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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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Fernando Morais: "na prisão, Lula reforça visão anti-imperialista": consequências!

Ex-presidente Lula e o escritor Fernando Morais (Foto: Ricardo Stuckert)
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Assisti com prazer a maravilhosa conversa que os meus amigos jornalistas Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena (que já conversaram conosco no Canal Cartas Proféticas) mantiveram com o jornalista e escritor Fernando Morais à TUTAMÉIA TV. Recomendo que acessem.

Aqui me aterei à afirmação enfática de Fernando Morais a respeito das reforçadas convicções do ex-presidente Lula sobre a independência e a soberania nacionais.

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Tive a honra de conversar com o então Deputado Fernando Morais  por ocasião da vinda ao Brasil do Ministro da Cultura da Nicarágua Sandinista, o Padre Ernesto Cardenal e de ler muitos dos seus livros, a começar pelo A Ilha.

Sobre as convicções a respeito da revolta de Lula com os danos e destruições impostos pelo imperialismo, Fernando afirmou que “Lula saiu lá de dentro [da prisão] com clareza cristalina, transparente, da tragédia que é o papel do imperialismo. E, sobretudo, do interesse do imperialismo, que é arrebentar a soberania de um país que tem 200 milhões de habitantes, que tem riquezas naturais que pouca gente tem, que tem o pré-sal. O Lula internalizou esse papel dos EUA”, afirmou emocionado Fernando Morais.

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Confio nessa impressão do biógrafo de Lula, até porque Morais, além de ser um intelectual respeitado nacional e internacionalmente, conhece a alma política brasileira e  Lula desde a juventude de ambos e das alianças do ex-presidente, desde a luta no contexto sindical.

Morais conheceu também o Lula presidiário do lavajatismo covarde, entreguista e traidor da pátria, por isso a avaliação que fez da amarga experiência, mas, sobretudo, dos aprendizados do ex-presidente, se reveste de valor importante nesta conjuntura: “eu fui farejando com esse nariz africano, aos poucos, a partir da prisão, por causa da prisão e pelas leituras que ele fez na prisão. O Lula leu na prisão o que muita gente nossa não leu na vida inteira. Estou tão certo disso como o sol vai nascer amanhã. O Lula que saiu da cadeia é infinitamente melhor do que o Lula que entrou na cadeia. Melhor porque ele saiu de lá comprometido, profundamente comprometido”.

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Morais acrescenta, Lula “manteve os compromissos que ele tem com os pobres, com a África. O Lula tem uma obsessão com a dívida que o Brasil tem com a África, com a escravidão. Ele continua com a obsessão dele com a história de café da manhã, almoço e jantar para todo mundo. Que foi a revolução que ele fez. Você não conhece na história da humanidade quem tivesse colocado 40 milhões de pessoas para comer –sem ter dado um tiro, sem ter pendurado uma única pessoa num poste, sem ter botado uma pessoa na cadeia”.

O mais importante a esse sentimento de compaixão e de solidariedade de Lula, afirmado por Fernando Morais, é que “essas convicções ele manteve. E, a elas, ele acrescentou o sentimento anti-imperialista. Ele sabe o que quer a canalha do Norte. Hoje ele sabe como ninguém. Ele conheceu de perto o Bush, o Obama e, para surpresa de muita gente, o comportamento que o Bush teve nas relações com o Brasil foi infinitamente melhor do que o do Obama. A despeito daquela fala: ‘Você é o cara’. Isso pela frente. Pelas costas, enfiando a faca. Porque na hora de resolver o problema nuclear com o Irã, o Obama se encagaçou e deu para trás. Isso vai para o segundo volume com minúcias. Quem botou grampo na Petrobras e no gabinete da Dilma foi o Obama”.

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“O Lula saiu da prisão com uma clareza muito grande sobre a questão anti-imperialista e, amarrado com isso, de uma maneira indesmanchável, a questão da soberania nacional. Ele sabia que por trás dos grampos estava o desejo de ocupar de tomar as riquezas nacionais”, continuou Morais.

O pensamento de Lula a respeito do massacre que sofremos desde sempre pelo imperialismo, a partir da soberania nacional sempre implodida e explodida com o uso de bilhões de dólares na compra de traidores de pátria, como é o caso de Joaquim Barbosa,  Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, a maioria dos procuradores da lava jato, por Michel Temer, Jair Bolsonaro e uma penca de ratos que correm nossa autonomia, vendendo-se aos inimigos e mega ladrões, é fundamental em meio à barbárie do círculo de fogo na América Latina.

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Lula sabe que o imperialismo usa de todas as armas no ataque ao nosso pais e pessoas de todas as instituições, sem o menor remorso com os danos à saúde, à economia, aos direitos e às vidas do povo brasileiro.

O imperialismo é o maior fator de guerras no mundo e no Brasil. A perseguição em forma de miséria e de bloqueios a quem ousar resistir é impressionante.

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Mas o imperialismo conta com a colaboração inestimável do povo desmobilizado e com eleições manipuladas, como se vê no Brasil, na Argentina, no Chile e tentativas de usar as urnas para dinamitar os governos populares na Venezuela e na Nicarágua, por exemplo.

Nesse contexto de desespero do imperialismo em face da falência das políticas neoliberais, madrastas cruéis dos trabalhadores e dos pobres, com o Congresso Nacional totalmente corrompido e virado balcão de fundo de prostíbulo, com o judiciário debilitado e amedrontado por desvairados fanáticos, que depois choram pelos cantos com prisões rápidas,  apesar de todos os luxos disponíveis aos bandidos de estimação, a resistência por cima e por elites forjadas do povo não será possível.

A indignação justa do ex-presidente, vítima de mentiras, de julgamentos mentirosos e falsos, de prisão com o objetivo de entregar a direção do Estado ao protofascismo e ao mercado na busca desenfreada de lucros e de vantagens em pleno genocídio  pandêmico será logo abatida senão contar com a definitiva, permanente e avançada mobilização organizada, bem direcionada e estratégica da classe trabalhadora, de onde Lula emergiu e com quem deveria ter o primeiro e mais radical compromisso.

A soberania nacional é fundamental, essencial, urgente e necessária, não somente para respaldar o governo, mas para avançar na dinâmica de orientar o Estado segundo os interesses da maioria, os mais de 90% da população, a classe trabalhadora, a mais sacrificada e mal tratada pela burguesia ante nacional e entreguista.

Essa mobilização é essencial, mas complexa e exigente de entrega d@s dirigentes. Precisa transcender a noção sindical, central sindical, partidária, eleições e programas eleitorais com vistas às próprias e próximas eleições.

A revolta de nosso líder internacional, consciente, mesmo da forma mais dura que um ser humano teve para estudar e dialogar, na prisão, tem que ter consequências na independência de nossa pátria e da nossa inalienável soberania.

Certamente o ex-presidente Lula também sabe que a libertação do Brasil e o resgate de sua soberania, arrancando nossa pátria de debaixo das botas dos fariseus, hipócritas e senhores da guerra do império só acontecerá pelas mãos da classe trabalhadora, necessariamente mobilizada e organizada. A rebeldia assumida por Lula tem que se enraizar em todo o nosso país, mas a partir da classe trabalhadora, sem a maciez dos tapetes e do ar condicionado, regados a whisky e guloseimas servidas nos escritórios, verdadeiros palcos iluminados sem o principal ator, o povo brasileiro. Desta vez nosso classe trabalhadora tem que ser conclamada a transcender absolutamente as teclas das maquininhas eletrônicas, temidas e eleitorais pelos fascistas e derrubá-los pela luta.

É mais do que hora de esse núcleo maior do povo brasileiro ultrapassar o formalismo democratista e eleitoreiro dos partidos, mesmo os de esquerda. A crise do capitalismo, sufocante, genocida, pandêmica, ante ecológica e anulante dos direitos humanos, exige de sua classe trabalhadora organização em cada fábrica, escritório, comércio, famílias, igrejas, educação, moradia, transporte, saúde, sustentabilidade, em tudo em toda a parte com o objetivo de preparar a libertação de nossa energia, a independência e a soberania nacionais.

Independência e soberania nacionais não devem se limitar às angústias e sonhos do ex-presidente Lula, mas ser missão de todos nós.

Sem isso, nada feito nesse sentido.

Obrigado jornalista e escritor Fernando Morais por revelar ao povo brasileiro que a consciência libertária do metalúrgico presidente passou pela prisão, mas nos quer todos livres num mundo livre, de nações livres e soberanas, sem o imperialismo e sua escória, o neoliberalismo.

Abraços proféticos e revolucionários,

Dom Oravndil.

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