CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Paulo Henrique Arantes avatar

Paulo Henrique Arantes

Jornalista há quase quatro décadas, é autor de “Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil”

190 artigos

blog

Finlândia e Suécia na Otan agravam quadro europeu

Essa quase omissão ficará marcada para a Ucrânia, e pode marcar outros países que venham a entrar na Otan, como Finlândia e Suécia

Combinação das bandeiras da Suécia e da Otan em foto de ilustração (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Não se sabe ainda que efeito terá a interferência do presidente turco Recep Erdogan na questão, mas a concretização do ingresso de Finlândia e Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan, não trará coisa boa. Assim entende, por exemplo, Pedro Dallari, professor titular do Instituto de Relações Internacionais da USP nada simpático à invasão russa da Ucrânia.

À coluna, Dallari disse que o ingresso dos dois países na Otan pode agravar o quadro de segurança na Europa. Seria uma iniciativa, contudo, compreensível, dado o temor que a ação russa gerou nos países da região. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“É um quadro muito grave”, falou-nos Dallari.

Para o professor, as violações de direitos humanos cometidas pela Rússia de Putin são responsáveis pela deterioração do quadro de integração internacional, “com terríveis consequências para a própria população russa”. De todo modo, embora manifestem contrariedade com a iniciativa dos dois países nórdicos, autoridades russas têm sinalizado que a reação dependerá do grau da presença militar que a Otan terá nos novos membros.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Dallari aposta que a presença da Otan na Finlândia e na Suécia não será tão ampla, constituindo antes de tudo uma medida acautelatória.

Por outro ângulo, os movimentos da Otan já há algum tempo podem soar como provocação. Com bem lembra Salem Nasser, professor de Direito Internacional da FGV, a Ucrânia já vinha sendo armada e treinada pela Organização muito antes de sofrer a ira de Putin. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Nasser faz uma análise interessante do caso ucraniano. Sendo um país que estava praticamente dentro da Otan e sofreu tamanha agressão, a Ucrânia merecia mais.  Não recebeu nenhuma proteção efetiva além do envio de armas, as quais, na verdade, significam o prolongamento da guerra. Isso talvez indique que a Otan e os Estados Unidos estão usando a Ucrânia como um território de batalha para enfraquecer os russos.

Essa quase omissão ficará marcada para a Ucrânia, e pode marcar outros países que venham a entrar na Otan, como Finlândia e Suécia.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO