo”, no que concerne a debater e a confrontar as ideias, se alguma vez em sua vida o Olavo de Carvalho realmente pensou sobre as questões humanos e, em particular, as brasileiras com algum resquício de seriedade.

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Contudo, é por demais histriônico e ridículo este desgoverno tratado sistematicamente como pária pelo mundo desenvolvido, que, apesar de aparentar ser homogêneo no que diz à ideologia inquilina do campo da direita e da extrema direita, na verdade se comporta como um balaio de gatos, que se utiliza de unhas afiadas e caninos pontiagudos para estraçalhar àqueles que porventura se atrevam a dar palpites sobre o desgoverno do fascista Bolsonaro e de sua trupe mais íntima, a começar pelos seus filhos, que sempre estão dispostos a arruinar a vida de quem se atrever a contrariar seus instintos, porque cérebros definitivamente eles não os tem. Ponto.

A verdade é que a “brigalhada”, como se diz popularmente, é sem fim, com desentendimentos constantes que atingem em cheio também o Congresso Nacional, que apesar de ferozes, porque a direita sempre se comportou como brutamontes, mais parecem com comédia pastelão, porque os ministros e as principais autoridades desse desgoverno perverso e covarde com os pobres, os aposentados e os trabalhadores, de quem ele, covardemente, vai tirar o máximo de seus parcos ganhos é de um desarranjo econômico e social sem precedentes na história deste País. Trata-se do fracasso retumbante com a cara e a digital do chicago boy, Paulo Guedes, aquele que, tal qual seu chefe ignorante e fascista, ainda vive na Guerra Fria.

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Verifica-se também que se trata de uma incompetência calculada e oportunista, que evidencia a conclusão que o Brasil se tornou um problema profundamente psiquiátrico, porque deliberadamente se voltou contra seus interesses geopolíticos, diplomáticos, estratégicos no que tange à soberania e deu as costas para o desenvolvimento social e econômico, que garanta emprego e renda a todos os brasileiros. No exterior, quando analisam o comportamento de grande parte da população brasileira, conclui-se que ela deveria se deitar num divã.

Portanto, é neste contexto que os generais brasileiros, plenos de arrogância, prepotências e empáfias, que eles efetivam e propagam suas ignorâncias em um atavismo que chega às raias das ações hilárias ao tempo que lamentáveis as trapalhadas, porque coloca o Brasil em uma situação de risco institucional e em uma crise política incomensurável.

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Certamente e evidentemente que tal realidade recrudesce o caos econômico e social em que se encontra o Brasil, desde o golpe de estado de 2016, forjado e levado a cabo pela direita, a autora de pautas bombas perpetradas pelo Congresso a partir de 2015, quando o playboy golpista e irresponsável, Aécio Neves, que escandalosamente está solto até hoje, da tribuna do Senado anunciou que o governo democrático de Dilma Rousseff seria sabotado, boicotado e, obviamente, derrubado, sendo o que foi o que aconteceu, porque Dilma não conseguia aprovar quaisquer projetos e decisões de interesse de seu governo de perfil e caráter trabalhista.

Enquanto isso, a bagaceira toma conta da rotina do Palácio do Planalto e de muitos dos ministérios e órgãos federais. Trata-se da Favelagem, como dizem os generais do alto de seus preconceitos, elitismos e presunções, porque se tem uma coisa que milicos de altas patentes sonham é serem ricos. Favelagem, de favela, coisa baixa — rastaquera!

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Como se os militares no poder não tivessem nunca cometido baixarias, a começar pelos centros de torturas e o total distanciamento das realidades e necessidades de um povo, que, inclusive, serve como mão de obra barata para servir em seus quartéis. Os militares, historicamente, aliam-se às classes burguesas, pois agem como castas preparadas para defender os interesses do establishment. Vou mais além: a verdadeira direita brasileira se encontra nas fileiras das Forças Armadas.

A doutrina das escolas militares tem como inimigos setores populares, que lutam pela igualdade de oportunidades, saúde universal, terras para criar e plantar, acesso ao ensino público gratuito e de qualidade e até mesmo o direito de ter condições de consumir, a exemplo de viajar de avião ou entrar num shopping dominado pela classe média branca, presunçosa, racista, elitista e que hoje tenta trabalhar em Portugal.

Isto mesmo, um país cuja maior autoridade, o socialista Antônio Costa, primeiro-ministro de Portugal, cresce economicamente acima da média da União Europeia pela primeira vez após a nação ibérica se tornar um dos integrantes do bloco econômico. Costa, como se vê, é socialista em um país capitalista, a seguir basicamente os princípios do capitalismo, mas um em processo humanizado, que busca o bem-estar social, no que diz respeito à melhoria da condição de vida da população em todos os setores, a começar pelo pleno emprego.

Por sua vez, os patéticos coxinhas/bolsominions aqui no Brasil participaram de um golpe de estado, apoiaram um golpista corrupto e entreguista como o *mi-shell temer, elegeram um fascista lacaio dos EUA e foram cúmplices da destruição da economia brasileira e da extinção de dezenas de milhões de empregos e agora, na maior desfaçatez, estão indo para Portugal e outros países para encher o saco dos povos locais, assim como mostrar o quão ignorantes e mal educados eles são, pois como sempre se comportaram.

Elogiam o desenvolvimento dos países dos outros, mas destruíram o Brasil e se recusam a desenvolvê-lo, porque portadores de gigantesco complexo de vira-lata e desprezo histórico pelo próprio País e seu povo. Dividiram o País e insuflaram a violência moral e física, além, ressalto, apoiaram um golpe de estado contra a legítima Dilma Rousseff, bem como tais levianos e covardes se regozijam com a prisão injusta e infame de Lula praticada por um juiz partidário, irresponsável e de extrema direita, que hoje ocupa desditosamente o cargo de ministro da Justiça do mais perverso e tresloucado inimigo de Lula, à espera de ser ministro do STF, tribunal burguês também conhecido como Supremo Com Tudo (SCT), o principal avalista do golpe de 2016 contra a democracia e o Estado de Direito, que vem a ser a vergonha, o vexame e a desgraça do Brasil.

Se os generais que estão aboletados no poder central ainda não perceberam onde se meteram, é bom que os avisem, sem ser, no entanto, o estafeta de más notícias, o pornógrafo e astrólogo tresloucado, Olavo de Carvalho, o guru dos Bolsonaro, que, na verdade, sempre aprovaram as agudas e desastrosas palavras do “filósofo” dos fascistas contra os generais, além de outras autoridades do desgoverno incompetente, entreguista, subalterno e subserviente aos ditames e interesses dos Estados Unidos da maneira mais vergonhosa possível.

Os generais mais uma vez abraçaram as causas impopulares e contrárias aos interesses do Brasil em sua história. Sempre se aliaram à burguesia e se submetem aos estratagemas do estado norte-americano e à sua geopolítica de dominância no que concerne a ter seus interesses consolidados, bem como preferem ver o Brasil de joelhos, pois apoiam a entrega de nossas importantes empresas públicas edificadas no decorrer de gerações.

É inacreditável o Brasil ter de suportar um corpo de oficiais das três forças defender a privatização não somente do Brasil, mas da Nação e ainda tolerar a perda de direitos por parte da população trabalhadora e, com efeito, a prejudicar de morte as vindouras gerações. Olavo de Carvalho os chama de analfabetos políticos e ignorantes... São generais servidores públicos responsáveis por cargos estratégicos, de Estado, que se tornaram aventureiros e hoje estão a levar desaforos porque se meteram em um ambiente que não é propício aos militares, porque geralmente afeitos ao diálogo e às negociações políticas. E falo sobre isto no sentido mais nobre do que é ser político.

Quem entra na política que aguente o peso do fardo. A política é dura e geralmente injusta, mesmo àqueles que trabalharam para o Brasil e o povo brasileiro. A história está repleta de grandes brasileiros que foram tratados duramente e desrespeitosamente em vida, assim como somente reconhecidos, lamentavelmente, após suas mortes. Brasileiros que sofreram e sofrem as aflições no que é relativo às suas próprias histórias e sobre tudo o sempre acreditaram.

Essa geração de generais é uma geração ambiciosa, sonhou e chegou ao poder por intermédio de um golpe de estado que apoiaram. O golpe de 2016, bem como pressionaram indevidamente e perversamente para que o maior presidente da história do Brasil, juntamente com o grande Getúlio Vargas, ficasse encarcerado e impedido de disputar as eleições, sem até hoje nada ter sido comprovado contra o Lula.

Os generais foram oportunistas e perceberam que com a deposição covarde de Dilma e a prisão infame de Lula se abriria o portal para a extrema direita chegar o poder. E os generais, não se engane cara pálida, são de extrema direita, como o são grande parte da bancada do Centrão no Congresso, os golpistas da Lava Jato e muitos dos juízes e procuradores, duas das castas mais ricas do mundo e totalmente divorciadas dos interesses do Brasil e do povo brasileiro.

E agora vamos à pergunta que se recusa a calar: o que aprendem tais generais em suas escolas, desde as preparatórias de cadetes até os cursos mais elevados das Forças Armadas? Será que é bater continência à bandeira, fazer ordem unida, marchar e vociferar gritos de guerra em nome da Pátria? A mesma Pátria que está a ser vendida como se fosse um grande feirão de promoções?

Trata-se da Nação vilipendiada em sua alma, porque o que está a acontecer no Brasil é a determinação de uma casa grande e seus capatazes de desmontar o Estado nacional, entregar as estatais e retirar o máximo de direitos da população. São os ricos e seus mais infames representantes em todos os fóruns públicos e privados desprovidos de programas e projetos, que rejeitam malditamente o povo brasileiro e tem ódio que ele saia da condição de escravo e se emancipe totalmente.

Os generais quando chegam ao poder civil após um golpe de Estado, desta vez mais “sofisticado” do que 1964, são o sintoma de algo não vai bem no quartel de Abrantes, ainda mais quando se trata do Brasil e da América Latina. Política e generais não casam bem, porque não são preparados e não tem vocação para a dura lida da política, onde as pessoas ou parte delas são independentes e pertencem a partidos, principalmente os de esquerda.

Os generais não dialogam nem com o partidarismo de direita, porque acostumados a mandar nos quartéis, que pertencem à Nação, pois sustentados pelo contribuinte e trabalhador brasileiro. General na política é como peixe fora do aquário. Os militares se metem com o Jair Bolsonaro e seus asseclas, que são tratados como párias no exterior e depois ficam a reclamar de favelagem, como se não tivessem participado das baixarias contra o Lula e a Dilma.

Como se não tivessem cooperado para a perda dos direitos do trabalhador, a covardia no que tange à previdência pública e aos aposentados, a entrega vergonhosa das estatais e do mercado interno, além da quebradeira da economia, e, por fim, a desmoralização do Brasil como Nação altiva, independente, soberana e atuante em todos os fóruns e blocos internacionais. General, a favelagem está no poder e toma que o Bolsonaro é seu. É isso aí.  

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