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Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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Fragmentos contemporâneos e reflexões para se discutir no botequim virtual

Fizemos todo o ciclo e chegamos ao início do século passado nas questões civilizatórias. A elite não aceita a prosperidade do pobre, que por sua vez tem dificuldade em sair da posição de semi-ajoelhado. Estamos atrasados no protocolo da vacinação, mais do que em países menos desenvolvidos

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Ela é um jacaré 

Os negacionistas afirmam que a CoronaVac não é eficaz, os conspiradores acreditam que possui um chip embutido que muda o DNA de quem for vacinado. Indo ainda mais longe nessa viagem, pastores das igrejas de denominações evangélicas, apregoam que se trata da ‘enzima do demônio’.  Amplificando o absurdo, Jair Bolsonaro assustou tia Bazinha, quando disse que a vacina iria transformá-la em um jacaré. 

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Eduardo do Rio 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, filiado ao DEM, administrou a cidade em outra ocasião e, noves fora Cabral, sempre demonstrou disposição para o trabalho, tem conhecimento geográfico, social e cultural da cidade, mas foi simplista ao afirmar que não compreendia ter shopping aberto e escolas fechadas. O alcaide reproduziu uma ilusão ideológica de liberdade, porque ir para a escola é uma decisão coletiva, ir ao shopping é uma decisão individual. 

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Lista de espera 

Mensagem automática de um laboratório privado para os clientes que ligam a procura da vacina: “Prezado cliente, sobre a vacina para a Covid-19, informamos que não temos informação sobre eventual comercialização dessa vacina e não temos lista de espera”. Essa possibilidade é real, clínicas privadas divulgaram que estão negociando a compra de 5 milhões de doses da vacina indiana. Isso é um indicativo de quem pagar vai passar na frente da fila para ser imunizado. 

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À queima-roupa 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi derrotado nas eleições de novembro passado e, desde então, vem sendo derrotado diariamente por não aceitar o resultado das urnas. A apoteótica derrocada, foi a tentativa de invasão do Capitólio pelos trumpistas delirantes, causando a morte de uma apoiadora de Trump por tiro de arma disparado por um agente da polícia do Capitólio. Após o incidente, Donald Trump reconheceu a derrota. 

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Boquinha, VAN e botijão de gás 

Pode acontecer o mesmo no Brasil, caso Bolsonaro não se reeleja em 2022?   Já está acontecendo. Os militares estão dentro do governo, calcula-se que são 3 mil, existe uma milícia bolsonarista organizada em células camufladas pelo controle do comércio e do transporte, mas que possui estrutura e característica terrorista. O presidente não está insistindo na utilização da cédula impressa com receio de perder as eleições por fraude, ele está dando a senha de que não vai aceitar uma derrota. 

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Apesar de toda essa estrutura, não existe uma cartilha para um golpe de Estado caso Bolsonaro perca as eleições. Os militares, assim como Bolsonaro, não têm projeto para o país, são os fardados da ‘boquinha’, que se agarraram como carrapatos no mandato sem produzir nada. A milícia armada, sem ordens e táticas estratégicas, é um braço inútil e desarticulado. A gritaria vai ser grande, a vizinhança fascista vai espernear, os filhos do presidente tentarão atrair frequentadores de academias, influenciadores da internet, madames, coronéis e artistas do Leblon, mas não será no grito que esse governo continuará a sodomizar o país. 

O ciclo e o livro de previsões do passado 

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O Brasil foi marcado por restrições e privilégios e carrega essa herança. Foi o último país a acabar com a escravidão oficial, nas décadas seguintes cresceu e se transformou em um gigante das Américas, apesar das crises institucionais e dos golpes de Estado. Nos últimos quarenta anos vivemos o fim da ditadura, o começo da Nova República, a eleição direta, o governo Collor, governo Itamar, Plano Real, governo Fernando Henrique, governo Lula, governo Dilma, o impeachment, o golpe parlamentar-jurídico-midiático, a Lava Jato, a destruição das indústrias, a prisão de Lula, a eleição de Jair Bolsonaro e a pandemia.  

Fizemos todo o ciclo e chegamos ao início do século passado nas questões civilizatórias. A elite não aceita a prosperidade do pobre, que por sua vez tem dificuldade em sair da posição de semi-ajoelhado. Estamos atrasados no protocolo da vacinação, mais do que em países menos desenvolvidos. Testes para detectar o vírus apodreceram em um galpão no aeroporto, o que pode vir a acontecer com a vacina se o governo não comprar seringas e agulhas.  

Autor da frase, “que deus tenha piedade dessa nação”, Eduardo Cunha, o caranguejo, vai lançar um livro que é uma bomba desarmada. 

Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia”. Ponto final. 

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