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Maria do Rosário

Deputada federal (PT-RS) e ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

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Firme e intransigente na defesa dos direitos das mulheres

Procuro sempre realizar um bom debate, no âmbito respeitoso da política. O ódio não pode ter assento nos parlamentos, casas de diálogo e consensos que constroem a democracia. Em um País onde a cada 11 minutos uma mulher é estuprada, jamais poderia me acovardar diante de todas estas violências

Deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) (Foto: Maria do Rosário)
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Nesta quarta-feira (23) compareci ao Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar meu depoimento em duas ações em que é réu um deputado, por incitação ao crime de estupro e injúria. O respeito e a dignidade para todas as mulheres, homossexuais, indígenas e comunidade negra, mas também a responsabilização de quem promove o ódio e a intolerância, são os elementos principais que originaram este processo.

Durante meu depoimento respondi todas as questões que me foram dirigidas e fiz questão de esclarecer alguns pontos:

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1. Jamais chamei o deputado de estuprador. Nem em 2003 quando fui agredida fisicamente e ofendida por ele, nem em qualquer outro momento;

2. Há uma clara tentativa por parte da defesa do réu de dizer que o parlamentar reagiu a uma acusação que eu teria lhe feito há "alguns dias", como ele disse. Isto é uma mentira.

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3. Além da nova agressão dele ter acontecido contra a minha pessoa 11 anos depois da primeira, é falsa a afirmação que eu o chamei de "estuprador", o que pode ser desmentido mesmo em vídeos editados, ou no original. É impossível colocar palavras como proferidas por mim, uma vez que não as usei;

4. Entre 2003, quando ele disse primeira vez a frase "não te estupro porque você não merece" e 2014, quando ele repetiu essa frase na Câmara, em entrevista ao jornal Zero Hora e em suas redes sociais oficiais, sequer citei o nome deste parlamentar;

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5. Ao longo de todos esses anos, a cada entrevista do parlamentar citando meu nome injuriosamente, e principalmente após 2014, as manifestações de ódio e ameaças de estupro e de morte contra a minha pessoa se tornaram mais frequentes. São conhecidos os ataques, inclusive à minha filha menor de idade. Inúmeras denúncias estão registradas na Polícia Federal, destacando que os ataques são realizados por pessoas que se apresentam como defensores do parlamentar condenado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e réu no STF.

A condenação no STJ, aliás, fez com que simpatizantes do fascismo e intolerantes de diversos tipos intensificassem uma onda de ódio imensa contra mim e a quem me apoia ou me defende. As diversas ameaças que recebi não atingiram seu objetivo, de coagir todas as mulheres brasileiras que lutam por respeito e dignidade. Historicamente esta luta é maior que qualquer ameaça.

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Procuro sempre realizar um bom debate, no âmbito respeitoso da política. O ódio não pode ter assento nos parlamentos, casas de diálogo e consensos que constroem a democracia.

Em um País onde a cada 11 minutos uma mulher é estuprada, jamais poderia me acovardar diante de todas estas violências.

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Sigo firme e intransigente na defesa dos direitos das mulheres e de todos e todas que têm os seus direitos e dignidade atacados.

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