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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Foi bom Bolsonaro avisar que seu governo é de direita

"Se seu governo é de direita, como ele mesmo reconheceu, então a direita não é legal, não significa liberdade, nem progresso, nem vai salvar o Brasil", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, em referência a Jair Bolsonaro. O atual governo "é sinônimo de autoritarismo", afirma. Ele cita, ainda, "ilegalidades", "entreguismo", "nepotismo" e "incompetência"

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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Há mais ou menos 14 anos a direita começou a ressurgir das cinzas no Brasil, no bojo de uma intensa campanha de propaganda promovida pelo Instituto Millenium e por seus satélites, financiados pelos grandes meios de comunicação, principalmente na internet.

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Depois de duas décadas de ostracismo, os órfãos da ditadura atacaram num novo front, usando os mesmos métodos que levaram o PT ao posto de maior partido político do país.

A estratégia foi atrair o público jovem, algo impensável no século XX, quando se associava a direita a velhos carcomidos. Dizia-se que os jovens sempre são de esquerda e quando envelhecem vão para a direita.

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Além de veicular artigos e comentários voltados a fazer a cabeça da nova geração, inculcando o antipetismo fervoroso, em todos os meios de comunicação disponíveis, as ONGs e os institutos de direita passaram a comercializar produtos tais como bonés, chaveiros, carteiras e camisetas com inscrições esculhambando Che Guevara, Lula, a esquerda em geral.

O mote da campanha era imbecil: a direita é legal, a esquerda não presta. A direita é liberdade, a esquerda é totalitarismo. O nazismo é de esquerda. E outras sandices mais.

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Como a maior parte da lavagem cerebral acontecia no escurinho da internet, a esquerda não viu e não combateu. E ela cresceu. E as sandices pegaram.

A onda só foi percebida em 2013, quando a direita colocou um milhão de pessoas na rua em São Paulo. Já era tarde para reagir.

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Três anos depois, a direita derrubou Dilma. Mais dois anos e o ex-presidente Lula foi preso e impedido de disputar a eleição na qual despontava como favorito.

Bolsonaro se elegeu graças a essa onda – e ao impedimento de Lula - em 2018.

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Ontem, ao dizer que trocou os membros da comissão especial de mortos e desaparecidos políticos porque seu governo é de direita, ele destruiu em alguns segundos a imagem que a direita tenta forjar há 14 anos.

Se seu governo é de direita, como ele mesmo reconheceu, então a direita não é legal, não significa liberdade, nem progresso, nem vai salvar o Brasil.

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A direita é sinônimo de autoritarismo, truculência, insultos, difamações, mentiras, intimidações, ilegalidades, humilhações, ataques ao meio-ambiente, entreguismo, nepotismo, incompetência, destruição da arte, da cultura, retrocesso, ataque à ciência, à educação, profanação, golpismo, censura, tortura, tolerância às milícias, à corrupção, etc etc.

O pior é que na realidade seu governo é de extrema-direita.

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